Grã-Colômbia: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Revertendo para a revisão anterior à revisão $1 de $2 por $3 usando popups
Dbastro (discussão | contribs)
Ajustes parâmetros obseletos, typos fixed: idéias → ideias, inicio → início utilizando AWB
Linha 13:
|evento_início = [[Congresso de Angostura|Estabelecimento]]
|evento_fim = Dissolução
|data_início = [[17 de Dezembro]]<ref name="Bethell1985">{{citecitar booklivro|last=Bethell|first=Leslie|title=The Cambridge History of Latin America|url=http://books.google.com/books?id=0QghsDsSCB4C&pg=PA141|accessdate=6 de detembro de 2011|year=1985|publisher=Cambridge University Press|isbn=978-0-521-23224-1|page=141}}</ref>
|data_fim = 19 de Novembro
|evento3 = Morte de [[Simón Bolívar|Bolívar]]
Linha 78:
|legislatura2 = [[Câmara de Representantes da Colômbia|Câmara de Representantes]]{{ref|a|[a]}}
|tipo_legislatura2 =
|dados_ano1 = 1822<ref name="Codazzi1">{{citacitar librolivro |autor=Agustín Codazzi |título=Atlas Físico y Político de la República de Venezuela |url=http://commons.wikimedia.org/wiki/Agustin_Codazzi_Atlas_de_Venezuela_1840 |añoano=1840 |lugar=París |editorialeditora=Lithographie de Thierry Frères |oclc=11947373}}</ref><ref name="Censo1822">Dados publicados pelo Instituto Geográfico de Weimar em 1823, com base na subdivisão da Grã-Colmbia de 1822. Por tal motivo se tem inclusa a [[Província de Guayaquil]].</ref>
|dados_área1 = 2172609
|dados_população1 = 2469000
|dados_ano2 = 1825<ref name="Codazzi2">{{citacitar librolivro |autor=Agustín Codazzi; Manuel María Paz; Felipe Pérez |título=Atlas geográfico e histórico de la República de Colombia |url=http://commons.wikimedia.org/wiki/Agustin_Codazzi_Atlas_de_Colombia_1890 |añoano=1889 |editorialeditora=Imprenta A. Lahure |oclc=7859879}}</ref><ref name="Censo1825">Dados publicados por Manuel María Paz e Felipe Pérez em 1890, com base na subdivisão da Grã-Colômbia de 1824.</ref>
|dados_área2 = 2519954
|dados_população2 = 2583799
|hoje = {{Collapsible list |titlestyle=font-weight:normal; background:transparent; text-align:left; | title=&nbsp; |{{flagicon|Brasil}} [[Brasil]] <br>{{flagicon|Colômbia}} [[Colômbia]] <br/>{{flagicon|Costa Rica}} [[Costa Rica]] <br>{{flagicon|Equador}} [[Equador]] <br/>{{flagicon|Guiana}} [[Guiana]] <br>{{flagicon|Nicarágua}} [[Nicarágua]] <br/>{{flagicon|Panamá}} [[Panamá]] <br>{{flagicon|Peru}} [[Peru]] <br/>{{flagicon|Venezuela}} [[Venezuela]]}}
|notas = '''a'''.{{note|a}} '''Art. 40''': O Congresso da Colômbia estará dividido em duas Câmaras, que serão a do Senado e a de Representantes.<ref name="constituição"> [http://www.bdigital.unal.edu.co/21/28/constitucion_de_la_republica_de_colombia.pdf ''Constituicion de la Republica de Colombia''], p. 36</ref>
}}
'''Grande Colômbia''' ou '''Grã-Colômbia''' (<small>pronúncia em espanhol:</small>[[Wikipédia:AFI para castelhano|[ˈɡɾaŋ koˈlombja]]], '''Gran Colombia''') é um [[Lista de estados extintos|extinto país]] [[América do Sul|sul-americano]] estabelecido em [[1819]] pelo [[Congresso de Angostura|congresso reunido na cidade de Angostura]] através da [[s:Ley Fundamental de la República de la Gran Colombia|Lei Fundamental da República]] (ratificada posteriormente por sua [[Congresso de Cúcuta|reunião homóloga em Cucuta]] de 1821), pela união da Venezuela e Nova Granada em uma só nação sob o nome de '''República da Colômbia''',<ref>{{citacitar web |url= http://www.ejercito.mil.co/?idcategoria=276824 |título= Ley Fundamental de la República de Colombia |fechaaccesoacessodata= 4 de octubreoutubro de 2014 |obra= Centro de estudios históricos del Ejército Nacional de Colombia}}</ref><ref>{{citacitar web |url= http://www.bdigital.unal.edu.co/214/21/Ley_fundamental_de_la_republica_de_colombia.pdf |título= Ley Fundamental de la República de Colombia |fechaaccesoacessodata= 4 de octubreoutubro de 2014 |obra= Biblioteca Luis Ángel Arango}}</ref> ao que logo se aderiram o Panamá (1821) e o Equador (1822). O termo ''Grã-Colômbia'' é empregado pela [[historiografia]] para distingui-la da atual [[República da Colômbia]], cujo território era então conhecido como o Vice-Reino de Nova Granada.
 
