Operação Vitória de Pirro: diferenças entre revisões

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A '''Operação Vitória de Pirro''' é o nome dado à operação policial [[brasil]]eira deflagrada pela [[Departamento de Polícia Federal|Polícia do BrasilFederal]], em 12 de abril de 2016, nas cidades de [[Brasília]], [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Taguatinga (DFDistrito Federal)|Taguatinga]] e [[São Paulo (cidade)|São Paulo]]. SurgiuTrata-se nada 28.ª fase da [[Operação Lava Jato]].,<ref name="pirro"/> A operação ée umdum desdobramento da [[CPI da Petrobras]], realizada entre 2014 a 2015.<ref name="agência brasil 1">{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-04/policia-federal-deflagra-28o-fase-da-lava-jato-em-df-sp-e-rj|título=PF deflagra 28ª fase da Lava Jato no DF, em São Paulo e no Rio de Janeiro|autor=Felipe Pontes e Graça Adjuto|publicado=[[Agência Brasil]]|data=12 de abril de 2016|acessodata=12 de abril de 2016}}</ref><ref name="agência brasil 2">{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-04/ex-senador-gim-argello-e-preso-em-brasilia-na-28deg-fase-da-lava-jato|título=Ex-senador Gim Argello é preso em Brasília na 28ª fase da Lava Jato|autor=Felipe Pontes e Denise Griesinger|publicado=Agência Brasil|data=12 de abril de 2016|acessodata=12 de abril de 2016}}</ref>
 
Essa operação ficou conhecida por levar a prisão do ex-senador [[Gim Argello]] (PTB-DF)<ref name="agência brasil 2"/><ref name="agência brasil 3">{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-04/governo-diz-que-prisao-de-ex-senador-nao-afeta-impeachment-oposicao-ve|título=Governo diz que prisão de ex-senador não afeta impeachment; oposição vê impacto|autor=Karine Melo e Carolina Pimentel|publicado=Agência Brasil|data=12 de abril de 2016|acessodata=12 de abril de 2016}}</ref> e do assessor Paulo César Roxo Ramos,<ref name="agência brasil 4">{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-04/juiz-sergio-moro-autoriza-bloqueio-de-contas-de-gim-argello|título=Juiz Sergio Moro autoriza bloqueio de contas de Gim Argello|autor=Andreia Verdélio e Beto Coura|publicado=Agência Brasil|data=12 de abril de 2016|acessodata=12 de abril de 2016, 14h53}}</ref><ref name="agência brasil 5">{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-04/sistema-partidario-esta-apodrecido-diz-procurador-da-lava-jato|título=“Sistema partidário está apodrecido”, diz procurador da Lava Jato|autor=Felipe Pontes, Andreia Verdélio e Denise Griesinger|publicado=Agência Brasil|data=12 de abril de 2016|acessodata=12 de abril de 2016}}</ref> e faz referência ao rei [[Pirro]] (318&nbsp;<abbr aCtitle="antes de 272cristo">aC.</abbr>&nbsp;&ndash; 272&nbsp;aC.), de umaduma região da [[Grécia antigaAntiga]], que apesar de ter derrotado os romanos em uma batalha, sofreu danos irreparáveis, etal que a vitória semse mostrou inútil.<ref name="agência brasil 2"/>
 
== Investigações ==
Segundo a [[Departamento de Polícia Federal|Polícia Federal]] (PF), a nova fase, denominada Vitória de Pirro,operação tem o objetivo de apurar irregularidades na [[CPI da Petrobras|Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado e na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigava irregularidades na Petrobras]], entre 2014 a 2015.<ref name="agência brasil 1"/>
 
Na informação inicial, a força-tarefa da Lava Jato suspeitava que pelo menos um senador tenha recebido doações eleitorais legais de empreiteiras em troca de evitar a convocação de executivos para depor nas comissões parlamentares, para evitar incômodos com o governo federal.<ref name="agência brasil 1"/> O senador que inicialmente não era identificado, é na verdade é um ex-senador, que é [[Gim Argello]] (PTB-DF).<ref name="agência brasil 2"/>
 
