Memorial da América Latina: diferenças entre revisões

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{{geocoordenadas|23_31_39.13_S_46_39_54.01_W|23º31'39.13"S 46°39'54.01"W}}
{{Info/Museu
|nome = Memorial da América Latina
|imagem = Memorial_da_América_Latina_em_São_Paulo_Brasil.jpg
|imagesize = 280px
|fundação = [[1989]]
|cidade = [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], [[São Paulo|SP]]
|país = {{BRA}}
|tipo =
|visitantes = 683.000 (2006)
|visitantes_ref = <ref name="SPNoticias 3">{{citar web | autor=| titulo=O Memorial da América Latina atinge a maioridade| publicado = Publicado originalmente no Jornal da Tarde, republicado por SPNotícias| url=http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=83055| formato= | acessodata=[[10 de maio]] de [[2010]]}}</ref>
|diretor = Presidente: [[ João Batista de Andrade]]
 
|curador =
|website = [http://www.memorial.sp.gov.br/ www.memorial.sp.gov.br]
}}
 
O '''Memorial da América Latina''' é um [[centro cultural]], [[político]] e de [[lazer]], inaugurado em [[18 de março]] de [[1989]] na cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], [[Brasil]]. O conjunto arquitetônico, projetado por [[Oscar Niemeyer]], é um [[monumento]] à integração cultural, política, econômica e social da [[América Latina]], situado em um terreno de 84.482 [[metro quadrado|metros quadrados]] no bairro da [[Barra Funda (bairro)|Barra Funda]]. Seu projeto cultural foi desenvolvido pelo antropólogo [[Darcy Ribeiro]].<ref name="Larousse">Grande Enciclopédia Larousse Cultural, 1998, pp. 3920.</ref> É uma [[Fundação (instituição)|fundação]] de [[direito público]] [[Governo do Estado de São Paulo|estadual]], com autonomia financeira e administrativa, vinculada à Secretaria de Estado da Cultura.<ref name="Memorial - Administração">{{citar web | autor=| titulo=Administração| publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/ContentBuilder.do?open=subadministracao&ma=me&pagina=administracao| formato= | acessodata=[[10 de maio]] de [[2010]]}}</ref>
 
O complexo é constituído por vários edifícios dispostos ao longo de duas áreas unidas por uma [[Passarela de pedestres|passarela]], que somam ao todo 25.210 metros quadrados de área construída: o Salão de Atos, a [[Biblioteca Latino-Americana Victor Civita|Biblioteca Latino-Americana]], o Centro de Estudos, a Galeria Marta Traba, o Pavilhão da Criatividade, o Auditório Simón Bolívar (que sofreu um incêndio na tarde de [[29 de novembro]] de [[2013]]), o Anexo dos Congressistas e o edifício do Parlamento Latino-Americano. Na Praça Cívica, encontra-se a [[escultura]] em concreto, também de Niemeyer, representando uma mão aberta, em posição vertical, com o mapa da América Latina pintado em vermelho na palma.<ref name="Larousse"/>
 
O memorial possui um acervo permanente de [[obra de arte|obras de arte]], exibidas ao longo da esplanada e nos espaços internos, e conta com um centro de documentação de arte popular latino-americana. A [[biblioteca]] possui cerca de 30 mil volumes, além de seção de música e imagens. O complexo promove [[exposição|exposições]], [[palestra]]s, [[debate]]s, sessões de vídeo, espetáculos de [[teatro]], [[música]] e [[dança]].<ref name="Larousse"/> Mantém o Centro Brasileiro de Estudos da América Latina, organização de fomento a [[pesquisa acadêmica|pesquisas acadêmicas]] sobre assuntos latino-americanos. Publica regularmente a revista ''Nossa América'' e livros variados.<ref name="BRAVO">Bravo! Guia de Cultura, 2005, pp. 138.</ref> Serviu de sede ao [[Parlamento Latino-americano|Parlamento Latino-Americano]] entre 1989 e 2007 (atualmente localizado na [[cidade do Panamá]]).<ref name="Parlatino">{{citar web | autor=| titulo=Carta Informativa| publicado = Parlamento Latino-Americano| url=http://www.parlatino.org/archivo/newsletter/window_newsletter.php?news=n12/index&lg=es| formato= | acessodata=[[10 de maio]] de [[2010]]}}</ref><ref name="G1">{{citar web | autor=| titulo=Parlamento da América Latina troca São Paulo por Panamá, diz jornal| publicado = G1| url=http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL95411-5602,00.html| formato= | acessodata=[[10 de maio]] de [[2010]]}}</ref>
 
