Crítica social: diferenças entre revisões

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[[File:Begger girl.jpg|thumb|Menina pedindo dinheiro em [[Bombaim]], na [[Índia]]: a [[pobreza]] é um elemento que costuma fomentar a crítica social]]
A '''crítica social''' analisa [[estrutura social|estruturas sociais]] (problemáticas, sob seu [[ponto de vista]]) e visa a soluções práticas através de medidas específicas, [[reforma]] radical ou mesmo mudança [[revolução|revolucionária]].
 
== Conceito ==
O ponto de partida da crítica social pode ser extremamente variado e as diferentes formas de [[socialismo]] ([[marxismo]], [[anarquismo]] etc.) nunca tiveram o [[monopólio]] da crítica social. O ponto de partida pode ser a experiência de uma [[minoria]] numa sociedade (por exemplo, [[homossexual|homossexuais]]) ou mesmo a [[experiência]] de um grupo de pessoas ''dentro'' de um [[movimento social]] progressista que não cumpre, à risca, todos os aspectos de sua agenda progressista. Mulheres da [[Nova Esquerda]] freqüentemente sentem-se insatisfeitas com as atitudes [[sexismo|sexistas]] de suas contrapartes masculinas e muitas estão engajadas na [[segunda onda feminista]]; adeptas da [[teologia da libertação]] militam agora na [[teologia feminista]].<ref>ROSADO-NUNES, Maria José. ''Teologia feminista e a crítica da razão religiosa patriarcal: entrevista com [[Ivone Gebara]]'' in "Revista Estudos Feministas", Florianópolis, v. 14, n. 1, 2006. Disponível em: [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2006000100016&lng=en&nrm=iso Scielo]. Acessado em [[10 de abril]] de [[2008]]. DOI: 10.1590/S0104-026X2006000100016</ref> Dentro do (ou após o) [[pós-modernismo]], não parece ser possível uma grande teoria unificadora. Isto não exclui a possibilidade nem a necessidade de [[diálogo]]. No entanto, a maioria das críticas sociais ainda consideram a [[capitalismo|crítica ao capitalismo]] como central.
 
ou mesmo a [[experiência]] de um grupo de pessoas ''dentro'' de um [[movimento social]] progressista que não cumpre à risca todos os aspectos de sua agenda progressista. Mulheres da [[Nova Esquerda]] freqüentemente sentem-se insatisfeitas com as atitudes [[sexismo|sexistas]] de suas contrapartes masculinas e muitas estão engajadas na [[segunda onda feminista]]; adeptas da [[teologia da libertação]] militam agora na [[teologia feminista]].<ref>ROSADO-NUNES, Maria José. ''Teologia feminista e a crítica da razão religiosa patriarcal: entrevista com [[Ivone Gebara]]'' in "Revista Estudos Feministas", Florianópolis, v. 14, n. 1, 2006. Disponível em: [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2006000100016&lng=en&nrm=iso Scielo]. Acessado em [[10 de abril]] de [[2008]]. DOI: 10.1590/S0104-026X2006000100016</ref> Dentro do (ou após o) [[pós-modernismo]], não parece ser possível uma grande teoria unificadora. Isto não exclui a possibilidade nem a necessidade de [[diálogo]]. No entanto, a maioria das críticas sociais ainda consideram a [[capitalismo|crítica ao capitalismo]] como central.
 
Segundo [[Olavo de Carvalho]], as críticas sociais "podem ser [[Hierarquia|hierarquizadas]] numa escala de validade estritamente [[Objetividade (filosofia)|objetiva]], conforme (a) a legitimidade intrínseca da autoridade convocada a legitimá-las; (b) a maior ou menor consistência lógica do nexo entre a autoridade legitimadora e o conteúdo da crítica".<ref name="Olavo">[[Olavo de Carvalho|CARVALHO, Olavo de]]. ''[http://www.olavodecarvalho.org/semana/cshistoria.htm Crítica social e História]'' em "Jornal da Tarde", [[11 de outubro]] de [[2001]]. Acessado em [[10 de abril]] de [[2008]].</ref> No primeiro caso, a autoridade do crítico pode estar embasada em falsas premissas[[premissa]]s (como um modelo de sociedade ideal inventado por ele mesmo, por exemplo). No segundo caso, a [[dedução]] extraída, mesmo que de fonte legítima, pode não ser válida logicamente.
 