Em sua [[delação premiada]], o senador [[Delcídio do Amaral]] ({{smallcaps|sem /partido}}-MS) afirmou que [[Gim Argello]] cobrava [[Propina (português brasileiro)|propina]] de empreiteiras para não convocar executivos para a CPI Mista da Petrobras. Gim Argello, era vice-presidente da comissão, que funcionou em 2014Comissão.<ref name="CPMI Petrobras"/> De acordo com AmaralDelcídio, alguns membros da CPI obrigavam, por exemplo, o empreiteiro [[Léo Pinheiro]], da construtora [[Grupo OAS|OAS]], a jantar em [[Brasília]], toda segunda-feira, para conversar com parlamentares, momento em que seria cobrado o "pedágio".<ref name="CPMI Petrobras"/>
 
De acordo com o [[Ministério Público Federal]] (MPF), Argello é suspeito de cobrar propina para evitar convocação de empresários a comissões parlamentares de inquérito em 2014 e 2015, conhecida como [[CPI da Petrobras]].<ref name="agência brasil 2"/> Segundo o MPF-PR, a prisão do ex-senador foi autorizada após terem sido recolhidas provas de que ele recebeu R$ 5 milhões em propina da empreiteira [[UTC Engenharia]], conforme depoimento do dirigente da empresa, [[Ricardo Pessoa]], em delação premiada, à [[força-tarefa]] da Lava Jato.<ref name="agência brasil 2"/> O MPF-PR disse ter comprovado o depósito do dinheiro nas contas dos partidos por meio de recibos.<ref name="agência brasil 2"/>
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Argello teria orientado o empreiteiro a destinar o dinheiro na forma de doações eleitorais aos diretórios nacionais de quatro partidos indicados por ele: DEM (R$ 1,7 milhão), PR (R$ 1 milhão), PMN (R$1,15 milhão) e PRTB (R$1,15 milhão).<ref name="agência brasil 2"/> Em 2014, as siglas integravam uma coligação com o PTB, partido pelo qual o ex-senador tentava a reeleição.<ref name="agência brasil 2"/>
 
Outro indício contra o ex-senador foi encontrado no celular do executivo Léo Pinheiro, da empreiteira [[ConstrutoraGrupo OAS|empreiteira OAS]], apreendido ainda na [[Operação Juízo Final|7.ª fase da Operação Lava Jato]].<ref name="agência brasil 2"/> Em 2014, Ricardo Pessoa não foi convocado para depor nem na CPI da Petrobras no Senado, nem na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investigou a estatal, pois Gim Argello integrou ambas.<ref name="agência brasil 2"/> Pinheiro também não foi convocado a depor nas comissões que investigavam a Petrobras no Congresso.<ref name="agência brasil 2"/>
 
Em mensagens, trocadas com [[Otávio Azevedo|Otávio Marques de Azevedo]], então presidente da empreiteira [[Grupo Andrade Gutierrez|Andrade Gutierrez]], é mencionado o pagamento de R$ 350 mil para uma paróquia{{qual}} frequentada por Argello, que recebeu a alcunha de "Alcoólico", em uma referência à bebida destilada "gim".<ref name="agência brasil 2"/> O dinheiro teria ligação com a obra da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), da Petrobras, em Pernambuco.<ref name="agência brasil 2"/>
 
Os procuradores dizem ter recolhido ainda outras provas que corroboram o pagamento de propina, tais como registros de ligações telefônicas e reuniões.<ref name="agência brasil 2"/>
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Os agentes da PF cumpriram 21 mandados judiciais em Brasília, no Rio de Janeiro, em Taguatinga (DF) e São Paulo,<ref name="agência brasil 1"/> entre eles estão Gim Argello, que foi preso preventivamente.<ref name="agência brasil 2"/><ref name="pirro">{{citar web|url=http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/04/moro-pede-o-bloqueio-de-r-5350-mi-de-ex-senador-preso-na-lava-jato.html|publicado=G1|data=12 de abril de 2016|acessodata=12 de abril de 2016|título=Moro bloqueia R$ 5,35 milhões de ex-senador preso na Lava Jato|autor=Thais Kaniak}}</ref><ref name="CPMI Petrobras">{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/04/12/pf-realiza-28-fase-da-operacao-lava-jato-em-tres-estados.htm|publicado=UOL|data=12 de abril de 2016|acessodata=12 de abril de 2016|título=Lava Jato prende ex-senador Gim Argello suspeito de corrupção na CPI da Petrobras}}</ref>
 