==Histórico==
 
A ideia de criar uma instituição na cidade de São Paulo devotada ao aperfeiçoamento das relações políticas, sociais, econômicas e culturais latino-americanas remonta ao governo de [[André Franco Montoro]]<ref name="Witter">Witter, 2002, pp. 195-197.</ref>, em meados da [[década de 1980]], em um contexto cultural marcado por avanços democráticos no continente e por uma maior convergência de interesses entre o Brasil e países da América Latina - nomeadamente a [[Argentina]], com quem o país firma a [[Declaração do Iguaçu|Declaração de Foz do Iguaçu]] em 1985, acordo base para o surgimento futuro do [[Mercado Comum do Sul|Mercosul]].<ref name="RBPI">{{citar web | autor=Oliveira, Amâncio Jorge de & Onuki, Janina| titulo=Brasil, Mercosul e a segurança regional| publicado = Revista Brasileira de Política Internacional| url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-73292000000200005&script=sci_arttext| formato= | acessodata=[[10 de maio]] de [[2010]]}}</ref> Durante sua gestão no governo paulista, Franco Montoro criou o Instituto Latino-Americano (ILAM), com o propósito de ampliar, sobretudo, o intercâmbio cultural entre os países da região. O ILAM organizaria um acervo bibliográfico de aproximadamente 10.000 itens, além de fotografias, vídeos e outros materiais relacionados à cultura latino-americana, que serviria futuramente como acervo base da biblioteca do memorial.<ref name="Memorial - Montoro">{{citar web | autor=| titulo="O Legado de Franco Montoro" inclui depoimentos, mostra e livro| publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/RssNoticiaDetalhe.do?noticiaId=955| formato= | acessodata=[[10 de maio]] de [[2010]]}}</ref><ref name="BVAL - Montoro">{{citar web | autor=| titulo=Recursos de Informação| publicado = Biblioteca Virtual da América Latina| url=http://www.bvmemorial.fapesp.br/php/level.php?lang=pt&component=19&item=6| formato= | acessodata=[[10 de maio]] de [[2010]]}}</ref>
[[Ficheiro:Oscar Niemeyer, Pic, 9 - edit.jpg|180px|thumb|[[Oscar Niemeyer]], em 1977.]]
 
A construção efetiva do memorial e a idealização de seu programa cultural, no entanto, só seria iniciada durante o governo de [[Orestes Quércia]], que pretendia erguer em São Paulo “o mais importante centro cultural do continente latino-americano”.<ref name="Nossa America 2007 30">Nossa América, 2007, n.º 25, pp. 30.</ref> Para esse fim, Quércia incumbiu o arquiteto [[Oscar Niemeyer]] de projetar um complexo monumental, a ser construído em um terreno público de aproximadamente 90.000 metros quadrados no bairro da Barra Funda.<ref name="Nossa America 2007 07">Nossa América, 2007, n.º 25, pp. 07.</ref> Niemeyer concebeu um complexo composto de seis edifícios espalhados por duas praças unidas por uma passarela: a biblioteca, o Salão de Atos, o restaurante (atual Galeria Marta Traba), o Pavilhão da Criatividade, o auditório e o centro de estudos. Posteriormente, seria adicionado o edifício-sede do [[Parlamento Latino-Americano]]. O arquiteto previu o complexo como uma “ilha arquitetônica”, com formas alvas e arrojadas, que servisse também à reabilitação o tecido urbano no entorno.<ref name="Nossa America 2007 30"/> A temática lhe agradava, como declararia posteriormente:
 
{{Quote2|Poucos temas me deram tanta alegria ao projetá-los como o Memorial da América Latina. Primeiro pelo sentido político que representava. Reunir os povos deste continente para juntos discutirem seus problemas, trocando experiências, lutando pelos direitos desta América Latina tão explorada e ofendida. Depois, porque se tratava de um conjunto de prédios que, bem projetados, poderiam criar o que em arquitetura chamamos de espetáculo arquitetural.|Oscar Niemeyer<ref name="Nossa America 2007 33">Nossa América, 2007, n.º 25, pp. 33.</ref>}}
 
Por sugestão de Niemeyer, o antropólogo [[Darcy Ribeiro]] foi convidado a elaborar o projeto cultural para o memorial, colaborando também na definição dos elementos necessários ao complexo arquitetônico.<ref name="Nossa America 2007 07"/> Chefe da Casa Civil durante o governo [[João Goulart]], Darcy Ribeiro teve seus direitos políticos cassados após o [[Golpe de Estado no Brasil em 1964|golpe militar de 1964]], vivendo, desde então, exilado em vários países da América Latina (trabalhou no [[Uruguai]], na [[Venezuela]], no [[México]] e foi assessor de [[Salvador Allende]] no [[Chile]] e de [[Juan Velasco Alvarado|Velasco Alvarado]] no [[Peru]]), tendo dessa forma grande afinidade com a temática do projeto.<ref name="Memorial - Darcy Ribeiro">{{citar web | autor=| titulo=Darcy Ribeiro| publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/ContentBuilder.do?pagina=darcyRibeiro&ma=me| formato= | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref><ref name="Memorial - CBEAL">{{citar web | autor=| titulo=CBEAL| publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/ContentBuilder.do?open=subcbeal&ma=me&pagina=cbeal| formato= | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref> Ribeiro também havia colaborado anteriormente com Niemeyer na concepção dos [[Centros Integrados de Educação Pública]] (CIEPs), outro motivo que levou o arquiteto a recomendá-lo para a função.<ref name="Nossa America 2007 28">Nossa América, 2007, n.º 25, pp. 28.</ref>
 
