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[[FicheiroImagem:Route of Karanos to establish his own kingdom (Portuguese).pngsvg|thumb|right|200px|KaranusRota de [[Carano]] ao [[Peloponeso]]]]
Na [[mitologia grega]], '''Cresfontes''' era um filho de [[Aristomaco]] e irmão de [[Temeno]] e [[Aristodemo]]. Ele era um [[Heráclida]], trisneto de [[Héracles]] ([[Hércules]]) e ajudou a liderar o quinto e final ataque a [[Micenas]] no [[Peloponeso]]. Ele tornou-se rei de [[Messênia]].
 
Na [[mitologia grega]], '''Cresfontes''' era um filho de [[Aristomaco]] e irmão de [[Temeno]] e [[Aristodemo]]. Ele era um [[Heráclida]], trisneto de [[Héracles]] ([[Hércules]]) e ajudou a liderar o quinto e final ataque a [[Micenas]] no [[Peloponeso]]. Ele tornou-se rei de [[Messênia]].
[[Ficheiro:Route of Karanos to establish his own kingdom.png|thumb|right|200px|Karanus]]
 
== Invasão do Peloponeso ==
Cresfontes e seus irmãos reclamaram para o oráculo que suas instruções haviam-se provado fatais para aqueles que as tinham seguido (o oráculo havia dito a [[Hilo (mitologia)|Hilo]] para atacar através da passagem estreita quando o terceiro fruto estivesse maduro).<ref name="apolodoro.2.8.2">[[Pseudo-Apolodoro]], ''[[Biblioteca (Pseudo-Apolodoro)|Biblioteca]]'', 2.8.2</ref> Eles receberam a resposta de que por "terceiro fruto" a "terceira geração" era referida, e que a "passagem estreita" não era o [[istmo de Corinto]], mas os estreitos de [[Riu]].<ref name="apolodoro.2.8.2" /> Eles de acordo construíram uma frota em [[Naupacto]], mas antes de zarparem, Aristodemo foi atingido por um raio <ref name="apolodoro.2.8.2">[[Pseudo-Apolodoro]], ''[[Biblioteca (Pseudo-Apolodoro)|Biblioteca]]'', 2.8.2</ref> (ou alvejado por [[Apolo]], ou morto pelos filhos de [[Pilades]]<ref name="pausanias.3.1.6">[[Pausânias (geógrafo)]], ''[[Descrição da Grécia]]'', 3.1.6</ref>) e a frota destruída, porque um dos [[heráclidas]], [[Hipotes (heráclida)|Hipotes]], filho de Filas, filho de [[Antíoco (filho de Héracles)|Antíoco]], filho de Héracles, havia morto um vidente em transe, acreditando que este era um mago enviado pelos peloponésios para amaldiçoar o exército invasor.<ref name="apolodoro.2.8.3">[[Pseudo-Apolodoro]], ''[[Biblioteca (Pseudo-Apolodoro)|Biblioteca]]'', 2.8.3</ref>
 
O oráculo, sendo novamente consultado por Temeno, propôs-lhe que oferecesse um [[sacrifício expiatório]] e banisse o assassino por dez anos, e depois procurasse um homem com três olhos para ser guia.<ref name="apolodoro.2.8.3" /> Em seu caminho de volta a Naupacto, Temeno encontrou com [[Óxilo]], filho de ''Andraemon''Andremão, um [[Etólia|etólio]], que montava um cavalo de apenas um olho (portanto perfazendo os três olhos) e imediatamente intimou-o a seu serviço.<ref name="apolodoro.2.8.3" /> De acordo com outro relato, foi Óxilo que tinha perdido um olho.
 
Os Heráclidas repararam seus navios, velejaram de [[Naupacto]] a [[Antírrio]], e de lá para Riu em [[Peloponeso]]. Uma batalha decisiva foi travada com [[Tisâmeno]], filho de [[Orestes]], o principal regente na península, que foi derrotado e morto. Essa conquista foi tradicionalmente datada de sessenta anos após a [[Guerra de Troia]].
 
== Partilha do Peloponeso ==
Os Heráclidas, que portanto tornaram-se praticamente mestres de Peloponeso, procederam para distribuir seu território entre si por lotes. [[Argos]] ficou para [[Temeno]], [[Lacedemônia]] para [[Procles]] e [[Eurístenes]], os filhos gêmeos de [[Aristodemo]], e [[Messênia]] para Cresfontes. O fértil distrito de [[Elis]] havia sido reservado por acordo para OxylusÓxilo. Os Heráclidas regeram em Lacedemônia até [[221 a.C.]], mas desapareceram bem mais cedo em outros países.
 
Essa conquista de [[Peloponeso]] pelos dórios, comummente chamada a "[[Invasão dórica]]" ou "Retorno dos Heráclidas", é representada como uma recuperação pelos descendentes de Héracles da herança de direito de seu ancestral herói e seus filhos. Os dórios seguiram o costume de outras tribos gregas em clamando como ancestral para suas famílias regentes um dos heróis lendários, mas as tradições não devem por conta disso ser consideradas como inteiramente míticas. Elas representam uma invasão conjunta de Peloponeso por aetóliosetólios e dórios, os últimos tendo sido empurrados para o sul de seu lar setentrional original sob pressão dos Tessalianos. É notável que não haja menção desses Heráclidas ou de sua invasão em [[Homero]] ou [[Hesíodo]]. [[Heródoto]] (vi. 52) fala de poetas que tinham celebrado seus feitos, mas esses limitavam-se a eventos imediatamente posteriores à morte de Héracles.
 
== Racionalização do mito ==