Essa república existiu legalmente entre [[1821]] e [[1831]] e foi criada a partir da união das antigas entidades coloniais do [[Vice-Reino de Nova Granada]], [[Capitania Geral da Venezuela]], [[Província de Quito]] e [[Província Livre de Guayaquil]].<ref>{{citacitar web |url= http://www.banrepcultural.org/blaavirtual/modosycostumbres/crucahis/crucahis116.htm |título= La Gran Colombia, 1819-1830 |fechaaccesoacessodata= 4 de octubreoutubro de 2014 |obra= Biblioteca Luis Ángel Arango}}</ref> Seu território correspondia aos territórios das atuais repúblicas da [[Colômbia]], [[Equador]], [[Panamá]] e [[Venezuela]] (incluindo a [[Guiana Essequiba]], uma reivindicação guiano-venezuelana); e outros territórios que se tornariam parte do Brasil, Peru e Nicarágua por acordos internacionais celebrados entre estes países e de repúblicas que surgiriam da dissolução da Grã-Colômbia.
 
Enquanto a Grã-Colômbia foi criada pela [[s:Ley Fundamental de la República de la Gran Colombia|Lei Fundamental da República]] emitida durante o [[Congresso de Angostura]] ([[1819]]), o [[Estado]] como um resultado da união desses povos não foi possível até o [[Congresso de Cúcuta]] ([[1821]]), onde foi elaborada a [[Constituição de Cúcuta|Constituição]] com o qual foi implementado e regulamentado a sua criação, como a vida política e institucional do novo país.
Linha 98:
O nome oficial do país na época era República da Colômbia.<ref>{{cite encyclopedia |title=Gran Colombia | encyclopedia = Encyclopædia Britannica |date=June 6, 2007 |url=http://www.britannica.com/eb/article-9037644}}</ref> Os historiadores têm adotado o termo "Grã-Colômbia" para distinguir essa república da atual República da Colômbia, que começou a usar esse nome em 1863, embora muitos usassem ''Colômbia'', confusões não ocorriam.<ref>Bushnell, ''The Santander Regime'', 12. Bushnell uses both "Colombia" and "Gran Colombia."</ref>
 
O nome "Colômbia" vem da versão espanhola do século XVIII, da palavra [[Neolatim|neolatina]] "Columbia", baseada no nome de [[Cristóvão Colombo]] (''Cristoforo Colombo'' em italiano, ''Cristóbal Colón'' em espanhol, e ''Christopher Columbus'' em inglês). Foi o termo preferido do revolucionário [[Francisco de Miranda]] como uma referência ao Novo Mundo, especialmente a todos os territórios [[Americas|americanos]] e colônias sob o domínio [[Império Espanhol|espanhol]]. Ele usou, uma versão improvisada, como um adjetivo em quase grego do nome, "Colombeia", para dar significado a papéis e coisas "referentes a Colômbia", como o título de seu arquivo de suas atividades revolucionárias.<ref>{{Citecitar booklivro | last = Miranda | first = Francisco de | coauthors = Josefina Rodríguez de Alonso and José Luis Salcedo-Bastardo | title = Colombeia: Primera parte: Miranda, súbdito español, 1750–1780 | place = Caracas | publisher = Ediciones de la Presidencia de la República | year = 1978 | volume = 1 | pages = 8–9 | isbn = 978-84-499-5163-3 | postscript = <!--None-->}}</ref> Bolívar e outros [[Independência da América Espanhola|revolucionários hispano-americanos]] também usaram a palavra "Colômbia" no sentido continental. A criação em 1819 de uma nação com o nome de "Colômbia" pelo Congresso de Angostura deu o prazo de uma referência geográfica e política específica.
 