Darcy Ribeiro contou com o apoio do [[Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo|Instituto de Estudos Avançados]] da [[Universidade de São Paulo]] (USP) na concepção do projeto cultural. Ademais, convidou diversos intelectuais ligados à USP para elaborar o perfil da futura instituição, tais como [[Antonio Candido de Mello e Souza|Antonio Candido]], [[Alfredo Bosi]] e [[Carlos Guilherme Mota]]. O projeto se baseava na premissa de propor o agrupamento das diferentes realidades latino-americanas em uma única problemática, apoiando-se nas consistentes similaridades entre os povos da região.<ref name="USP - Memorial 20 anos">{{citar web | autor=Soares, Olavo| titulo=Memorial chega aos 20 anos reforçando lado acadêmico| publicado = Universidade de São Paulo| url=http://www4.usp.br/index.php/sociedade/16337-memorial-chega-aos-20-anos-reforcando-lado-academico| formato= | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref> Ribeiro também idealizou a criação do [[Centro Brasileiro de Estudos da América Latina]] (CBEAL), para servir como braço acadêmico do memorial - um órgão de concertação reunindo três universidades públicas paulistas (USP, [[Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho|Unesp]] e [[Universidade Estadual de Campinas|Unicamp]]), a [[Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo|Fundação de Amparo à Pesquisa]] do estado e a Secretaria de Desenvolvimento, devotado ao fomento e debate de ideias e pesquisas que pudessem transformar o memorial em um centro catalisador de iniciativas para o desenvolvimento latino-americano.<ref name="Memorial - CBEAL"/><ref name="USP - Memorial 20 anos"/>
 
Do ponto de vista arquitetônico, a construção do memorial representaria para Niemeyer a oportunidade de aplicar no Brasil os avanços tecnológicos utilizados na década anterior no projeto da [[Universidade Mentouri de Constantine (edifício)|Universidade de Constantine]], em [[Alger]].<ref name="Nossa America 2007 30"/> A [[volumetria]] dos principais edifícios seria resolvida por meio de grandes superfícies de concreto e vidro, com contrapontos verticais bem marcados. Os edifícios seriam dotados de estruturas descritas por [[José Carlos Sussekind]] como "ousadas"<ref>{{citar web|título=Memorial da América Latina|url=http://niemeyer.org.br/?q=gm5/ajax/detalhe-obra/4976|obra=[[Fundação Oscar Niemeyer]]|acessodata=16 de março de 2015}}</ref> - destacando-se, sobretudo, a [[biblioteca]] com os apoios situados fora do prédio, unidos por uma viga de 90 metros de extensão, permitindo um interior totalmente livre, e o auditório com três [[abóbada]]s, podendo ser considerado como uma espécie de releitura de seu trabalho na [[Igreja São Francisco de Assis (Belo Horizonte)|Igreja da Pampulha]].<ref name="Nossa America 2007 34">Nossa América, 2007, n.º 25, pp. 34.</ref> A unidade do conjunto seria garantida pelo uso generalizado de superfícies curvas, pintadas de branco. As obras do memorial foram iniciadas ainda em 1987 e finalizadas dois anos depois. A construção envolveu mais de mil trabalhadores.<ref name="FLACSO">{{citar web | autor=Leça, Fernando| titulo=Memorial da América Latina: 20 anos | publicado = Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais| url=http://flacso.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2802&Itemid=26| formato= | acessodata=[[10 de maio]] de [[2010]]}}</ref>
[[Ficheiro:Bibliotecavictorcivita.jpg|esquerda|thumb|Biblioteca Latino-Americana Victor Civita.]]
[[Ficheiro:Parlatino 1.JPG|esquerda|thumb|Antiga sede do Parlamento Latino-Americano.]]
 
O complexo foi inaugurado em 18 de março de 1989. Em 8 de julho deste mesmo ano, Orestes Quércia sancionou a Lei n.º 6472, instituindo a Fundação Memorial da América Latina<ref name="Larousse"/>, conferindo ao equipamento recém-criado status de órgão administrativa e financeiramente autônomo.<ref name="Lei 6472">{{citar web | autor=| titulo=Lei Nº 6.472, de 28 de junho de 1989| publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/ContentBuilder.do?open=subhistoria&ma=me&pagina=lei| formato= | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref> Na época de sua inauguração, registraram-se diversas críticas à execução do projeto. Construído sem [[licitação]], o memorial custou ao [[erário]] dez vezes mais do que o valor inicialmente previsto.<ref name="OAB">{{citar web | autor=| titulo=Mendes Júnior e Metrô-SP devem ressarcir erário por construção de Memorial sem licitação.| publicado = Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de São Paulo| url=http://www2.oabsp.org.br/asp/clipping_jur/ClippingJurDetalhe.asp?id_noticias=15006&AnoMes=20042| formato= | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref><ref name="Sampa Art">{{citar web | autor=| titulo= Memorial da América Latina: 18 Anos| publicado = Publicado originalmente pelo portal Último Segundo, republicado por SampaArt| url=http://www.sampa.art.br/historia/memorial/18anos/| formato= | acessodata=[[10 de maio]] de [[2010]]}}</ref> O partido arquitetônico também dividiria a crítica especializada.<ref name="Sampa Art"/><ref name="Arcoweb">{{citar web | autor=Melendez, Adilson| titulo=Sem verde, primavera reabre portão e traz novas luzes ao memorial| publicado = ArcoWeb| url=http://www.arcoweb.com.br/memoria/memorial-da-america-latina-recuperacao-do-04-01-2006.html| formato= | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref>
 
