Literatura do Peru: diferenças entre revisões

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====Cronistas mestiços====
Junto aos índios escritores, e em um menor número, existe um grupo de escritores mestiços. O principal representante deste grupo é o inca [[Inca Garcilaso de la Vega|Garcilaso de la Vega]]. Na crônica de Garcilaso pode-se ver o símbolo do Peru mestiço (a junção do espanhol e o índio), ''criolo'', em busca de um renascimento social. Sua obra mais popular são os "Comentários reais dos incas" (dividida em duas partes. A primeira conhecida conhecida assim mesmo, publicada em 1609 e a segunda chamada de "A história geral do Peru" publicada um ano depois de sua morte, em 1617), crônica esta que oferece, do mesmo modo que Guamán Poma uma avaliação sobre a história do passado andino, antes Garcilaso se foca claramente em uma exaltação e visão utópica do período do governo dos incas (que cuja nobreza se inclui). Garcilaso é também o primeiro cronista que resgata a poesia quéchua (Língua derivada e modificada (mudança de língua) utilizada pelo povo inca, pré-colombiano.
 
Outro aspecto destacável de sua crônica é a íntima conexão entre ele como cronista e os eventos que sucedem, Garcilaso se apresenta como o último conhecedor de um paraíso já existente de um império glorioso que tenta retratar. Outra crônica escrita por este autor é a Flórida do inca (''Florida del Inca'') publicada em Lisboa em 1605 e construída a partir de dados recolhidos pelo autor do expedicionário Gonzalo Silvestre, membro do grupo dirigido por [[Hernando de Soto]] a sua travessia pela [[Flórida]].