Persea americana: diferenças entre revisões

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== Características ==
 
Segundo Koller, 1992 <ref>Koller, Otto Carlos. Abaticultura. RGS, Ed. UFRGS, 1992</ref> a classificação botânica do abacateiro tem sofrido várias alterações nos últimos anos, não havendo ainda total concordância sobre a questão. Recentemente L. O. Williams, citado por Malo (1978a) revisou os estudos genéticos e específicos, propondo a divisão do gênero Persea em dois subgêneros: [[Persea]] e [[Persea|Eriodaphne]], que se distinguem, sob o aspecto agronômico, pelo fato das espécies do subgênero Persea serem compatíveis de enxertia entre si, porém incompatíveis de serem enxertadas sobre espécies do subgênero ''Eriodaphne''.
 
É uma [[árvore]] de grande porte, de [[crescimento]] rápido, ultrapassando os 30 metros de altura, nativa da [[América Central]] e [[México]]. Possui [[folha (botânica)|folhas]] coriáceas, lanceoladas e lustrosas e flores pequenas (5 a 10&nbsp;mm de diâmetro) de um verde esbranquiçado. Os frutos são [[drupa]]s ovóides ou piriformes (em forma de [[pera]]), de casca verde-escuro e polpa cremosa, adocicada, rica em [[gordura]], de cor verde-clara ou amarelada, com uma única semente grande esférica, de 3 a 5&nbsp;cm de diâmetro. Os frutos das plantas selvagens são pequenos, mas as variedades [[cultivar]]es apresentam frutos de dimensão considerável (7 a 20&nbsp;cm de comprimento e pesam de 100 a 1000 g). Esta planta prefere solos férteis e [[Humidade|úmidos]], e [[clima]] ameno a quente, de modo que prefere [[clima tropical|climas tropicais]] ou [[clima subtropical|subtropicais]].
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Uma árvore adulta pode produzir mais de uma centena de abacates em uma estação, e há sempre o incômodo dos frutos não colhidos que caem no chão, causando grande sujeira e odor ruim. Assim, não é uma árvore recomendada para locais de grande circulação ou arborização de ruas. Os frutos, apesar de nutritivos para os humanos, podem ser tóxicos para alguns animais.
 
Barlow & Martin ([[2002]]) identificam o abacate como um fruto adaptado para uma relação ecológica com mamíferos de grande porte, hoje em dia extintos (por exemplo, os herbívoros gigantes sul americanos, como as [[preguiça-gigante|preguiças-da-terra]] e [[gonfoterídeo]]sgonfoterídeos). O seu fruto, com um caroço apenas levemente tóxico, terá co-evoluído com esses animais já extintos, de modo a ser disperso depois de ingerido por estes e expulso, juntamente com as fezes, pronto a germinar. Com o desaparecimento dos seus parceiros ecológicos, a planta não terá tido tempo para se adaptar a uma forma de [[dispersão de sementes]] alternativa.
[[Ficheiro:Avocado 13.JPG|thumb|left|200 px|Folhas]]
[[Ficheiro:Persea americana flowers 2.JPG|thumb|left|200 px|Flores do abacateiro]]