Nos primeiros anos de funcionamento, o Memorial da América Latina ganharia visibilidade pelos eventos direcionados a públicos abrangentes, sobretudo [[espetáculo]]s gratuitos de música que reuniam milhares de pessoas.<ref name="USP - Memorial 20 anos"/> Estão inclusos nessa relação, entre outros, nomes como [[Mercedes Sosa]], [[Astor Piazzolla]], [[Libertad Lamarque]], [[Caetano Veloso]] e [[Antônio Carlos Jobim|Tom Jobim]]. Outros eventos artísticos de relevo no período foram as apresentações do [[Balé Nacional de Cuba]], da [[Orquestra Filarmônica de Israel]] (sob a regência de [[Zubin Mehta]]) e da [[Orquestra Jazz Sinfônica]]. No campo das [[artes visuais]], o Memorial sediou importantes mostras, como as retrospectivas de [[Johann Moritz Rugendas]], [[Fernando Botero]] e [[Oswaldo Guayasamín]], além de uma exposição dedicada ao escritor e fotógrafo [[Juan Rulfo]].<ref name="Memorial - 20 anos">{{citar web | autor=| titulo=Memorial – 20 anos de integração| publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/RssNoticiaDetalhe.do?noticiaId=1494| formato= | acessodata=[[10 de maio]] de [[2010]]}}</ref> O Memorial também buscou fomentar a produção cultural própria, criando a revista ''Nova América'', destinada a difundir manifestações artísticas e culturais do continente e promover o intercâmbio das comunidades acadêmicas, intelectuais e artísticas. Lançada em 1989, a revista atualmente possui periodicidade trimestral e tiragem de 3.000 exemplares, distribuídos para bibliotecas públicas e universidades latino-americanas e espanholas e também comercializada em alguns pontos de São Paulo.<ref name="MAL Nossa América 2">{{citar web | autor=| titulo=Revista Nossa América passa a ser vendida em novos locais| publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/RssNoticiaDetalhe.do?noticiaId=1505| formato= | acessodata=[[1º de março]] de [[2013]]}}</ref><ref name="GESP Nossa América 2">{{citar web | autor=| titulo=Revista Nossa América chega à edição 35| publicado = Portal do Governo do Estado de São Paulo| url=http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=205167&c=5311&q=Revista+Nossa+Am%E9rica+chega+%E0+edi%E7%E3o+35| formato= | acessodata=[[1º de março]] de [[2013]]}}</ref>
 
Na condição de sede do [[Parlamento Latino-Americano]] e por meio das atividades desenvolvidas em torno do projeto "Presidentes da América Latina", instituído em 2006, o Memorial recepcionou importantes autoridades do mundo político e intelectual, desde embaixadores e cônsules a chefes de estado. Estiveram presentes no espaço, entre outros, [[Mikhail Gorbachev]], [[Bill Clinton]], [[Fidel Castro]], [[Mário Soares]], [[Eduardo Alberto Duhalde|Eduardo Duhalde]], [[César Gaviria]], [[Hugo Chávez]], [[Papa Bento XVI]] e os mandatários brasileiros [[Fernando Henrique Cardoso]] e [[Luiz Inácio Lula da Silva]].<ref name="Memorial - 20 anos"/><ref name="Memorial - Relatorio 2006">{{citar web | autor=| titulo=Relatório de Atividades (2006)| publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.sp.gov.br/images/agenda/000624/relatorio06/pags30a37.pdf| formato=PDF | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref><ref name="G1 - Lula Memorial">{{citar web | autor=Guimarães, Ligia| titulo=Lula chora na festa da CUT e diz que ‘ego engorda’| publicado = G1| url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/05/lula-chora-na-festa-da-cut-e-diz-que-ego-engorda.html| formato= | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref>
 
