Prometeu: diferenças entre revisões

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Bruno Loebens Dos Santos um PROMETEU ({{lang-el|Προμηθεύς|Promēthéus}}, "antevisão"), na [[mitologia grega]],{{Nota de rodapé|No [[grego antigo]] ''Prometheus'' vem de ''pro'' ("antes") e ''manthano'' ("aprender"); "antevisão" assim seria uma [[etimologia popular]], que constrastaria com o nome de seu irmão, [[Epimeteu]]; foi descrito de maneira sucinta no comentário de [[Mário Sérvio Honorato|Sérvio]] sobre [[Virgílio]], ''[[Écloga]]'' 5.42: "''Prometheus vir prudentissimus fuit, unde etiam Prometheus dictus est ἀπὸ τής πρόμηθείας, id est a providentia.''" Linguistas modernos, no entanto, apontaram que o nome poderia vir de uma [[Raiz (linguística)|raiz]] [[proto-indo-europeia]] que também produziu o ''pramath'' [[Sânscrito védico|védico]], "roubar", de onde viria ''pramathyu-s'', "ladrão", com Prometeu como o ladrão do fogo. O mito [[Vedas|védico]] do roubo do fogo por [[Mātariśvan]] é análogo ao relato presente na [[mitologia grega]]. A estes [[cognato]]s etimológicos pode-se acrescentar ''pramantha'', ferramenta usada para se fazer fogo. <ref>Fortson 2004, 27</ref>; <ref>Williamson 2004, 214–15</ref>; <ref>Dougherty 2006, 4</ref>}} é um [[titã]] (da segunda geração), filho de [[Jápeto]] (filho de [[Urano (mitologia)|Urano]]; um incesto entre [[Urano (mitologia)|Urano]] e [[Gaia (mitologia)|Gaia]]<ref name="apolodoro.1.1.3">[[Pseudo-Apolodoro]], ''[[Biblioteca (Pseudo-Apolodoro)|Biblioteca]]'', 1.1.3</ref>) e irmão de [[Atlas (mitologia)|Atlas]], [[Epimeteu]] e [[Menoécio]].<ref name="apolodoro.1.2.3" /><ref>Momigliano, ''Os limites da Helenização.''Rio de Janeiro. Sazar. 1991</ref> Algumas fontes citam sua mãe como sendo [[Tétis (titânide)|Tétis]], enquanto outras, como [[Pseudo-Apolodoro]], apontam para [[Ásia (mitologia grega)|Ásia]]<ref name="apolodoro.1.2.3">[[Pseudo-Apolodoro]], ''[[Biblioteca (Pseudo-Apolodoro)|Biblioteca]]'', 1.2.3</ref>, também chamada de [[Clímene]], filha de [[Oceano (mitologia)|Oceano]]. Foi um defensor da humanidade, conhecidovarias porpessoas suacombinaram astuta inteligência, responsável por roubar o fogo de [[Héstia]] e o dar aos [[Ser humano|mortais]].{{Nota de rodapé|Existem versões do mito nas quais o homem já teria anteriormente o fogo, retirado então por [[Zeus]]. <ref>[[Martin Litchfield West|M.L. West]] - Comentários sobre Hesíodo</ref><ref>W.J. Verdenius - comentários sobre Hesíodo</ref><ref>''Hesiod'', de R. Lamberton, pp.95–100</ref>}} Zeus (que temia que os mortais ficassem tão poderosos quanto os próprios deuses) teria então punido-o por este crime, deixando-o amarrado a uma rocha por toda a eternidade enquanto uma grande águia comia todo dia seu fígado - que crescia novamente no dia seguinte. O mito foi abordado por diversas fontes antigas (entre elas dois dos principais autores [[Grécia Antiga|gregos]], [[Hesíodo]] e [[Ésquilo]].<ref>{{Harvnb|Sephton|1895|p=434}} ([http://redalyc.uaemex.mx/pdf/307/30701203.pdf]).</ref>), nas quais Prometeu é creditado - ou culpado - por ter desempenhado um papel crucial na história da humanidade.tambem
 
== História ==
{{Mitologia grega titas}}
Foram longos dias de historias na vida
Segundo [[Hesíodo]]<ref>Hesíodo, ''Os Trabalhos e os Dias.'' São Paulo. Iluminuras. 1990</ref> foi dada a Prometeu e a seu irmão [[Epimeteu]] a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la. Na obra, Epimeteu atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do homem, formou-o do barro. Mas como Epimeteu gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão Prometeu. Este então roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, [[Zeus]] ordenou a [[Hefesto]] que o acorrentasse no cume do monte [[Cordilheira do Cáucaso|Cáucaso]], onde todos os dias uma águia (ou corvo) dilacerava seu fígado que, todos os dias, regenerava-se. Esse castigo devia durar {{Fmtn|30000}} anos.
 
Prometeu foi libertado do seu sofrimento por [[Hércules]] que, havendo concluído [[Os doze trabalhos de Hércules|os seus doze trabalhos]] dedicou-se a aventuras.<ref name="apolodoro.1.7.1">[[Pseudo-Apolodoro]], ''[[Biblioteca (Pseudo-Apolodoro)|Biblioteca]]'', 1.7.1</ref> No lugar de Prometeu, o [[centauro]] [[Quíron]] deixou-se acorrentar no Cáucaso, pois a substituição de Prometeu era uma exigência para assegurar a sua libertação.<ref>Ésquilo. ''Prometeu Acorrentado''. In '' Teatro grego''. São Paulo. Companhia das Letras. 1987</ref>