== Antecedentes ==
Linha 108:
 
=== Colômbia como projeto de Bolívar ===
[[Imagem:Bolivar congreso anfictionico.jpg|thumb|250px|Monumento à Simón Bolívar na sede do Congresso Anfictiônico - [[Panamá]].]]
 
O nome Colômbia é dado ao ideal de integração de toda a América do Sul, ao qual ansiava Bolívar.
Já em [[1815]], na ilha de [[Jamaica]], Bolívar havia exposto a ideia da Colômbia como um país que deveria se tornar realidade.<ref>''La Nueva Granada se unirá con Venezuela, si llegan a convenirse en formar una república central... Esta nación se llamará Colombia''. "[[Carta de Jamaica]]", [[Kingston]], 6 de septiembresetembro de 1815. Bolívar, Simón; ''Obras completas''; Fica, Tiempo Presente - Ecoe; 1979, p. 167.</ref> Concluiu que para converter a Colômbia em uma nação viável, seria necessário criar um governo centralizado para poder coordenar as ações necessárias para proteger as fronteiras e reunir os diversos povos da [[América espanhola]], como garantia de independência.
 
Embora o projeto da Colômbia como uma nação tenham sido idealizadas por [[Francisco de Miranda]] durante suas ações precursoras, foi Bolívar quem retomou o projeto em seus primeiros contatos com o percursor em [[Londres]] e foi quem se empenhou em levá-la a cabo, contra todas as adversidades, até a sua morte.
Linha 168:
Ao final das sessões, o Congresso concordou em se reunir novamente em Cúcuta, em janeiro de 1821, para a emissão da nova Constituição. Em [[23 de março]] de [[1820]], foi libertado na Espanha [[Antonio Nariño]], ''o Precursor''. Depois de seis anos de cativeiro foi nomeado vice-presidente da Colômbia, em substituição de [[Juan Germán Roscio]] a pouco falecido e, como tal, instalou o [[Congresso de Cúcuta]] em [[6 de maio]] de [[1821]], que desenvolveu um projeto de Constituição submetido a análise, sem conseguir atenção.
 
A [[Convenção de Ocaña]] era basicamente um confronto entre as idéiasideias de ambos os heróis. Os projetos discutidos foram controversos, centralismo e federalismo, entre outros. Santander teve de ceder para manter a unidade da nação, o ponto sobre a necessidade de mudar a Constituição de Cúcuta, como essa não poderia ser reformada dentro de dez anos.
 
[[José María del Castillo y Rada]] foi escolhido como [[presidente]] e [[Andres Narvarte]] como [[vice-presidente]] da Convenção. Por fim, essa não pode terminar como o planejado porque os seguidores de Bolívar se retiraram. Bolívar assumiu a ditadura em um esforço desesperado para manter uma unidade que já havia sido prejudicada e inaugurou um período ditatorial.
Linha 182:
 