Mais recentemente, o memorial tem buscado oferecer atividades voltadas à formação de público e à difusão da produção cultural latino-americana contemporânea.<ref name="USP - Memorial 20 anos"/><ref name="Sampa Art"/> Dentre essas iniciativas, destacam-se o [[Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo]]<ref name="Memorial - Festival de Cinema">{{citar web | autor=| titulo=1º Festival de Cinema Latino-americano de São Paulo| publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/AgendaDetalhe.do?agendaId=445| formato= | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref> e o [[Festival Ibero-Americano de Teatro]]<ref name="SP Noticias - Teatro">{{citar web | autor=| titulo=Festival de teatro ibero-americano anima Memorial da América Latina| publicado = SPNotícias| url=http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=92550| formato= | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref>. Em abril de 2006, foi criada a Cátedra Memorial da América Latina, visando promover o desenvolvimento de temas relevantes, mediante estudo sistemático das realidades culturais, históricas e políticas dos países latino-americanos, agraciada com a [[chancela]] da [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura|Unesco]] em 2007.<ref name="Memorial - Catedra">{{citar web | autor=| titulo=Cátedra Memorial da América Latina | publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/AgendaDetalhe.do?agendaId=792| formato= | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref><ref name="SP Noticias - Catedra">{{citar web | autor=| titulo=José Goldenberg dá aula inaugural na Cátedra Memorial da América Latina| publicado = SPNotícias| url=http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=86784| formato= | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref> Em 2009, o Memorial lançou a [[Biblioteca Virtual da América Latina]], com o objetivo de organizar e divulgar recursos de informação sobre a região e coordenar mecanismos de acesso e disseminação da produção cultural, artística e técnico-científica das instituições representativas na área.<ref name="BVAL - Objetivos">{{citar web | autor=| titulo=Objetivos| publicado = Biblioteca Virtual da América Latina| url=http://www.bvmemorial.fapesp.br/php/level.php?lang=pt&component=19&item=4| formato= | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref><ref name="BVAL - Sobre">{{citar web | autor=| titulo=Sobre a BV@L| publicado = Biblioteca Virtual da América Latina| url=http://www.bvmemorial.fapesp.br/php/level.php?lang=pt&component=19&item=24| formato= | acessodata=10 de maio de 2010}}</ref> Destaca-se também o projeto ''Sementeira'', destinado a estimular o estudo da [[literatura]] nas escolas de [[ensino fundamental]].<ref name="BRAVO"/>
 
===Incêndio do Auditório Simón Bolívar em 2013===
[[Imagem:Auditório Simón Bolívar 02.jpg|thumb|Auditório Simón Bolívar]]
Na tarde de 29 de novembro de 2013, por volta das 15 horas,<ref name="BRAVO"/><ref name="G1 - Fogo atinge auditório do Memorial da América Latina">{{citar web | autor=| titulo=G1 - Fogo atinge auditório do Memorial da América Latina, na Zona Oeste de SP| publicado = | url=http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/11/fogo-atinge-auditorio-do-memorial-da-america-latina-na-zona-oeste-de-sp.html| formato= | acessodata=29 de novembro de 2013}}</ref> um grande incêndio atingiu o Auditório Simón Bolívar. A operação de combate ao fogo e rescaldo durou cerca de 15 horas, terminando no dia 30, e envolveu mais de 100 bombeiros. 25 deles se feriram no combate ao fogo.<ref>[http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=auditorio-do-memorial-funcionava-sem-alvara-diz-prefeitura-de-sp-04024C9A3968DCB94326&tagIds=1793&orderBy=mais-recentes&edFilter=editorial&time=all&currentPage=1 Auditório do Memorial funcionava sem alvará, diz prefeitura de SP]. Uol/ [[Band News]], 30 de novembro de 2013.</ref> Sete deles foram [[intoxicado]]s pela fumaça, sendo que quatro deles foram internados, em estado grave, no [[Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo|Hospital das Clínicas]] (HC). Três permaneceram na [[UTI]] do HC. O incêndio destruiu pelo menos 90% do auditório, cuja capacidade era de 1.800 pessoas. Uma tapeçaria de 800 metros quadrados, que decorava o espaço (obra da artista plástica [[Tomie Ohtake]]), foi inteiramente destruída. Outras perdas significativas não foram reveladas pela administração do Memorial.<ref>[http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-03/bombeiros-que-combateram-incendio-no-memorial-permanecem-na-uti Bombeiros que combateram incêndio no memorial permanecem na UTI]. Por Graça Adjuto. [[Agência Brasil]], 3 de dezembro de 2013.</ref>
Um [[inquérito policial]] sobre o caso foi aberto no 23º Distrito Policial, no [[bairro de Perdizes]]. O prazo da [[Polícia Científica]] para conclusão do laudo sobre as causas do incêndio é de 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período. A principal hipótese é de que um [[curto-circuito]] tenha provocado as primeiras fagulhas. Houve relatos entre os bombeiros de que os brigadistas teriam usado um extintor de incêndio de água em uma lâmpada em chamas, no interior do auditório, o que não é recomendado. Além disso, os [[hidrante]]s do prédio não funcionavam.<ref>[http://tribunadonorte.com.br/noticia/memorial-avalia-estrutura-do-auditorio/268129 Memorial avalia estrutura do auditório]. ''[[Tribuna do Norte]]'', 3 de dezembro de 2013.</ref><ref>[http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2013/11/30/hidrantes-nao-estariam-funcionando-no-memorial.htm Hidrantes não estariam funcionando no Memorial]. Uol/ Estadão, 30 de novembro de 2013.</ref>
 
A Fundação Memorial da América Latina deve contratar um estudo técnico para atestar as condições de segurança da edificação e indicar se o prédio precisará passar por reformas na estrutura. O auditório só poderá ser reaberto depois que esse estudo for apresentado à Defesa Civil.<ref>[http://noticias.r7.com/sao-paulo/defesa-civil-interdita-auditorio-do-memorial-01122013 Defesa Civil interdita auditório do Memorial]. [[r7]], 1° de dezembro de 2013.</ref>
 
