António Vieira de Castro: diferenças entre revisões

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==Biografia==
António Manuel Lopes Vieira de Castro nasceu na [[Casa do Ermo]], em São Vicente de Passos, [[Fafe]], a [[15 de Julho]] de [[1766]], filho de Maria Vieira e de seu marido [[José Luís Lopes de Castro]], [[cavaleiro]] da [[Ordem de Malta]] e abastado [[Propriedade rural|proprietário rural]]. Destinado a seguir a vida sacerdotal, depois de concluídos os estudos preparatórios em Fafe e Guimarães, formou-se em Cânones pela [[Universidade de Coimbra]], onde ingressou em [[1814]], com 17 anos de idade, tendo obtido o grau de bacharel em [[1819]]. Nesse mesmo ano, embora sentisse ''invencível repugnância'' pelo estado eclesiástico, obedecendo à vontade paterna foi ordenado sacerdote e nomeado [[abade]] de [[São Clemente de Basto]], ''benefício que seu pai lhe havia procurado''. A [[abadia]] rendia de oito para dez mil cruzados anuais.
 
Tendo aderido ao [[liberalismo]], foi obrigado a exilar-se para Inglaterra na sequência da ''[[Belfastada]]'', tendo seguido o percurso da emigração liberal até aos [[Açores]] e daí até ao [[desembarque do Mindelo]].
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A [[1 de Abril]] de [[1834]] foi nomeado governador temporal da [[Diocese de Viseu]], então declarada ''impedita'' e vaga pela fuga do seu bispo, e, logo em Junho imediato, foi escolhido para vigário capitular daquela Diocese.
 
Nas eleições realizadas em Julho de [[1834]] foi eleito [[deputado]] pela [[Província da Beira Alta]], para servir na legislatura de [[1834]] - [[1836]]. Durante este período as suas intervenções versam essencialmente matérias relacionadas com a sustentação do clero e com as difíceis situações então vividas pelos religiosos e religiosas egressos na sequência da [[extinção das ordens religiosas|extinção das ordens monásticas]] em Portugal. Em [[1835]], na sequência de um voto parlamentar em que se opôs ao governo, foi demitido do cargo de governador temporal da diocese de Viseu.
 
Nas eleições gerais realizadas em Julho de [[1836]] voltou a ser eleito deputado, pelo mesmo círculo eleitoral, não tendo exercido o mandato já que as Cortes eleitas naquela legislatura não chegaram a reunir por ter entretanto ocorrido a [[Revolução de Setembro]]. Vieira de Castro foi um dos deputados oposicionistas que estiveram na origem daquele golpe, embora não tenha nele participado directamente.
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Com a derrota daquele golpe palaciano, voltou a ser chamado ao poder, exercendo as funções de [[Ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça]] e interino da [[Ministro da Marinha e Ultramar|Marinha e Ultramar]], no governo presidido por [[Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo]], o [[marquês de Sá da Bandeira]], tendo permanecido naqueles cargos de [[5 de Novembro]] de [[1836]] a [[27 de Maio]] de [[1837]].
 
Em [[1837]] foi apresentado para o cargo de [[Diocese de Beja|bispo de Beja]], não chegando a ser confirmado, dada a falta de reconhecimento pela [[Santa Sé]] do regime português de então. Foi então nomeado 42.° guarda-mor da [[Torre do Tombo]], cargo que exerceu de [[1837]] ou 1838 a [[1841]] ou 1842.
 
Nas eleições gerais realizadas a [[20 de Novembro]] de [[1836]], para as Cortes Constituintes de [[1837]] – [[1838]], foi eleito deputado pelos círculos eleitorais de [[Guimarães]], [[Penafiel]], [[Porto]] e [[Viseu]], tendo optado por representar o círculo de Guimarães, terra da sua naturalidade. Reunida a câmara a [[18 de Janeiro]] de [[1837]], foram os ministros violentamente atacados pelos actos do período em que tinha governado sem supervisão parlamentar (''governado em ditadura'' como então se dizia), o que levou Vieira de Castro a apresentar a sua demissão a [[27 de Maio]] daquele ano, o que levou três dias depois à queda do governo. A partir daí Vieira de Castro ocupou o seu lugar de deputado no Congresso Constituinte, tenso participado activamente na elaboração da [[Constituição Portuguesa de 1838]].