== Posterioridade ==
A dissolução da Grã-Colômbia representava o fracasso da visão de Bolívar. O antigo Departamento de Cundinamarca (conforme estabelecido em 1819 em Angostura) tornou-se um novo país, a República de Nova Granada. Em 1858, Nova Granada foi substituída pela [[Confederação Granadina]] , mais tarde, em 1863, a Confederação Granadina mudou seu nome oficialmente para [[Estados Unidos da Colômbia]], e em 1886, adotou o seu nome atual: República da Colômbia. O Panamá, que voluntariamente se tornou parte da Grã-Colômbia em 1821, continuou a ser um departamento da República da Colômbia até 1903, quando, em grande parte como consequência da Guerra Mil Dias de 1899-1902,<ref>{{citecitar booklivro | last = Arauz| first = Celestino A| coauthors = Carlos Manuel Gasteazoro and Armando Muñoz Pinzón| title = La Historia de Panamá en sus textos |series= Textos universitarios: Historia (Panamá) | publisher = Editorial Universitaria| year = 1980| location = Panama| volume = 1 }}</ref> [[Independência do Panamá|que se tornou independente]] sob pressão dos EUA. Os Estados Unidos queriam direitos territoriais no futuro da Zona do Canal do Panamá, que a Colômbia havia recusado.
 
Com exceção do Panamá (que, como mencionado, conseguiu a independência, sete décadas depois), os países que foram criados têm bandeiras semelhantes, que lembram a bandeira da Grã-Colômbia:
Linha 202:
 
== Governo e política ==
A organização política da Grã-Colômbia finalmente foi traçada no [[Congresso de Cúcuta]] (1821). A reunião designou como capital a cidade de [[Bogotá]],<ref name="GranColombia">{{citacitar librolivro|editor=Baldwing, Cradock ye Joy|título=[http://books.google.com.co/books?id=MTo1AAAAIAAJ (Gran) Colombia: Relación geográfica, topográfica, agrícola, comercial y políticapolíticaGran Colombia |url=http://books.google.com.co/books?id=MTo1AAAAIAAJ]|fechaaccesoacessodata=17 de marzomarço de 2011|añoano=1822|editorialeditora=Banco de la República,|local= Bogotá}}</ref> enquanto Caracas e Quito, serviriam como sede dos tribunais superiores do distrito judicial em que a república foi dividida.
 
Constitucionalmente, o governo foi caracterizado por um forte executivo, na pessoa do Presidente da República, e vice-presidentes regionais que agiriam em nome do Presidente, em sua ausência. Ambos os postos eram nomeados por um colégio eleitoral nomeados pelas assembleias provinciais.<ref name="Lorich">{{citacitar web |url= http://hem.bredband.net/rivvid/historia/lorich3.htm |título= Observaciones sobre Colombia, su Gobierno, etc. Informe del diplomático sueco Severin Loric. |fechaaccesoacessodata= 18 de marzomarço de 2011 |fechadata= 4 de agosto de 1823}}</ref>
 
O poder legislativo residia no Congresso Nacional, composto por duas câmaras: o Senado e dos Representantes. Nesse Congresso haveria sessões uma vez ao ano e seus membros, com um período de 8 anos para o Senado e de 4 para a dos Representantes, eram eleitos pelas três assembleias regionais do país.<ref name="Lorich"/> Cada departamento enviava ao Congresso um total de 4 senadores. O número de deputados a serem escolhidos pelas províncias estava em proporção a sua respectiva população, de tal modo que se contava um representante por 30.000 habitantes. Para a administração do Departamento se contava com os Intendentes, nomeados pelo Presidente, e que por sua vez designavam os Governadores de cada província. Todos esses cargos eram ocupados por um período de três anos.<ref name="Lorich"/
Linha 213:
 
=== Diretrizes da Constituição Nacional ===
O [[Congresso de Cúcuta|Congresso]] eleito em Angostura se reuniu novamente, dessa vez na [[Villa del Rosario (Norte de Santander)|Villa del Rosario]], Cúcuta, no inicioinício de 1821.
 
Após a [[Batalha de Carabobo]], em [[24 de junho]] de [[1821]], ocorreu oficialmente a independência da Venezuela, e depois da libertação de Caracas, Cartagena, Popayán e Santa Marta, em 18 de julho foram retomadas com maior ímpeto o trabalho constitucional em Cúcuta para incluir regiões recém-emancipadas.
Linha 265:
A Grã-Colômbia teve em meados da [[década de 1820]] com um exército de 25 a 30 mil homens, dos quais cerca de metade eram tropas regulares e outras [[milícia]]s. A qualidade dos soldados colombianos variava: de veteranos com anos de serviço na unidades de elite como o [[Batalhão Voltígeros]], o [[Batalhão de Rifles]], o ''Bravos de Apure'', o ''Batalhão Albion''; a unidades mau aparelhadas e mal treinadas envolvidas em tarefas como milícias e guerrilhas.
 