No dia 3 de dezembro, o [[Ministério Público]] do [[Estado de São Paulo]] instaurou [[inquérito civil]] para apurar as causas do incêndio. A [[promotor de Justiça|promotora]] Camila Mansour Magalhães da Silveira, responsável pelo caso, vai apurar as condições de segurança do prédio, principalmente em relação às instalações elétricas. Segundo a [[Prefeitura de São Paulo]], o auditório do Memorial funcionava sem o devido [[alvará]] de licença. A promotora solicitou informações sobre o assunto à [[Polícia Civil]], ao Instituto de [[Criminalística]], ao [[Corpo de Bombeiros]], à [[Defesa Civil]] Municipal, à [[AES Eletropaulo]] e à própria Prefeitura.<ref>[http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/12/03/mp-abre-inquerito-para-apurar-causas-do-incendio-no-memorial-da-america-latina-em-sao-paulo.htm MP investiga incêndio no Memorial da América Latina em São Paulo]. UOL, 03 de dezembro de 2013.</ref>
 
==Conjunto arquitetônico==
{{Panorama|Webysther 20150321164142 - Panorama memorial.jpg|1000px|Panorama do memorial.}}
 
Erguido um terreno de 84.482 [[metro quadrado|metros quadrados]]<ref name="Larousse"/>, o complexo arquitetônico projetado por [[Oscar Niemeyer]] para o Memorial da América Latina é uma importante referência na paisagem urbana de São Paulo. O conjunto original, composto por seis edifícios principais, soma 25.210 metros quadrados de área construída<ref name="Larousse"/> e é dividido em duas partes: de um lado, encontram-se a [[Biblioteca Latino-Americana Victor Civita|Biblioteca Latino-Americana]], a Galeria Marta Traba (antigo restaurante) e o Salão de Atos, dispostos ao longo da Praça Cívica, inteiramente pavimentada, sem árvores ou jardins, destinada a manifestações populares. Também se localizam na Praça Cívica o Centro de Recepção de Turistas, apelidado de "Queijinho"<ref name="Memorial - Espaços Culturais">{{citar web | autor=| titulo=O conjunto arquitetônico e os espaços culturais| publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/ContentBuilder.do?open=subespacoCulturais&ma=me&pagina=espacoCulturais| formato= | acessodata=[[10 de maio]] de [[2010]]}}</ref>, e a grande escultura em concreto, também idealizada por Niemeyer, representando uma mão aberta com sete metros de altura, tendo ao centro o mapa da América Latina em baixo-relevo, pintado de vermelho, simbolizando sangue a escorrer.<ref name="Larousse"/> Do outro lado, encontram-se o Pavilhão da Criatividade, o edifício da administração e o Auditório Simón Bolívar. Posteriormente, Niemeyer acrescentou o edifício do [[Parlamento Latino-Americano]]. As duas partes, divididas por uma avenida que corta o terreno no sentido longitudinal, são interligadas por meio de uma [[passarela]].<ref name="Nossa America 2007 34"/>
 
{{multiple image
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| image1 = Webysther 20150321165401 - Escada entrada memorial.jpg
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| caption1 = Nome de tribos indígenas escrito na escadaria da entrada.
 
| image2 = Webysther 20150321164303 - Grande Flor Tropical de Franz Weissmann.jpg
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| caption2 = Grande Flor Tropical de Franz Weissmann.
 
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| caption3 = Biblioteca Latino-americana Victor Civita
 
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| caption4 = Salão de Atos.
}}
 
A unidade do conjunto é garantida pela utilização generalizada dos mesmos recursos plástico-estruturais, ainda que sob linguagens diferentes. A tônica cromática é fundamentada no uso do concreto pintado de branco e nas [[Caixilho|caixilharias]] de [[vidro]] preto, bem como pelo piso de concreto sem pintura. O emprego de amplas superfícies curvas, com marcantes contrapostos verticais, e os grandes vãos proporcionados pelas vigas da biblioteca e do Salão de Atos também proporcionam consistência ao partido arquitetônico. A monumentalidade do memorial resulta mais dos amplos recuos - que permitem a compreensão das relações estabelecidas entre os componentes do conjunto - do que da arquitetura individual dos edifícios, econômica em [[Desenho arquitetônico|desenho]], ainda que arrojada do ponto de vista estrutural.<ref name="Nossa America 2007 34"/><ref name="Nossa America 98 anos">{{citar web | autor=Queiroz, Rodrigo| titulo=98 anos de Oscar Niemeyer| publicado = Nossa América| url=http://www.memorial.sp.gov.br/revistaNossaAmerica/23/port/12-Oscar_niemeyer.htm| formato= | acessodata=[[10 de maio]] de [[2010]]}}</ref><ref name="Memorial - Ruy Ohtake">{{citar web | autor=Ohtake, Ruy| titulo= Arquitetura de Oscar Niemayer | publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/ContentBuilder.do?pagina=935| formato= | acessodata=[[10 de maio]] de [[2010]]}}</ref>
 
