Correio Aéreo Nacional: diferenças entre revisões

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==História==
===Os primeiros tempos===
O serviço entrou em operação no dia [[12 de junho]] de [[1931]], quando os tenentes do Exército, [[Casimiro Montenegro Filho]] e [[Nelson Freire Lavenère-Wanderley]], a bordo do [[monomotor]] [[biplano]] [[Curtiss-Wright|Curtiss Fledgling]] matrícula K263 (apelidado carinhosamente de "Frankenstein"), transportaram uma mala postal com duas cartas, do [[Rio de Janeiro (cidade)| Rio de Janeiro]] para [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], e de lá retornando, com correspondência, no dia [[15 de junho]]. Esse vôovoo inaugural durou cinco horas e vinte minutos, seguindo a rota direta que ultrapassava as montanhas do litoral. O retorno demorou apenas três horas e meia, seguindo a rota do vale do [[rio Paraíba]] até à altura da cidade de [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]] e daí infletindo para o Rio. Esta última se tornaria a rota oficial para as aeronaves do CAN entre as duas cidades daí em diante, três vezes por semana, até à entrada em operação, posteriormente, de aviões bimotores.
 
A partir da implantação dessa primeira linha, permitindo o treinamento de pilotos e mecânicos, três meses mais tarde iniciavam-se os estudos para a sua extensão até [[Goiás]].
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Com a criação do [[Ministério da Aeronáutica]] em [[20 de janeiro]] de [[1941]], pela fusão da antiga arma da Aviação Militar do Exército com a da Aviação Naval da Marinha, o Correio Aéreo foi transferido para este órgão e recebeu a denominação com que ficou conhecido: Correio Aéreo Nacional. A sua direção ficou afeta à Diretoria de Rotas Aéreas, cujo diretor foi o Brigadeiro [[Eduardo Gomes]]. A partir de então, em abril de [[1943]] as linhas foram estendidas até ao [[rio Tocantins]] e [[Belém do Pará]], e desta última até [[Caiena]], com escalas em [[Macapá]] e [[Oiapoque]]. Em maio de [[1945]] foi aberta uma nova linha internacional, que ligava a região Centro-Oeste a [[Santa Cruz de la Sierra]], na [[Bolívia]].
O grande impulso do CAN registrou-se após o término da [[Segunda Guerra Mundial]], com a entrada em serviço das aeronaves bimotores [[monoplano]] [[Beechcraft model 18|C-45 Beechcraft]] e [[Douglas C-47]], com maior capacidade de carga e autonomia de vôovoo.
 
No ano seguinte, a linha para a Bolívia era estendida até à capital, [[La Paz]], empregando aeronaves C-47 no trajeto Rio de Janeiro – São Paulo – [[Três Lagoas]] – [[Campo Grande (Mato Grosso do Sul)|Campo Grande]] – [[Corumbá]] – [[Roboré]] – Santa Cruz de la Sierra – [[Cochabamba]] – La Paz.
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Em [[1947]] foi aberta a linha que conduzia ao então território do [[Acre]]; em [[1951]], a linha internacional para [[Lima]], no [[Peru]].
 
Em novembro de [[1952]] era aberta a linha para o [[rio Araguaia]], inciandoiniciando-se o apoio do CAN aos postos do antigo [[Serviço de Proteção ao Índio]] na rota Rio de Janeiro – [[Belo Horizonte]] – [[Uberaba]] – [[Goiânia]] – [[Aruanã]] – [[Conceição do Araguaia]] – [[Las Casas]] – [[Gorotire]]. Nesse mesmo ano era aberta a linha Rio de Janeiro – [[Manaus]], que se estendia até [[Boa Vista (Roraima)|Boa Vista]] e, em seguida, a linha até ao [[rio Negro (Amazonas)|Rio Negro]], esta com o emprego dos lendários monoplanos bimotores anfíbios [[Consolidated PBY Catalina|CA-10 Catalina]]. A função desta linha era a de apoiar as populações indígenas e as missões religiosas nos vales dos Negro e [[rio Uaupés|Uaupés]]. Estas aeronaves seriam posteriormente transferidas da [[Base Aérea do Galeão]] para a [[Base Aérea de Belém]], intensificando o serviço na região Amazônica, assim como o apoio aos pelotões de fronteira do Exército e às populações ribeirinhas.
 
Em [[1956]], foi aberta a linha para [[Montevidéu]], no [[Uruguai]]; em [[1957]], uma linha internacional especial até à região do [[canal de Suez]] para atender o chamado "[[Batalhão Suez]]" que, a serviço das [[Forças de manutenção da paz das Nações Unidas]], se encontrava em operações na [[Faixa de Gaza]]. Esta última foi atendida mensalmente com o recurso a aeronaves monoplano quadrimotores [[Boeing B-17 Flying Fortress|B-17]] durante três anos, até à entrada em operação dos [[Douglas C-54]].
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===As aeronaves Douglas===
Com a entrada em operação dos quadrimotores Douglas C-54, e posteriormente dos [[Douglas C-118]] na [[Força Aérea Brasileira]], com maior capacidade de carga, maior autonomia de vôovoo e melhores aviônicos, iniciou-se uma nova etapa para o CAN. Puderam ser melhor atendidas as linhas que ultrapassavam a [[cordilheira dos Andes]] e o [[oceano Atlântico]].
 
Com o C-54, em [[1960]], foi aberta a linha para [[Santiago do Chile]], com escala em [[Buenos Aires]]. Em meados da [[década de 1960]], foram adquiridas, na [[Grã-Bretanha]], aeronaves [[turbohélice]] [[Avro C-91]], que viriam a substituir as Douglas C-47 e as Beechcraft C-45 em determinadas rotas. Também nesse período, em [[1965]], entram em operação os [[C-130 Hercules|Lockheed C-130 Hercules]], que não apenas ampliaram o raio de ação do CAN, mas também a sua capacidade de transporte de pessoal, carga e equipamentos pesados, não apenas para todos os quadrantes do território brasileiro, mas que, na [[década de 1980]] alcançaram o continente [[Antártida |Antártico]], no contexto do [[Programa Antártico Brasileiro]] (PROANTAR).
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Em [[1968]] entraram em operação as aeronaves bimotor turbohélice [[De Havilland Canada DHC-5 Buffalo|C-115 Buffalo]], que pela sua robustez e versatilidade atenderam principalmente a região Amazônica.
 
Posteriormente, na década de 1980, entraram em operação aeronaves [[Embraer]] [[Embraer EMB-110 Bandeirante|C-95 Bandeirante]] e [[Embraer EMB-120 Brasília|C-97 Brasília]], que passaram a atender muitas das linhas vicinais do CAN. Para o atendimento às linhas-tronco, em [[1985]] foram adquiridas à [[Varig]] quatro [[Boeing 707]], ampliando a eficácia no atendimento logístico e de trasportetransporte de pessoal.
 
Em 2004<ref>{{Citation | url = http://www.defesanet.com.br/alide/c99.htm | title = Defesa net}}.</ref>, entraram em operação os birreatores [[Embraer ERJ-145]], substituidosubstituindo os Avro C-91, iniciando-se novas linhas internacionais.
 
Mais recentemente, para atendimento aos pontos extremos do território, entraram em operação os bimotores turboélice [[C105-A Amazonas]] e [[Cessna C-98 Caravan]], devido às suas capacidades de pouso e decolagem em pistas curtas.