Sopa da pedra: diferenças entre revisões

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== A lenda==
=== Portugal ===
Um [[frade]] pobre, que andava em [[peregrinação]], chegou a uma casa e, orgulhoso demais para simplesmente pedir comida, pediu aos donos da casa que lhe emprestassem uma panela para ele preparar uma sopa – de pedra... E tirou do seu [[bornal]] uma bela pedra lisa e bem lavada. Os donos da casa ficaram curiosos e, de imediato, deixaram entrar o frade para a cozinha e deram-lhe a panela. O frade colocou a panela ao lume só com a pedra, mas logo disse que era preciso temperar a sopa... A dona da casa deu-lhe o sal, mas ele sugeriu que era melhor se fosse um bocado de [chouriço]] ou [[toucinho]]. E lá foi o unto para junto da pedra. Então, o frade perguntou se não tinham qualquer coisa para engrossar a sopa , como [[batata]]s ou [[feijão]] que tivessem restado da refeição anterior... Assim se engrossou a sopa “de pedra”. Juntaram-se [[cenoura]]s, mais a carne que estava junta com o feijão e, evidentemente, resultou numa excelente sopa.
Um frade andava no peditório. Chegou à porta de um lavrador, não lhe quiseram aí dar esmola. O frade estava a cair com fome, e disse:
 
Comeram juntos a sopa e, no final, o frade retirou cuidadosamente a pedra da panela, lavou-a e voltou a guardá-la no seu bornal... para a sopa seguinte!<ref>[http://www.cm-almeirim.pt/conhecer-almeirim/gastronomia/item/205-a-lenda-da-sopa-da-pedra A Lenda da Sopa da Pedra no site da Câmara Municipal de Almeirim]</ref>
- Vou ver se faço um caldinho de pedra!
 
E pegou numa pedra do chão, sacudiu-lhe a terra e pôs-se a olhar para ela, para ver se era boa para fazerum caldo. A gente da casa pôs-se a rir do frade e daquela lembrança.
 
Perguntou o frade :
 
- Então nunca comeram caldo de pedra? Só lhes digo que é uma coisa boa.
 
Responderam-lhe :
 
- Sempre queremos ver isso!
 
Foi o que o frade quis ouvir. Depois de ter lavado a pedra, pediu :
 
- Se me emprestassem aí um pucarinho.
 
Deram-lhe uma panela de barro. Ele encheu-a de água e deitou-lhe a pedra dentro.
 
- Agora, se me deixassem estar a panelinha aí ao pé das brasas.
 
Deixaram. Assim que a panela começou a chiar, tornou ele :
 
- Com um bocadinho de unto, é que o caldo ficava um primor!
 
Foram-lhe buscar um pedaço de unto. Ferveu, ferveu, e a gente da casa pasmada pelo que via. Dizia ofrade, provando o caldo :
 
- Está um bocadinho insosso. Bem precisava de uma pedrinha de sal.
 
Também lhe deram o sal. Temperou, provou e afirmou :
 
- Agora é que, com uns olhinhos de couve o caldo ficava que até os anjos o comeriam!
 
A dona da casa foi à horta e trouxe-lhe duas couves tenras.
 
O frade limpou-as e ripou-as com os dedos, deitando as folhas na panela.
 
Quando os olhos já estavam aferventados, disse o frade :
 
- Ai, um naquinho de chouriço é que lhe dava uma graça.
 
Trouxeram-lhe um pedaço de chouriço. Ele botou-o à panela e, enquanto se cozia, tirou do alforje pão e arranjou-se para comer com vagar. O caldo cheirava que era uma regalo. Comeu e lambeu o beiço. Depois de despejada a panela, ficou a pedra no fundo. A gente da casa, que estava com os olhos nele, perguntou:
 
- Ó senhor frade, então a pedra?
 
Respondeu o frade :
 
- A pedra lavo-a e levo-a comigo para outra vez (1)
 
{{Referências}}