No Salão de Atos, na biblioteca e no auditório, Niemeyer optou por utilizar [[abóbada]]s apoiadas em grandes [[viga]]s - uma releitura do partido utilizado na [[Igreja São Francisco de Assis (Belo Horizonte)|Igreja da Pampulha]], na [[década de 1940]], e retomado com algumas modificações estruturais no edifício do [[auditório]] da [[Universidade Mentouri de Constantine (edifício)|Universidade de Constantine]], em [[Argel]] (1968).<ref name="Nossa America 2007 34"/> O Salão de Atos é o foco da Praça Cívica, assumindo papel de destaque no conjunto, ainda que o edifício possua a mesma matriz formal da biblioteca e do auditório. É constituído por uma única abóbada apoiada sobre a viga, de forma [[Perpendicularidade|perpendicular]] ao solo. Nos extremos da viga, duas grandes [[coluna]]s marcam a entrada, onde se situa também o [[parlatório]], posicionado sobre o [[espelho d'água]].<ref name="Nossa America 2007 34"/><ref name="Nossa America 98 anos"/>
 
O edifício da [[biblioteca]] é formado por duas abóbadas apoiadas em uma longa viga central com 90 metros de extensão, dialogando com o Salão de Atos. A abóboda de menor [[raio (geometria)|raio]] marca a entrada do edifício, com revestimento em vidro preto, ao invés do concreto. Os apoios situados fora do edifício, constituídos pelas duas altas colunas que se unem à viga, permitem um interior livre e garantem um aspecto "leve" à construção.<ref name="Nossa America 2007 34"/><ref name="Nossa America 98 anos"/><ref name="Memorial - Ruy Ohtake"/>
 
O [[auditório]] é maior e mais complexo edifício do conjunto. É dotado de duas plateias com 1600 poltronas, dedicadas a apresentações artísticas e a realização de congressos e convenções. Seus espaços principais (''[[foyer]]'', [[plateia]]s e [[palco]]) são criados por meio do arranjo de três abóbodas sucessivas, duas das quais apoiadas em uma grande viga de concreto. Sob a sequência de abóbodas encontra-se abrigado o caixilho de vidro. Nas laterais do edifício, dois volumes [[paralelepípedo]]s neutros, semienterrados e visualmente isolados, servem como anexos, sediando áreas de apoio para artistas e congressistas.<ref name="Nossa America 2007 34"/><ref name="Nossa America 98 anos"/>
 
O [[restaurante]], posteriormente convertido em [[galeria de arte]], consiste em um edifício em formato de [[cilindro]] raso, elevado a meio nível do solo, com cobertura sustentada por um único apoio central. Dessa forma, o interior se encontra livre de quaisquer interferências físicas e visuais, permitindo ao visitante enxergar simultaneamente todas as obras expostas.<ref name="Nossa America 98 anos"/>
 
O Pavilhão da Criatividade, em forma de barra encurvada, possui uma arquitetura mais convencional, servindo como anteparo das linhas férreas que servem ao [[Terminal Intermodal Palmeiras-Barra Funda|Terminal Barra Funda]]. É dotado de um grande [[beiral]], percorrendo o espaço entre o auditório e o Parlatino, assumindo o papel de abrigo sombreado para o público. A sucessão de [[pórtico]]s resultantes desse beiral confere ritmo à perspectiva e diferentes possibilidades de enquadramentos visuais do conjunto arquitetônico.<ref name="Nossa America 98 anos"/>
 
O edifício da administração, situado fora do trajeto demarcado pela passarela, difere do conjunto, tanto por não possuir o caráter de acesso irrestrito dos outros espaços quanto pelo contraste resultante de sua concepção racional, em comparação às formas sinuosas dos demais edifícios. É composto por um grande paralelepípedo suspenso, apoiado em quatro pilares ocultos no ''[[hall]]'' de acesso no térreo, gerando a falsa impressão de estar sustentado unicamente pela viga da cobertura.<ref name="Nossa America 98 anos"/>
 
O edifício do Parlatino (Parlamento Latino-Americano), tal como o restaurante, constitui um contraponto às abóbodas do Memorial. É composto por um volume cilíndrico de grande porte, assumindo um lugar de destaque sob a perspectiva dos transeuntes que chegam à esplanada vindos da passarela.<ref name="Nossa America 2007 34"/><ref name="Nossa America 98 anos"/>
 
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==Equipamentos e espaços==
=== Esculturas ===
{{multiple image
| direction = vertical
| width = 180
| header = Mão
| align = right
| image1 = Webysther 20150428125619 - Mão.jpg
| alt1 =
| caption1 = Escultura de Oscar Niemeyer.
| image2 = Webysther 20150321174055 - Galeria Marta Traba de Arte Latino-Americana - Memorial da América Latina.jpg
| alt2 =
| caption2 = Galeria Marta Traba.
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Quem chega pela entrada do [[Terminal Intermodal Palmeiras-Barra Funda|metrô]], no portão 1, encontra logo a ''Mão'', escultura de [[Oscar Niemeyer]], em cuja palma vemos o mapa da América Latina como que em sangue. É um emblema deste continente colonizado brutalmente e até hoje em luta por sua identidade e autonomia cultural, política e socioeconômica. A escultura é em concreto aparente, com baixo-relevo com pintura em esmalte sintético, possui sete metros de altura e se localiza na Praça Cívica.<ref>{{citar web |url=http://www.niemeyer.org.br/escultura/m%C3%A3o-no-memorial-da-am%C3%A9rica-latina |título=Mão|editor=[[Fundação Oscar Niemeyer]] |acessodata=13 de março de 2015}}</ref>
 