A marinha contava com uma variedade de embarcações, incluindo vários navios de mais de 60 canhões, fragatas de 44 canhões, e várias unidades menores.<ref>{{citacitar web |url= http://www.todoababor.es/datos_docum/nav_grancolombia.htm |título= Principales naves de guerra a vela hispanoamericanas. |fechaaccesoacessodata= 18 de marzomarço de 2011 |autor= Gerardo Etcheverry}}</ref> A marinha se concentrou na baia de Cartagena em 1825, realizando execícios como preparativo para uma invasão planejada, em [[Cuba]] e [[Porto Rico]], que ao final não se realizou. Ao começar uma a guerra com Peru, a marinha se encontrava em grande parte no [[Mar do Caribe]].
 
A Grã-Colômbia foi em grande parte um país altamente militarizado, as suas forças armadas ocuparam um papel importante tanto na república como na política. Especialmente nos seus últimos anos, quando o ''Libertador'' retornou do Peru, cresceu o [[militarismo]] bolivariano na tentativa de conter a crescente popularidade do santanderistas liberais e movimentos separatistas na Venezuela e no Equador. Essas diferenças políticas cresceriam até Bolívar proclamar a sua ditadura.
 
Bolívar era partidário de umas forças armadas permanentes e em pé de guerra que puderiam manter a paz interna mediante a coerção, resguardar a soberania da nação e permitir a Colômbia desempenhar um papel de importância na política americana. Santander, ao contrário, queria uma redução das forças para diminuir tanto os seus costos como sua participação política.<ref>{{citacitar librolivro | apellidossobrenome = Liévano Aguirre | nombrenome = Indalecio | enlaceautorautorlink = Indalecio Liévano Aguirre | título = Bolívar | fechadata = 1983 | editorialeditora = Cultura Hispánica del Instituto de Cooperación Iberoaméricana | ubicaciónlocal = Madrid | idisbn = ISBN 84-7232-311-0 | páginas = 189}}</ref>
 
=== Organização territorial ===
Linha 292:
| [[Imagem:Gran Colombia map 1824.jpg|thumb|300px|Departamentos da Grã-Colômbia em 1824, com a demarcação dos distritos judiciais, com o esclarecimento que legalmente não consta que o Departamento del Istmo havia pertencido ao centro.]]
| <center>'''República da Colombia<br />(1824—1830)'''
A lei sobre divisião territorial da República da Colombia decretada em [[25 de junho]] de [[1824]] dividiu o território da seguinte maneira, de maior para menor hierarquia administrativa: 3 distritos ([[Distrito del Norte|Venezuela]] -ou Norte-, [[Distrito del Centro|Nova Granada]] -ou Centro-, e [[Distrito del Sur|Quito]] -ou Sur-), 12 departamentos, 37 províncias e 193 cantões.<ref name="GranColombia">{{citar livro | editor = Baldwing, Cradock y Joy | título = [http://books.google.com.co/books?id=MTo1AAAAIAAJ (Gran) Colombia: Relación geográfica, topográfica, agrícola, comercial y política] |acessodata = 17 de março de 2011 | ano = 1822 | editora = Banco de la República, Bogotá}}</ref> A região da Venezuela era composta de 4 departamentos: Apure, Orinoco, Venezuela e Zulia, e 12 províncias no total; a região de Nova Granada, de 5 departamentos: Boyacá, Cauca, Cundinamarca, Istmo e Magdalena, e 17 províncias; e a região de Quito, de 3 departamentos: Quito, Guayaquil e Azuay, com 8 províncias.<ref name="Geografía" />
<center>
{| class="toc" border="0" style="width:100%; font-size:90%"
Linha 344:
 
==== Rios ====
Três grandes rios corriam pelo território da Grã-Colômbia: o [[rio Magdalena|Magdalena]], com o seu principal afluente, o [[Rio Cauca|Cauca]] que deságua no Caribe; o Orinoco, onde o poderoso rio que flui pelos rios Meta e Guaviare; e o Amazonas, ao qual afluem os rios Napo, o Putumayo e Caquetá. Outros rios importantes foram o Atrato, a Guayaquil e Guarapiche.
 
