Batalha de Berlim: diferenças entre revisões

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Hitler
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A '''Batalha de Berlim''' foi a última batalha ocorrida no teatro de guerra Europeu durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. Ela foi resultado de maciça ofensiva soviética contra as forças alemãs no início de [[1945]]. Seu planejamento previa o lançamento ao mesmo tempo de diversos ataques no leste da [[Europa]], desde o Mar Báltico até a região dos [[Cárpatos]], com o intuito de invadir os países ainda ocupados pelos alemães e chegar a Berlim e terminar a guerra antes que os Aliados Ocidentais entrassem na capital do Reich. A batalha durou de abril de 1945 até o início de maio. Em um dos últimos dias da batalha, [[Adolf Hitler]] cometeu suicídio. Poucos dias depois Berlim se entregava. Por fim, a Alemanha se rendeu seis dias depois do fim da batalha.
 
== O pregúdioprelúdio à batalha ==
No começo de [[1945]], a Frente Leste se encontrava relativamente estável desde a [[Operação Bagration]], lançada pelos soviéticos em junho de [[1944]]. O Exército Vermelho parecia ter perdido força para realizar operações de vulto. [[Romênia]] e [[Bulgária]], aliados da Alemanha na invasão da [[União Soviética]] em [[1941]], já haviam solicitado o armistício e mudado de lado na guerra. Os alemães ainda haviam perdido parte da [[Hungria]], muito embora ainda mantivessem [[Budapeste]] sob seu controle. Ao norte, os soviéticos já se encontravam às portas de [[Varsóvia]]. No setor mais meridional da frente, algo em torno de 200.000 alemães se encontravam encurralados na Península de Courland.
 
No entanto, a estabilidade era precária para as forças do [[Eixo]]. O Coronel-General [[Heinz Guderian]], chefe do estado-maior do exército alemão, insistia junto a [[Hitler]] que um ataque soviético em qualquer ponto da Frente Oriental, teria como resultado o colapso da mesma. Contudo, Hitler insistia que a Frente Oriental teria que se manter com as forças disponíveis e recusou-se a permitir retiradas para áreas mais defensáveis na retaguarda.
 
[[Josef Stalin]], premiê da [[União Soviética]], ansiava por chegar à capital alemã antes dos [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados Ocidentais]]. Ele mesmo assumiu muitas das funções de seus comandantes militares na preparação do que ele pretendia ser a arremetida final ao coração da [[Alemanha]]. Igualmente ordenou que o [[Primeiro Front Ucraniano]] sob comando do MarexalMarechal [[Ivan Konev]] e o [[Primeiro Front Bielorusso|Primeiro Front Bielorussio]] sob o Marechal [[Georgy Zhukov|Georgy Zhullkov]], ambos colocados em setores próximos em linha reta à Berlim, teriam prioridade em equipamentos e substituições.
 
O avanço final contra a [[Alemanha Nazi|Alemanha]] estava previsto para o início de 1945. O plano incluía ataques coordenados e simultâneos no amplo ''front'' oriental. Marcado para o dia 20 de janeiro, a ofensiva foi antecipada para o dia 12 do mesmo mês a pedido dos aliados ocidentais. Estes estavam envolvidos em uma grande operação para conter [[Batalha das Ardenas|o ataque alemão na região das Ardenas]], [[Bélgica]], e pediram ajuda aos soviéticos para aumentarem a pressão sobre o flanco leste da [[Wehrmacht|Wehrmankcht]] (forças armadas alemãs) de forma a aliviarem a pressão sobre si.
 
O poder de fogo soviético, sua grande vantagem em equipamentos e a ânimo de oficiais e soldados de levarem a guerra ao solo alemão não demorou a se fazer sentir. [[Varsóvia]] foi libertada do jugo alemão em apenas cinco dias. Logo o Exército Vermelho avançava pelas planícies polonesas em perseguição das forças alemãs em retirada. Aquelas que por algum motivo não conseguiram mover-se rapidamente, foram cercadas e obrigadas a pedir rendição ou subjugadas pelo poderio do inimigo.
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Ao norte, os soviéticos invadiram os [[Estados Bálticos]], firmaram posição na [[Prússia]] oriental e rapidamente cercaram a cidade de [[Königsberg]]. Como Guderian havia suspeitado, a Frente Leste entrou em colapso rapidamente. Muitas unidades alemãs eram simplesmente empurradas para trás pelo avanço soviético, e aquelas que não conseguiam recuar a tempo, caíam cercadas e dizimadas.
 
Ao sul, a ofensiva soviética progredia com menor vulto. Mesmo assim, [[Budapeste]], que os alemães haviam conseguido manter contra duas tentativas soviéticas de tomá-la, caiu em 13 de fevereiro. [[Hitler]] insistiu na necessidade de se manter a Hungria sob controle. Por isso, ordenou [[Operação Frühlingserwachen|um contra-ataque]] para retomar [[Budapeste]] e o quanto de território húngaro fosse possível. Tropas foram trazidas da Frente Ocidental e mesmo de pontos de luta no ''front'' leste de forma a fortalecer as unidades que tomariam parte na libertação da capital húngara. Sob comando do general SS [[Sepp Dietrich|Josef "Sepp" Dietrich]], um dos oficiais mais próximos do ''Führer'' alemão, o [[6º Exército Panzer SS|9º Exército Panzer SS]] iria lutar juntamente com o [[2º Exército Panzer]] contra um inimigo com forças três vezes superior à sua própria e em condições climáticas e de terreno que dificultavam em muito a realização de manobras de ataque. Iniciado em 6 de março, a ofensiva pegou os soviéticos de surpresa e mostrou-se, de início, promissora. Contudo, pouco mais de uma semana após o início da luta, os alemães já haviam perdido a iniciativa. No dia 20, Dietrich ordenou que suas forças se entrincheirassem e se preparassem para o inevitável contra-ataque soviético. Por esta época, o [[6º Exército Panzer SS]] se encontrava de volta às posições que havia utilizado para o início da luta. Um total de 14.000 alemães e pouco mais de 30.000 soviéticos morreram nesta frustrada operação.
 
Na segunda semana de fevereiro, o [[Segundo Front Bielorrusso]] do Marechal [[Konstantin Rokossovski]] penetrou na Prússia Ocidental de forma que o [[Grupo de Exército Vístula]] sob comando do Reichführer SS [[Heinrich Himmler]] foi obrigado a recuar para as cidades da região. Quando a ala direita do [[Primeiro Front Bielorrusso]] juntou-se ao ataque na Prússia, as condições pioraram consideravelmente para os alemães. O Segundo Exército e o [[Terceiro Exército Panzer]] perderam contato com as forças alemãs postas ao redor de Berlim e ficaram isolados.
 
O [[Primeiro Front Ucraniano]] do Marechal KoneivKonev ainda não havia cruzado o [[rio Oder]] por esta época. Ele encontrava dificuldades para submeter a cidade de [[Breslau]] e por isso não havia ultrapassado os limites da [[Silésia]]. Konev, como Zhukov, desejava chegar à Berlim e ser reconhecido como o conquistador do baluarte fascista. Sua solução para a resistência em [[Breslau]] foi o de cercar a cidade e seguir com o grosso de suas forças para o hOderOder. Uma vez cruzado o rio, Berlim estaria a seu alcance pelo sul.
 
Em todos os setores que atacavam, os soviéticos possuíam força avassaladora. A resistência alemã era forte, porém sem esperanças de deter por muito tempo o inimigo. A perspectiva de viver sob jugo soviético era o combustível da desesperada resistência nazista.