Casa de Habsburgo: diferenças entre revisões

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A '''Casa de Habsburgo''' (em [[Língua Alemã|alemão]]: ''Haus von Habsburg'') também conhecida por '''Casa da Áustria''' ou '''Casa d'Áustria''', é uma família [[nobre]] [[Europa|europeia]] que foi uma das mais importantes e influentes da [[história da Europa]] do {{séc|XIII}} ao {{séc|XX}}. A ela pertenceu [[Maria Leopoldina de Áustria|Maria Leopoldina de Áustria,]], esposa do Imperador [[Pedro I do Brasil|Dom Pedro I]] (Pedro IV em Portugal) do Brasil e mãe do último Imperador brasileiro [[Pedro II do Brasil|Dom Pedro II]].
 
Foi a [[dinastia]] soberana de vários [[Estado]]s e territórios. Entre os seus principais domínios estavam o [[Sacro Império Romano Germânico]] ([[962]]-[[1806]]), onde imperou de [[1273]] até seu desmembramento em [[1806]], como consequência das [[Guerras Napoleônicas]] ([[1799]]-[[1815]]); e o [[Império Austro-Húngaro]], que governou desde a sua fundação em [[1867]] até sua dissolução em [[1918]], pelo [[Tratado de Saint-Germain-en-Laye]], como consequência da [[Primeira Guerra Mundial]] (1914-1918).
 
Por ter sido elevada a [[Família real|realeza]] em [[1273]], é denominada a "família imperial" do [[Sacro Império Romano Germânico]] (962-1806); e por ter sido a soberana da [[Áustria]] desde [[1278]] até [[1918]], tendo inclusive sido a única governante do [[Império Áustro-Húngaro]] (1867-1918), é denominada como a "família imperial austríaca".
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|autor = Kanton Aargau
|acessodata = 9 de janeiro de 2010
|publicado = http://www.ag.ch
|língua = alemão
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[[Ficheiro:Habsburg Map 1547.jpg|thumb|right|400px|Mapa do domínio Habsburgo a seguir à [[Batalha de Mühlberg]] (1547) <ref>''The Cambridge Modern History Atlas'' (1912)</ref>. As terras dos Habsburgos se destacam, sombreadas a verde. Sem sombreado estão as terras do [[Sacro-Império Romano-Germânico]], presidido pelos Habsburgos, sem incluir as possessões espanholas na [[América]].]]
 
Os Habsburgos governaram a [[Reino da Hungria|Hungria]] e a [[Boêmia]] de [[1526]] a [[1918]]. [[Reino de Nápoles|Nápoles]], [[Reino da Sicília|Sicília]] e [[Reino da Sardenha|Sardenha]], o auge do poder sucedeu em [[1519]] com [[Carlos V de Habsburgo|Carlos I]], rei da [[Espanha]] e imperador (como [[Carlos I de Espanha|Carlos V]]). Reunia nele as heranças das casas de [[Áustria]], [[Borgonha]], [[Aragão]], [[Reino de Castela|Castela]] e as imensas terras espanholas no Novo Mundo. Foi o rei mais poderoso do seu tempo e desde [[1552]] confiou ao irmão mais novo, Fernando I, suas possessões austríacas, enquanto reservava para o ramo espanhol da família os [[Países Baixos]] e a [[Borgonha]]. Depois da renúncia de Carlos, seu irmão Fernando ([[1503]]-[[1564]]) recebeu a coroa imperial e as posses no [[Danúbio]] que incluíam Áustria, [[Boêmia]] e [[Hungria]], e ao filho [[Filipe II de Espanha|Filipe II]] ([[1527]]-[[1598]]) coube Espanha e Borgonha.
 
A [[Fernando I de Habsburgo|Fernando I]] deve-se a organização progressiva do futuro [[Império Austro-Húngaro]]. Perdurou o costume de divisões por sucessão, e em 1564 o novo imperador [[Maximiliano II, Sacro Imperador Romano-Germânico|Maximiliano II]] concedeu a [[Estíria]] a seu irmão Carlos, o [[Tirol]] e possessões no [[rio Reno|Reno]] ao outro irmão Fernando.
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== Guerras de Sucessão ==
A longa luta enfraqueceu a família, apesar do apoio de [[Portugal]] à pretensão frustrada dos Habsburgo à coroa espanhola durante a [[Guerra da Sucessão Espanhola]].<ref>{{Citar dhp|Cronologia Geral da História de Portugal|IV|718||1706-O Marquês das Minas entra em Madrid, onde faz aclamar o arquiduque Carlos de Áustria, com o título de Carlos III}}</ref> Em [[1700]], a linha espanhola extinguiu-se e a herança espanhola passou aos [[Bourbon]]s. A Guerra da Sucessão Espanhola ([[1701]]-[[1714]]) não permitiu aos Habsburgos austríacos recuperar a herança espanhola, mas confirmou seu papel de potência europeia, dando-lhes os Países Baixos do Sul, hoje [[Bélgica]], e terras na [[Península Itálica]], a saber o [[Reino de Nápoles]], o [[Reino da Sardenha]], e o [[Ducado de Milão]].
 
