Regeneração (Portugal): diferenças entre revisões

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[[Imagem:Inauguração do caminho de ferro.jpg|thumb|left|280px|Inauguração, a 28 de Outubro de 1856, da primeira linha de caminho-de-ferro em Portugal, num [[aguarela]] de [[Alfredo Roque Gameiro]].]]
 
A ideia de ''regeneração'', expressa pelas palavras ''regeneração'' e ''regenerador'', fizeram parte da matriz inicial do pensamento [[vintista]] português e andaram sempre no pensamento e no discurso dos liberais portugueses desde os anos de [[1817]]/[[1820]]. Atente-se que [[Gomes Freire de Andrade]] foi venerável de uma loja [[Maçonaria|maçónica]] designada ''Regeneração'' e que o organismo secreto que encabeçava a conspiração de [[1817]] se designava o ''Conselho Supremo Regenerador de Portugal, Brasil e AlgarveAlgarves''.

Também não foi por acaso que um dos patriarcas do vintismo, [[Manuel Borges Carneiro]], escolheu o título de ''Portugal Regenerado'' para o seu principal manifesto político. Implantado o regime liberal, o objectivo quase mítico de se obter, finalmente, uma recuperação do prestígio e pujança perdidos por Portugal continuaria a dominar o pensamento e o discurso. Foi neste contexto que [[Manuel Fernandes Tomás]] celebrizou, em intervenção parlamentar, o conceito, sempre adiado da ''nossa feliz Regeneração''.
 
Outra fonte inspiradora do movimento político da ''Regeneração'', que preparou ideologicamente, foi [[Alexandre Herculano]] e o grupo de intelectuais, na maioria formados na [[Universidade de Coimbra]], que inicialmente formaram o escol ideológico do liberalismo. Progressivamente alienados de uma governação que percebiam ser ineficaz e corrupta, sentindo-se traídos na pureza dos seus ideais, este grupo passou a aspirar por uma mudança profunda que libertasse Portugal do abatimento moral e do subdesenvolvimento em que se encontrava. Pouco a pouco, também eles passaram a aspirar por um movimento ''regenerador''.