Desses serviam como importantes vias fluviais, o rio Magdalena e o Orinoco, pelos os quais entravam os produtos importados no país.
Linha 361:
Os habitantes da Grã-Colômbia eram multiétnicos. Havia espanhóis, índios, mulatos, negros, mestiços e cafuzos.<ref name="Lorich" /> A população em geral era distribuída de uma forma muito heterogênea, por isso, enquanto o norte do país, era habitado principalmente por espanhóis e mestiços, o Sul era habitado por um grande número de índios. Isso porque grande parte da população nativa na região norte foi exterminada durante as incursões europeus feitas durante a época da conquista espanhola, enquanto que em regiões mais ao sul reservas e missões foram estabelecidas por ordens religiosas mantidos em muito de seu número original.<ref name="Geografía" /> Em si, a população era altamente estratificada, espanhol e brancos estavam em geral no topo, seguido por índios, negros e outras misturas de raças.<ref name="GranColombia" />
 
De acordo com estimativas de 1822, a população da Grã-Colômbia era distribuída em seus Departamentos da seguinte maneira:<ref name="Censo1822">Datos publicados por el Instituto Geográfico de [[Weimar]] en 1823, en base a la subdivisión de la Gran Colombia de 1822. Por tal motivo no se incluye a la [[Provincia de Guayaquil]].</ref><ref>Alexander von Humboldt (2011). ''Political Essay on the Island of Cuba: A Critical Edition''. University of Chicago Press, pp. 215-217. Edición de Vera M. Kutzinski & Ottmar Ette. ISBN 978-0-22646-567-8.</ref>
{| class="wikitable" border="1" style="text-align:center"
!'''N.°'''
Linha 539:
A população escrava no país havia ultrapassado os 70.000, em 1823. A população indígena, por sua vez, é estimado entre 400 mil e 500 mil distribuídos em todo o país. As tribos das quais se tinham registro escritos erma os Chaimas, Pariagotos, Guaraones, Guayquerías, Guaguas, Cumanagotos, Caribes, Guajiros, Salivas, Guamos, Muiscas e Muzos.
 
O censo de 1825<ref name="Censo1825">Dados publicados por Manuel María Paz y Felipe Pérez em 1890, com base nas subdivisões da Grã- Colômbia em 1824.</ref> fornece os seguintes resultados por demografia distritais:
 
{| class="wikitable" border="1" style="text-align:center"
Linha 621:
 
=== Educação ===
Por meio de um decreto do Congresso se declarou a emancipação dos escravos no país. Esse ato legislativo proclamou que todo escravo nascido depois de [[20 de julho]] de [[1821]] estaria livre por direito aos 18 anos de idade, no que se chamava ''libertad de vientres'' (ventre livre).<ref name="Lorich" /><ref>{{citacitar web |url= http://www.banrepcultural.org/blaavirtual/historia/equinoccial_6_comercio/capitu26.htm |título= Capítulo XXVI: Reformas Económicas a mediados del siglo XIX.» «Historia de la Cultura Material en la América Equinoccial |fechaaccesoacessodata= 31 de março de 2011 |autor= Víctor Manuel Patiño |editor= [[Biblioteca Luis Ángel Arango]]}}</ref>
 
O governo grã-colombiano fazia um grande esforço para proporcionar o acesso à educação pública. Para atingir esse objetivo, várias leis (a serem emitidas em [[julho]] para [[agosto]] de [[1821]]) para a escola de primeiras letras, colégios e escolas para meninas, e algumas delas foram introduzidas no ensino mútuo seguindo os [[Método Lancaster|métodos de Lancaster]]. Alguns não foram totalmente liberados das regras monásticas.<ref name="Lorich" /> Entre seus muitos artigos, definidos da seguinte forma:<ref name="GranColombia" />