Guerras romano-latinas: diferenças entre revisões

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== {{Âncora|Destruição de Sátrico}}Destruição de Sátrico (377 a.C.)==
De acordo com Lívio, em 377 a.C., os volscos e os latinos uniram suas forças em Sátrico. O [[exército romano]], comandado pelos [[tribunos consulares]] [[Públio Valério Potito Publícola]] e [[Lúcio Emílio Mamercino (cônsul em 366 a.C.)|Lúcio Emílio Mamercino]] marcharam contra eles. A batalha que se seguiu foi interrompida no primeiro dia por uma tempestade. No segundo, os latinos resistiram aos romanos por algum tempo, pois já conheciam suas táticas, mas uma [[carga (militar)|carga]] de cavalaria desmantelou as linhas latinas e, quanto a infantaria romana deu sequência ao ataque, o exército latino foi derrotado. Volscos e latinos recuaram primeiro para Sátrico e, depois, para [[Âncio]]. Os romanos perseguiram, mas não tinham [[arma de cerco|armas de cerco]] para atacarem Âncio. Depois de uma discussão sobre continuar a guerra ou pedir a paz, as forças latinas partiram e os ancianos renderam sua cidade aos romanos. Furiosos, os latinos atearam fogo a Sátrico e queimaram a cidade toda, exceto o templo de [[Mater Matuta]] &mdash; uma voz vinda do interior do templo teria ameaçado uma terrível punição se o fogo não fosse mantido longe do santuário. Em seguida, os latinos atacaram Túsculo que, tomada de surpresa, foi tomada, com exceção da [[cidadela]]. Um exército romano liderado pelos tribunos consulares [[Lúcio Quíncio Cincinato (tribuno consular em 386 a.C.)|Lúcio Quíncio Cincinato]] e [[Sérvio Sulpício Rufo (tribuno consular em 388 a.C.)|Sérvio Sulpício RufoPretextato]] marcharam com suas forças para libertar Túsculo. Os latinos tentaram defender as muralhas, mas pegos entre o assalto romano e a resistência dos tusculanos na cidadela, acabaram todos mortos<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'', [[s:en:From the Founding of the City/Book 6#32|VI, 32.4–33.12]]</ref>.
[[Ficheiro:Tivoli - Aquae Albulae - Roman baths ruins.jpg|thumb|esquerda|upright=1.5|Ruínas das [[termas romanas|termas]] de [[Tibur]] (Tivoli).]]
[[Mater Matuta]] era um divindade originalmente ligada com a luz da manhã e o templo em Sátrico era o principal de seu culto<ref>Oakely, pp. 642–643</ref>. Porém, Lívio relata também o incêndio de Sátrico, exceto o templo de Mater Matuta, em 346 a.C., desta vez pelos romanos. Historiadores modernos concordam que estes relatos sobre os dois incêndios de Sátrico, em 377 e 346 a.C., são uma duplicação. Beloch, acreditando que os romanos não teriam relatado um ataque latino em Sátrico, considera o incêndio de 377 a.C. como uma retrojeção dos eventos em 346 a.C.. Oakley (1997) defende a opinião oposta, acreditando que os antigos historiadores seriam menos propensos a inventar um incêndio provocado pelos latinos do que um outro provocado pelos romanos. Embora o duplo salvamento milagroso do templo seja descartado como duplicação, não se segue automaticamente que disputada cidade Sátrico possa de fato ter sido capturada duas vezes, em 377 e em 346 a.C.<ref>Oakely, p. 352</ref>. O descontentamento dos latinos com a anexação de Túsculo por Roma poderia explicar a guerra, é possível também que eles tenham simplesmente se juntado a uma revolta contra os romanos<ref>Oakely, p. 359</ref>.