== Formas acadêmicas de crítica social ==
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A crítica social pode também ser expressa sob forma ficcional, por exemplo, num romance revolucionário como ''[[The Iron Heel]]'' de [[Jack London]] ou em obras [[distopia|distópicas]] tais como ''[[Admirável Mundo Novo|Brave New World]]'' de [[Aldous Huxley]] ([[1932]]), ''[[Nineteen Eighty-Four]]'' de [[George Orwell]] ([[1949]]), ''[[Fahrenheit 451]]'' de [[Ray Bradbury]] ([[1953]]), [[literatura infantil|livros infantis]] (como os do ''[[Sítio do Picapau Amarelo]]'' de [[Monteiro Lobato]]) ou filmes e [[série de TV|séries de TV]].
 
A literatura ficcional pode ter significativo impacto social. Conforme diz Netzley (1999: xiii), "por exemplo, o romance ''Uncle Tom's Cabin'' ([[1852]]) de [[Harriet Beecher Stowe]] promoveu o [[abolicionismo|movimento abolicionista]] nos [[Estados Unidos|EUA]] e o romance ''Ramona'' ([[1885]]) de [[Helen Hunt Jackson]], levou a mudanças nas leis a respeito dos [[Nativos americanos nos Estados Unidos|nativos estadunidenses]]. De modo similar, o romance ''The Jungle'' (1906) de [[Upton Sinclair]] ajudou a criar novas leis relativas à [[saúde pública]] e ao manejo de alimentos, e ''A Child of the Jago'' (1896) de [[Arthur Morrison]] fez com que a [[Inglaterra]] mudasse suas leis de moradia".
 
Expressões musicais de crítica social são freqüentesfrequentes desde a [[década de 1960]] (a chamada "música de protesto" no [[Brasil]]). Na [[década de 1980]], o [[punk rock|punk]] tornou-se um dos principais canais deste tipo de manifestação em nível internacional e, a partir da [[década de 1990]], o [[rap]] e o ''[[hip-hop]]'' ocuparam o nicho da contestação através da música.<ref>GABLIMA, Paula. [http://www.consciencia.net/2003/09/20/gablima1.html ''Direto do Laboratório, os novos rumos da atual música de protesto brasileira''] em [http://www.consciencia.net/ consciencia.net]. Acessado em [[10 de abril]] de [[2008]].</ref>
 
== Obras clássicas ==
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* [[Ableísmo]]
* [[Anarquismo]], [[surrealismo]], [[Internacional Situacionista]]
* [[antissemitismo|antisemitismo]]
* [[Biopolítica]]
* [[Contracultura]]
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* [[Luta de classes]], [[comunismo de conselhos]], [[movimento trabalhista]], [[exploração (socioeconomia)|exploração]]
* [[Panfleto]], [[sátira]]
* [[Pedagogia crítica]], [[Sociologiasociologia da educação]]
* [[Pós-estruturalismo]], [[teoria crítica]]
* [[Racismo]], [[anti-racismoantirracismo]]
* [[Sexismo]]
 
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* LOPES, António. [http://www.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/C/critica_marxista.htm Crítica marxista] in [http://www.fcsh.unl.pt/ Faculdade de Ciências Sociais e Humanas]. Acessado em [[10 de abril]] de [[2008]].
* SCHOLZ, Roswitha. [http://obeco.planetaclix.pt/roswitha-scholz3.htm ''A nova crítica social e o problema das diferenças''] in [http://obeco.planetaclix.pt/ Exit!]. Acessado em [[10 de abril]] de [[2008]].
* TAVARES, Júlio César de. [http://www.espacoacademico.com.br/036/36etavares.htm ''Atitude, Crítica Social e Cultura Hip-Hop: A Face Afrodescendente dos Intelectuais PúblicoPúblicos BrasileiroBrasileiros''] in "Revista Espaço Acadêmico", n. 36, maio de 2004. Acessado em [[10 de abril]] de [[2008]].
 
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[[Categoria:Discriminação]]
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