Matilde de Inglaterra: diferenças entre revisões

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O casal se encontrou pela primeira vez [[Liège]] antes de seguirem para [[Utrecht]] onde, no dia 10 de abril, eles oficialmente ficaram noivos.<ref> {{harvnb|Pain|1978|p=8}} </ref> Matilde foi coroada [[Lista de rainhas da Germânia e imperatrizes do Sacro Império Romano-Germânico|Rainha dos Romanos]] em 25 de julho durante uma cerimônia na cidade de [[Mainz]].<ref> {{harvnb|Chibnall|1991|p=24}} </ref> Havia uma distância de idades considerável entre os dois, com Matilde tendo apenas oito anos enquanto Henrique tinha 24.<ref> {{harvnb|Chibnall|1991|p=17}} </ref> Depois do noivado ela foi colocada aos cuidados de Bruno, o [[Diocese de Tréveris|Arcebispo de Tréveris]], que ficou encarregado de lhe ensinar a cultura, conduta e governo germânicos.<ref name=chibnall /><ref> {{harvnb|Chibnall|1991|p=25}}; {{harvnb|Pain|1978|p=12}} </ref>{{nota de rodapé|O crônico [[Orderico Vital]] tem um relato da dispensa do séquito anglo-normando de Matilde, porém outras evidências sugerem que pelo menos alguns de seus companheiros permaneceram com ela.<ref name=chibnall /> }} Matilde foi considerada pronta para se casar em janeiro de 1114, com a cerimônia do casamento ocorrendo em [[Worms]] em meio a celebrações extravagantes.<ref> {{harvnb|Chibnall|1991|p=26}} </ref> Ela entrou na vida pública germânica e recebeu uma criadagem própria.<ref name=chibnall2648 > {{harvnb|Chibnall|1991|pp=26, 48}} </ref>
 
Conflitos políticos estouraram pelo império pouco depois do casamento, iniciados quando Henrique prendeu seu chanceler Adalberto, também Arcebispo de Mainz, e vários outros príncipes germânicos.<ref> {{harvnb|Chibnall|1991|p=27}} </ref> Seguiram-se várias rebeliões acompanhadas por oposição vinda da [[Igreja Católica]], que na época desempenhava um papel importante na administração do império, com isso levando a excomungação formal do imperador pelo [[papa Pascoal II]]. Henrique e Matilde marcharam pelos [[Alpes]] e entraram na [[península Itálica]] no começo de 1116 com a intenção de ajeitaramajeitarem as coisas com o papa permanentemente.<ref> {{harvnb|Chibnall|1991|p=28}} </ref> Matilde nesse momento estava desempenhando um papel grande no governo imperial, patrocinando concessões, lidando com peticionários e participando de ocasiões cerimoniais.<ref> {{harvnb|Chibnall|1991|pp=28–29}} </ref> O resto do ano foi gasto assegurando o controle do norte italiano, com o casal por fim avançando para Roma no começo de 1117.<ref> {{harvnb|Chibnall|1991|pp=29–31}} </ref>
 
Pascoal fugiu quando Henrique e Matilde chegaram e, em sua ausência, o enviado papal Maurício Bourdin (depois o [[antipapa Gregório VIII]]) coroou o casal na [[Antiga Basílica de São Pedro|Basílica de São Pedro]] provavelmente na época da [[Páscoa]] e certamente até [[Pentecostes]].<ref name=chibnall /><ref name=chibnall32 > {{harvnb|Chibnall|1991|p=32}} </ref> Matilde usou essa cerimônia para reivindicar o título de Imperatriz do Sacro Império Romano-Germânico. O império era governado por monarcas que, como Henrique, eram selecionados por nobres importantes para se tornarem Rei dos Romanos. Esses reis tipicamente esperavam serem depois coroados pelo papa como Imperador Romano-Germânico, porém isso não era garantido. Henrique tinha coagido Pascoal a coroá-lo em 1111, porém a posição de Matilde era menos clara. Ela era legitimamente a Rainha dos Romanos como resultado de seu casamento, um título que usava em seus selos e cartas, porém era incerto se ela tinha uma reivindicação legítima ao título de imperatriz.<ref name=chibnall32 />
 
Tanto a posição de Bourdin quanto as próprias cerimônias eram muito ambíguas. Estritamente falando, elas não foram coroações imperiais mas sim ocasiões formais em que a coroa foi usada, uma das poucas vezes no ano em que os governantes usavam suas coroas na corte. Bourdin também tinha sido excomungado na época em que conduziu a cerimônia, mais tarde sendo deposto e aprisionado pelo papa durante o restante da sua vida. Mesmo assim, Matilde manteve que tinha sido oficialmente coroada em Roma como imperatriz.<ref name=chibnall /><ref name=chibnall3233 > {{harvnb|Chibnall|1991|pp=32–33}} </ref><ref> {{harvnb|Leyser|1982|p=199}} </ref> Os títulos de imperador e imperatriz não eram usados consistentemente durante o período, mas mesmo assim seu uso do título tornou-se amplamente aceito.<ref name=chibnall /><ref name=chibnall33 > {{harvnb|Chibnall|1991|p=33}} </ref> Ela também escolheu não contestar crônicos anglo-normandos que mais tarde incorretamente registraram que o próprio papa tinha lhe coroado em Roma.<ref name=chibnall /><ref name=chibnall3233 />
 
== Árvore genealógica ==