Pedro I da Rússia: diferenças entre revisões

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===Governo de Sofia===
[[Ficheiro:Petr I and Ivan V coin.jpg|thumb|255px|Moeda com os bustos de Pedro e Ivan de um lado, e o de Sofia no outro.]]
Assim que assumiu o governo, Sofia colocou seus apoiadores em posições importantes, principalmente seu [[favorito]] o príncipe Vassili Golitsyn, que foi nomeado chefe das relações exteriores e depois Guardião do Grande Selo.<ref> {{harvnb|Massie|2015|pp=94, 96}} </ref> Durante os primeiros anos de regência, a czarevna cumpria suas funções particularmente enquanto mantinha Pedro e Ivan como figuras cerimoniais, conseguindo manter a ordem interna e colocar oficiais estrangeiros no comando do exército. Enquanto isso o príncipe aproveitou os frequentes incêndios em Moscou para reconstruir as casas de madeira com pedra, porém foi incapaz de alcançar seu sonho de melhorar a conservadora sociedade russa. Externamente, Sofia procurou aceitar as perdas territoriais que o país tinham sofrido em conflitos passados e assim para este fim enviou embaixadores para [[Estocolmo]], [[Varsóvia]], [[Copenhaga|Copenhague]] e [[Viena]] com o objetivo de reforçar acordos de paz e estabelecer as novas fronteiras da Rússia.<ref> {{harvnb|Massie|2015|pp=96–98}} </ref>
 
Entretanto, o principal ponto de complicação era com a [[República das Duas Nações|Polônia]] e a situação de [[Kiev]]. Esta era uma cidade ortodoxa que tinha sido entregue aos russos em 1667 durante o reinado de Aleixo, porém sob os termos do Tratado de Andrusovo ela deveria ser devolvida aos poloneses depois de dois anos. Isso nunca ocorreu e a Polônia recusava-se a abrir mão de sua reivindicação, enquanto a Rússia evitava quaisquer discussões a respeito e postergava a entrega. As coisas mudaram durante a regência de Sofia, quando o [[Império Otomano]] conseguiu uma série de vitórias militares contra a Polônia e o [[Sacro Império Romano-Germânico]]. Os poloneses e austríacos passaram a desejar ajuda russa, com uma enorme comitiva sendo enviada a Moscou procurando uma aliança. Sofia aproveitou-se da situação e aceitou prestar ajuda sob a condição de que Kiev fosse cedida definitivamente para a Rússia, algo que o rei [[João III Sobieski da Polônia]] aceitou relutantemente.<ref> {{harvnb|Massie|2015|p=99}} </ref>
 
Os russos e otomanos nunca tinham antes entrado em conflito.<ref> {{harvnb|Massie|2015|p=100}} </ref> Uma força foi enviada em maio de 1687 para a [[Crimeia]] combater os tártaros, vassalos do Império Otomano, com Golitsyn sendo forçado a assumir o comando da expedição.<ref> {{harvnb|Massie|2015|pp=101–102}} </ref> Ele marchou para o sul e atravessou o [[rio Dniepre]], encontrando campos queimados e nenhum alimento para as tropas, até finalmente avistar os tártaros na cidade de Perekop. Golitsyn decidiu recuar por causa da falta de suprimentos, porém enviou cartas àa Moscou dizendo que a campanha tinha sido um sucesso e foi recebido como herói por Sofia ao retornar. Porém, a verdade logo chegou na Polônia e na Áustria, que forçaram a Rússia a cumprir com sua parte do acordo.<ref> {{harvnb|Massie|2015|pp=102–103}} </ref> A czarevna novamente enviou o príncipe para uma nova expedição em março de 1689, que desta vez enfrentou os tártaros e conseguiu repelir alguns avanços, porém mais uma vez se viu sem suprimentos e tentou em vão chegar a um acordo de paz.<ref> {{harvnb|Massie|2015|pp=103–105}} </ref> Como antes, Golitsyn enviou relatos de vitórias e outra vez foi recebido como herói, porém agora a insatisfação e desaprovação geral com Sofia eram muito maiores, especialmente vindas de Pedro.<ref name=massie106 > {{harvnb|Massie|2015|p=106}} </ref>
 
===Tomada de poder===