===Praça Cívica===
 
A Praça Cívica, também conhecida como Praça do Sol, é uma grande área aberta e inteiramente pavimentada, unindo os edifícios da Biblioteca Latino-Americana, do Salão de Atos e da Galeria Marta Traba, destinada a sediar manifestações culturais diversas, como festas típicas dos países latino-americanos e de regiões do Brasil, concertos, shows populares, oficinas, etc. Possui 12.000 m<sup>2</sup> de área e capacidade para 40.000 pessoas. Também se localizam na praça o Centro de Recepção de Turistas e algumas de obras de arte, nomeadamente a escultura ''Mão'', de Niemeyer, em concreto armado e com sete metros de altura, símbolo do complexo e marco urbano da cidade. A praça é interligada ao espaço aberto localizado do outro lado da Avenida Auro Soares de Moura Andrade por meio de uma passarela. Este segundo espaço recebeu o nome de Praça da Sombra, em função das 160 [[Jerivá|palmeiras jerivá]] que lá foram plantadas. Há uma área verde com aproximadamente 16.000 m<sup>2</sup> distribuídos atrás das instalações, na lateral dos estacionamentos e na área contígua aos muros.<ref name="MAL Praça Cívica">{{citar web | autor=| titulo=Praça Cívica| publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.org.br/espacos-culturais/praca-civica/| formato= | acessodata=[[1º de março]] de [[2013]]}}</ref>
 
===Galeria Marta Traba de Arte Latino-Americana===
 
A Galeria Marta Traba é um espaço expositivo voltado à difusão da arte latino-americana e ao intercâmbio cultural entre os artistas do continente. É o único espaço [[Museologia|museológico]] inteiramente dedicado à arte latino-americana existente no Brasil. Está sediada em um edifício circular de aproximadamente 1.000 m<sup>2</sup>, originalmente projetado para abrigar um restaurante. O prédio é sustentado por uma única coluna central e circundado por painéis, permitindo aos visitantes uma visão ininterrupta da área expositiva. A galeria possui duas salas expositivas, dotadas de equipamentos de climatização e de controle de umidade e iluminação, além de reserva técnica. Promove exposições de curta e média duração de artistas emergentes e consagrados.<ref name="BRAVO"/><ref name="MAL Galeria Marta Traba">{{citar web | autor=| titulo=Galeria Marta Traba| publicado = Memorial da América Latina| url=http://www.memorial.org.br/espacos-culturais/galeria/| formato= | acessodata=1 de março de 2013}}</ref>
 
{{limpar}}
 
== Ver também ==
* [[Lista de museus da cidade de São Paulo]]
* [[Parque do Ibirapuera]]
* [[Complexo Cultural da República]]
* [[Caminho Niemeyer]]
 
{{referências|col=2}}
 
===Bibliografia===
 
<div class="references-small">
* {{Referência a livro|Autor= Comissão de Patrimônio Cultural da Universidade de São Paulo|Título= Guia de Museus Brasileiros |Subtítulo= | Edição=| Local de publicação = São Paulo| Editora= Edusp| Ano=2000 |Páginas=427 |Volumes= |Volume= | ID=ISBN 85-314-0572-6}}
* ''Comunicação & Educação''. Publicação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo, n.º I, ano XIII, janeiro/abril de 2008.
* ''Nossa América''. Publicação trimestral do Memorial da América Latina, São Paulo, n.º 25, ano 2007.
* {{citar livro|Título= Bravo! Guia de Cultura |Subtítulo= São Paulo| Edição=| Local de publicação = São Paulo| Editora= Abril| Ano=2005 |Páginas=138|Volumes= |Volume= | ID=}}
* {{citar livro|Título= Grande Enciclopédia Larousse Cultural |Subtítulo= | Edição=| Local de publicação = Santana do Parnaíba| Editora= Plural| Ano=1998 |Páginas=3920 |Volumes= |Volume=XVI | ID=ISBN 85-13-00770-6}}
* {{citar livro|sobrenome= Witter|nome=José Sebastião|Título= Memorial de Mogi das Cruzes|Subtítulo= | Edição=| Local de publicação = São Paulo| Editora= Ateliê Editorial| Ano=2002 |Páginas=195-197 |Volumes= |Volume= | ID=8574801011}}
</div>
 
== Ligações externas ==
{{commonscat|Memorial da América Latina}}
* {{oficial|http://www.memorial.sp.gov.br}}
* [http://www.bvmemorial.fapesp.br/php/index.php Página oficial da Biblioteca Virtual da América Latina]
* {{facebook|memorialamericalatina}}
 
{{Governo do Estado de São Paulo}}
{{Obras de Oscar Niemeyer}}
{{Cidade de São Paulo}}
{{Portal3|Arte|Arquitetura|São Paulo (cidade)|Brasil|América Latina}}
 
[[Categoria:Fundações do Brasil|Memorial da América Latina]]
[[Categoria:Museus da cidade de São Paulo|Memorial da América Latina]]
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[[Categoria:Centros culturais da cidade de São Paulo]]
[[Categoria:Museus fundados em 1989]]
{{artigo bom}}