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O '''surrealismo''' foi um movimento [[arte|artístico]] e [[literatura|literário]] nascido em [[Paris]] na década de 1920, inserido no contexto das [[vanguarda]]s que viriam a definir o [[modernismo]] no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais. Reúne artistas anteriormente ligados ao [[dadaísmo]] ganhando dimensão mundial. Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas do psicólogo [[Sigmund Freud]] (1856-1939), o surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Um dos seus objetivos foi produzir uma arte que, segundo o movimento, estava sendo destruída pelo racionalismo. O poeta e crítico [[André Breton]] ([[1896]]-[[1966]]) era o principal líder e mentor deste movimento.
 
A palavra surrealismo supõe-se ter sido criada em [[1917]] pelo poeta [[Guillaume Apollinaire]] ([[1886]]-[[1918]]), jovem artista ligado ao [[cubismo]], e autor da peça teatral ''As Mamas de Tirésias'' (1917), considerada uma precursora do movimento.
 
Um dos principais manifestos do movimento é o [[Manifesto Surrealista]] de ([[1924]]). Além de Breton, seus representantes mais conhecidos são [[Antonin Artaud]] no teatro, [[Luis Buñuel]] no [[cinema]] e [[Max Ernst]], [[René Magritte]] e [[Salvador Dalí]] no campo das [[artes plásticas]].
 
== Visão surrealista ==
As características deste estilo: uma combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. Entre muitas das suas metodologias estão a ''colagem'' e a ''escrita automática''. Segundo os surrealistas, a arte deve libertar-se das exigências da [[lógica]] e da [[razão]] e ir além da [[consciência]] cotidiana, procurando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos.
 
No manifesto e nos textos escritos posteriores, os surrealistas rejeitam a chamada ditadura da razão e valores burgueses como [[pátria]], [[família]], [[religião]], [[trabalho]] e [[honra]]. Humor,sonho e a contra lógica são recursos a serem utilizados para libertar o homem da existência utilitária. Segundo esta nova ordem, as ideias de bom gosto e decoro devem ser subvertidas.
 
Mais do que um movimento estético, o surrealismo é uma maneira de enxergar o mundo, uma vanguarda artística que transcende a arte. Busca restaurar os poderes da imaginação, castrados pelos limites do utilitarismo da sociedade burguesa, e superar a contradição entre objetividade e subjetividade, tentando consagrar uma poética da alucinação, de ampliação da consciência. Breton declara no Primeiro Manifesto sua crença na possibilidade de reduzir dois estados aparentemente tão contraditórios, [[sonho]] e [[realidade]], “a uma espécie de realidade absoluta, de sobre-realidade [surrealité]”.
 
A [[escrita automática]] procura buscar o impulso criativo artístico através do acaso e do fluxo de consciência despejado sobre a obra. Procura-se escrever no momento, sem planejamento, de preferência como uma atividade coletiva que vai se completando. Uma pessoa escreve algo num papel e outro completa, mas não de maneira lógica, passando a outro que dá sequência. O filme ''Um Cão Andaluz'', de Luis Buñuel, por exemplo, é formado por partes de um sonho de Salvador Dalí e outra parte do próprio diretor, sem necessariamente objetivar-se uma lógica consciente e de entendimento, mas um discurso inconsciente que procura dialogar com outras leituras da realidade.
 
Esse e outros métodos, no entanto, não eram exercícios gratuitos de caráter estético, mas, como disse [[Octavio Paz]], seu propósito era subversivo: abolir esta realidade que uma sociedade vacilante nos impôs como a única verdadeira. Para além de criar uma arte nova, criar um homem novo.
 
== Imagens poéticas e significado ==