Roberto I, Duque da Borgonha: diferenças entre revisões
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'''Roberto I, Duque da Borgonha''' ou '''Roberto I Capeto''' ({{dtlink|lang=pt|||1011}} — [[Fleury-sur-
Roberto tornou-se Duque da Borgonha por doação do seu irmão Henrique, depois da sua ascensão à coroa de França. Foi sucedido pelo seu neto [[Hugo I, Duque da Borgonha|Hugo I]], filho de [[Henrique da Borgonha|Henrique]]. O seu neto [[Henrique da Borgonha, Conde de Portugal|Henrique]] tornou-se Conde de Portugal e foi pai de [[Afonso I de Portugal|Afonso Henriques]].
==Revolta e Reconciliação==
Em [[1030]], provavelmente pressionado pela rainha [[Constança de Arles|Constança]],
==Casamento com Hélia de Semur==
Em [[1033]],
Hélia Hugo Semur era a irmã do abade [[Hugo de Cluny]]<ref>Universidade Jean Monnet-Saint-Étienne, ''As freiras em clausura e no mundo desde suas origens até os dias de hoje'',1994, p.198.</ref> ([[1024]]-[[1109]]), e a sobrinha-neta do conde-bispo Hugo de Chalon. O duque Roberto tornou-se pelo casamento o cunhado do abade Hugo de Cluny.
==A sucessão no Outre-Saône==
[[File:Duché et Comté de Bourgogne au XIVe siecle.svg|thumb|upright=2|<center>O Ducado da Borgonha e o Condado da Borgonha ''(aproximadamente o [[Franco-Condado]] atual)'']]
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==A ''morte'' de Damásio de Semur-en-Brionnais==
Roberto detinha um caráter violento e selvagem. Nas palavras de alguns historiadores, especialmente E. Petit, apoiado por Eugene Jarry
==Expedição na Espanha==
O abade [[Hugo de Cluny]], que desempenhou um papel em Espanha na propagação da reforma gregoriana e na erradicação do [[rito moçárabe]], interessou a nobreza borgonhesa pela [[Reconquista]]. Roberto I entrou em [[1058]] em [[Barcelona]], na corte do conde desta cidade, [[Raimundo Borel I de Barcelona|Raimundo Borel]]. Ele estava acompanhado de seu segundo filho, [[Henrique da Borgonha|Henrique]], filho de sua primeira esposa Hélia de Semur. Após o encontro, Henrique havia se casado com uma parente do conde<ref>M. Chaume nomeia esta parente: «Clemence de Barcelona, presumida neta de Raimundo Borel I».</ref>, cujo apelido passou para os seus descendentes<ref>''Os duques de Borgonha e a formação do ducado do século XI ao século XIV'', p. 13, r. 1, e M. Chaume, ''Os primeiros cruzados borgonhões no outro lado dos Pirinéus'' , Anais da Borgonha, XVIII, 1946, p. 161-165, e ''Ao lado dos cruzados borgonhões da Espanha'', Anais da Borgonha, IX, 1937, p. 68-73.</ref>.
==
A escassez de informações sobre Roberto I é imensa, lamenta J. Richard. No entanto, os fatos que os historiadores conhecem dele nos últimos anos de sua vida são apenas de violência e banditismo a que ele se entregou. Estes abusos podem refletir a sua crescente falta de dinheiro, talvez mais do que um carácter prevalente<ref>J. Richard em ''Os duques de Borgonha e a formação do ducado do [[século XI]] ao [[século XIV]]'', p. 12.</ref>. Historiadores como J. Garnier e A. Kleinclausz deram-lhe mesmo o apelido de "Roberto sem-terra”. Os abusos do duque cometidos contra igrejas e mosteiros foram numerosos. Ele tinha recolhido as colheitas, apreendeu os dízimos, havia tomado as adegas. Em Auxerrois, em Langrois, em [[Dijon]] e [[Auxois]], em todos os lugares aumentaram as queixas dos religiosos. Tais crimes não podiam ficar impunes. Eles conseguiram que Roberto fosse excomungado. Os religiosos o convocaram para o concílio realizado em Autun (ano de [[1060]]), onde ele se redimiu honradamente. É provável que tenha sido no concílio de Autun onde decidiu que sua viagem a [[Roma]], devia de ocorrer entre os anos de [[1060]] e [[1064]] e deveria pedir o perdão por seus crimes.
==Morte e Sepultamento==
Robert faleceu em [[Fleury-sur-Orne]], [[Calvados]], [[Baixa Normandia]], [[França]]. Foi sepultado na abadia fundada for S. Sequário na comuna de [[Saint-Seine-l'Abbaye]], [[Borgonha]], [[França]] no [[século VI]], atualmente em ruínas.
==Descendência==
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