No mesmo dia, o juiz [[SergioSérgio Moro]] autorizou o bloqueio de R$ 5,35 milhões das contas e aplicações financeiras de Gim Argello<ref name="pirro"/><ref name="CPMI Petrobras"/> e do assessor Paulo César Roxo Ramos<ref name="agência brasil 4"/> A investigação aponta o recebimento de propina no valor R$ 5 milhões pelo ex-senador, para evitar a convocação de executivos de empreiteiras para prestarem depoimento nas comissões parlamentares de inquérito sobre a Petrobras.<ref name="agência brasil 4"/> Além das contas pessoais de Gim Argello e Paulo Roxo, foram bloqueadas as contas das empresas do ex-senador, a Argelo & Argelo Ltda., a Garantia Imóveis Ltda. e a Solo - Investimentos e Participações Ltda.<ref name="agência brasil 4"/>
 
No despacho, Moro diz que se limitou ao bloqueio das contas de Argello e de suas empresas, porque devem ser suficientes para atingir o valor da propina recebida.<ref name="agência brasil 4"/> “Estendi a medida a Paulo César Roxo Ramos, apontado como seu operador financeiro. Reputo prematura a extensão da mesma medida aos demais [investigados na 28º fase da Lava Jato] e mesmo às empresas de Paulo Roxo, na falta de melhores informações sobre elas”, diz a decisão.<ref name="agência brasil 4"/>
 
== Mandados ==
Foram cumpridos 23 [[mandado judicial|mandados judiciais]], sendo dois de [[prisão temporária]], um de [[prisão preventiva]], quinze de [[busca e apreensão]] e cinco de [[condução coercitiva]].<ref name="pirro"/>
 
=== Prisão preventiva ===
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== Reações ==
=== Procurador Carlos Lima ===
À frente da força tarefa que conduz a Lava Jato em Curitiba, o [[procurador da República]] [[Carlos Fernandes dos Santos Lima|Carlos Fernando dos Santos Lima]] disse durante entrevista coletiva para explicar a 28º fase da operação que, a essa altura das investigações, a conclusão que se pode tomar é que o sistema partidário brasileiro encontra-se “apodrecido”.<ref name="agência brasil 5"/>
 
“O exercício do poder, seja por qual partido for, é que tem gerado corrupção e essa corrupção tem como finalidade suprir o caixa de campanhas políticas. Esses valores, boa parte foram encaminhados para partidos da base de Gim Argello, inclusive partidos de oposição”, disse o procurador. “A conclusão a que chegamos e a conclusão a que todos deveriam chegar é que o sistema partidário do país está apodrecido pelo uso do poder econômico.”<ref name="agência brasil 5"/>
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{{Referências}}
 
== VerLigações tambémexternas ==
* {{Link|2=http://www.lavajato.mpf.mp.br /|3=SitePágina Oficialoficial da Operação Lava Jato}}
{{dividir em colunas}}
*{{Link|2=http://www.dpf.gov.br/agencia/estatisticas/operacoes/2016|3=Página oficial do Departamento da Polícia Federal com as operações no ano de 2016}}
*[[Operação Lava Jato]]
*[[Operação Juízo Final]]
*[[Operação My Way]]
*[[Operação Que País é esse]]
*[[Operação A Origem]]
*[[Operação Erga Omnes]]
*[[Operação Conexão Mônaco]]
*[[Operação Politeia]]
*[[Operação Radiotividade]]
*[[Operação Pixuleco]]
*[[Operação Pixuleco II]]
*[[Operação Nessun Dorma]]
*[[Operação Catilinárias]]
*[[Operação Corrosão]]
*[[Operação Triplo X]]
*[[Operação Acarajé]]
*[[Operação Aletheia]]
*[[Operação Polimento]]
*[[Operação Xepa]]
*[[Operação Carbono 14]]
*[[Operação Repescagem]]
*[[Operação Vício]]
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{{Referências}}
 
*[[{{Operação Lava Jato]]}}
== Ligações externas ==
* {{Link|2=http://www.lavajato.mpf.mp.br |3=Site Oficial da Operação Lava Jato}}
 
{{[[Categoria:Fases da Operação Lava Jato}}|Vitoria pirro 28]]
[[Categoria:Fases da Operação Lava Jato]]
[[Categoria:Escândalos de corrupção no Brasil]]