Já a Guerra da Sucessão Austríaca ameaçou a monarquia. A Sanção Pragmática de [[1713]], dada por [[Carlos VI, Sacro Imperador Romano-Germânico|Carlos VI]], estabelecia a indivisibilidade do patrimônio dos Habsburgos e regulamentava a sucessão ao trono por ordem de primogenitura. Em [[1740]], o imperador Carlos VI morreu sem filho varão, e os direitos de sua filha, a arquiduquesa Maria Teresa, foram contestados pelas potências, especialmente o [[Reino da Prússia]], que desconsiderou a Sanção: teve início a Guerra da Sucessão ([[1740]]-[[1748]]). Por um curto intervalo, a dinastia dos Habsburgo perdeu a coroa imperial e, sobretudo, a província da [[Silésia]], no norte da [[Boêmia]], em benefício do rei da Prússia, [[Frederico II, Sacro Imperador Romano-Germânico|Frederico II]].
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== O reinado de Maria Teresa ==
[[Ficheiro:HabsburgoLorena.png|thumb|direita|upright=2.2|Genealogia da dinastia de Habsburgo-Lorena.]]
A dinastia floresceu novamente sob o comando de [[Maria Teresa da Áustria|Maria Teresa]] ([[1717]]-[[1780]]) e seu filho [[José II, Sacro Imperador Romano-Germânico|José II]] ([[1741]]-[[1790]]). O século de Carlos VI, de Maria Teresa e de José II foi a época de apogeu da [[monarquia]] austríaca. Seus reinados corresponderam ao florescimento da cultura da Europa central, à qual se mesclavam contribuições [[italianos|italianas]], [[eslavos|eslavas]] e [[magiares]]. A unidade do império se via assegurada pela [[língua alemã]] e pela centralização do poder.
 
O casamento da [[arquiduquesa]] Maria Teresa com Francisco de Lorena originou a nova dinastia Habsburgo-Lorena. Maria Teresa fez eleger seu marido [[Lista de imperadores do Sacro Império Romano-Germânico|imperador]] do [[Sacro Império Romano-Germânico|Sacro Império]] em [[1745]], como [[Francisco I, Sacro Imperador Romano-Germânico|Francisco I]]. Seu reinado foi dos mais brilhantes. Reforçou a administração central, confiando a gestão das finanças a um diretório central. Criou um Conselho de Estado, departamentos ministeriais e uma chancelaria unificada para a Áustria e a [[Reino da Boémia|Boêmia]] (reforma do príncipe de Kaunitz-Rietberg em [[1761]]-[[1762]], partidário de política centralizadora de Maria Teresa). O número de funcionários quadruplica, aumenta para 20 mil pessoas. A instrução recebe atenção majoritária. Mas se mantivera os quadros sociais anteriores, conservaram-se as dietas, e as reformas não foram aplicadas na [[Reino da Hungria|Hungria]] que guardou seus privilégios.
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== Sob Francisco II ==
O reinado de [[Francisco I da Áustria|Francisco II]] foi marcado pela luta contra a [[França]] revolucionária, napoleônica. A guerra declarada pela França em [[1792]] continua até [[1815]]. Em [[1797]], o [[tratado de Campoformio]] foi assinado entre a França e a [[Monarquia de Habsburgo|Áustria]], que perdeu os Países Baixos do Sul (actual [[Bélgica]]), a [[Lombardia]] e suas últimas posses no [[Rio Reno|Reno]]. Depois da derrota em [[Austerlitz]] ([[1805]]), o [[Paz de Pressburg#Quarta Paz|tratado de Presburgo]] obrigou a Áustria a ceder à França o [[Vêneto]], a [[Ístria]] e a [[Dalmácia]]. O imperador se viu obrigado a tratar com [[Napoleão Bonaparte]] e a aceitar seu casamento com sua filha [[Maria Luísa da Áustria|Maria Luísa]]. A criação da [[Confederação do Reno]], por iniciativa da França, obrigou Francisco II a renunciar ao título de imperador do [[Sacro Império]] em [[1806]]. Mas Francisco II permaneceu imperador, pois havia tomado o título de Imperador da Áustria em [[1804]].
 
Em [[1814]]-[[1815]], a o [[Império Austríaco]] estava entre os vitoriosos. O congresso de paz se reuniu em [[Viena]], regido pelo príncipe [[Metternich]], que dirigia sua diplomacia desde [[1809]]. Matternich tentou efetivar um equilíbrio europeu durável e evitar o retorno das ideias revolucionárias: a [[Santa Aliança]] de [[1815]] entre a Áustria, a [[Império Russo|Rússia]] e a [[Reino da Prússia|Prússia]] estava disso encarregada. O [[tratado de Viena]] restabeleceu o poder da Áustria na [[Alemanha]] e na [[península Itálica]], onde criou-se o [[Reino Lombardo-Vêneto]], confiado aos Habsburgos. O Sacro Império não foi restabelecido, mas criou-se uma [[Confederação Germânica]] que reunia os Estados alemães sob presidência austríaca.
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{{Casas reais da Europa}}
{{Portal3|Áustria|Alemanha}}
 
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[[Categoria:Dinastias católicas romanas]]