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A '''Crise do ''subprime''''' é uma [[crise financeira]] desencadeada em 24 de julho de 2007, a partir da queda do [[índice Dow Jones]] motivada pela concessão de empréstimos [[hipoteca|hipotecários]] de alto [[Risco (administração)|risco]] (em [[língua inglesa|inglês]]: ''[[subprime]] loan'' ou ''subprime mortgage''), prática que arrastou vários [[banco]]s para uma situação de [[insolvência]], repercutindo fortemente sobre as [[Bolsa de valores|bolsas de valores]] de todo o mundo. A crise foi motivada pela insistente manutenção de juros reduzidos pelo [[Fed]] (o sistema de [[bancos centrais]] dos Estados Unidos), em uma economia extremamente aquecida. A troca de comando em 2006 impediu que um novato assumisse o ônus da freada obrigatória. A crise do ''subprime'' foi imediatamente percebida como grave (segundo muitos economistas, a mais grave desde [[crise de 1929|1929]]), com possibilidade de se transformar em uma [[crise sistêmica]],<ref>[[Bresser Pereira|BRESSER PEREIRA, L. C.]] [http://www.bresserpereira.org.br/papers/2008/08.26.DominacaoFinanceiraCrise.NovosEstudos.pdf Dominação financeira e sua crise no quadro do capitalismo do conhecimento e do estado democrático social.] Revista ''Estudos Avançados'', 22 (64), 2008: 195-205.</ref> entendida como uma interrupção da cadeia de pagamentos da economia global, e que tenderia a atingir, de maneira generalizada, todos os setores econômicos. É considerada como um prenúncio da [[crise econômica de 2008]].<ref>[http://www.msia.org.br/assuntos-asuntos-estrat-gicos/367.html Instituto europeu vê agravamento da crise sistêmica]</ref><ref>[http://www.leap2020.eu/LEAP-2020-Annonce-Speciale-Crise-Systemique-Globale-Septembre-2008_a2140.html?PHPSESSID=d74a3cfd26cda6d16bf957ad516a15dc LEAP/2020 : Annonce Spéciale Crise Systémique Globale Septembre 2008]</ref>
As famílias americanas já vinham se endividando ao longo dos anos 1990. A partir de 1995, o [[mercado imobiliário]] voltou a se expandir, assim como o endividamento - através de crédito ao consumidor e
Os ''[[subprimes]]'' incluíam desde empréstimos hipotecários até [[cartão de crédito|cartões de crédito]] e aluguel de carros, e eram concedidos, nos Estados Unidos, a clientes sem comprovação de [[renda]] e com mau histórico
A queda nos preços de imóveis, a partir de 2006, arrastou vários bancos para uma situação de [[insolvência]], repercutindo fortemente sobre as [[Bolsa de valores|bolsas de valores]] de todo o mundo.
Como os empréstimos ''subprime'' eram dificilmente liquidáveis, isso é, não geravam nenhum [[fluxo de caixa]] para os bancos que os concediam, esses bancos arquitetaram uma estratégia de [[securitização]] desses créditos. Para diluir o risco dessas operações duvidosas, os bancos americanos credores juntaram-nas aos milhares, e transformaram a massa daí resultante em [[derivativos]] negociáveis no [[mercado financeiro]] internacional, cujo valor era cinco vezes superior ao das dívidas originais.
Assim, criaram-se títulos negociáveis cujo lastro eram esses "[[títulos podres|créditos podres]]". Foi a venda e compra, em enormes quantidades, desses títulos lastreados em hipotecas ''subprime'' que provocou o alastramento da crise, originada nos Estados Unidos, para os principais bancos do mundo.
Por uma razão que se desconhece, embora possa estar ligada a algum [[lobby]] ou a pressões de congressistas americanos para lastrear esses títulos - talvez por haver interesse da parte deles nos rendimentos do ''subprime'', o que sugere uma ligação com alguns banqueiros - e que hoje, após o estouro, ainda deixa pasmos muitos analistas, tais papéis, lastreados em quase nada, obtiveram o [[aval]] das agências internacionais de [[classificação de risco]] - de renome até então inquestionável -, que deram a eles a sua chancela máxima - AAA - normalmente dada a títulos tão sólidos quanto os do [[Tesouro dos EUA]], tornando-os muito mais confiáveis do que os [[Título público|títulos]]
A partir do [[18 de Julho]] de [[2007]], a crise do crédito hipotecário provocou uma [[crise de confiança]] geral no [[sistema financeiro]] e falta de [[liquidez]] bancária, ou seja, falta de dinheiro disponível para saque imediato pelos correntistas dos bancos.
Mesmo os bancos que não trabalhavam com os chamados "créditos podres" foram atingidos. O banco britânico Northern Rock, por exemplo, não tinha hipoteca-lixo em seus livros, mas adotava uma estratégia arriscada - tomar dinheiro emprestado
Na sequência, temendo que a crise tocasse a esfera da economia real, os [[Banco Central|Bancos Centrais]] foram conduzidos a injetar [[liquidez]] no mercado interbancário, para evitar o [[efeito dominó]], com a quebra de outros bancos, em cadeia, e que a crise se ampliasse em escala mundial.
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