Museu da Imagem e do Som (São Paulo): diferenças entre revisões

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|website = [http://www.mis-sp.org.br/ www.mis-sp.org.br/]
}}
'''Museu da Imagem e do Som de São Paulo''' (MIS) é um [[museu]] público estadual, vinculado à Secretaria da Cultura, inaugurado em [[1970]]<ref name="CPC-USP">Comissão de Patrimônio Cultural da USP, 2000, pp. 437-438.</ref>. É fruto de um projeto iniciado alguns anos antes por intelectuais e produtores culturais, como [[Ricardo Cravo Albin]], [[Paulo Emílio Salles Gomes]], [[Rudá de Andrade]], [[Francisco Luiz de Almeida Salles]] e [[Luiz Ernesto Kawall|Luiz Ernesto Machado Kawall]].<ref name="BRAVO">Bravo! Guia de Cultura, 2005, pp. 158.</ref><ref>[http://www.encontrajardins.com.br/jardins/museu-da-imagem-e-do-som-no-jardins.shtml Museu de Imagem e do Som de São Paulo (MIS) no bairro Jardins - São Paulo.]</ref>
 
Localizado no [[Jardim Europa (bairro de São Paulo)|Jardim Europa]], distrito de [[Pinheiros (distrito de São Paulo)|Pinheiros]], tem como filosofia de ação registrar e preservar a [[imagem]] e o [[som]] do passado e do presente, para um levantamento de um painel da vida brasileira nos seus aspectos [[humano]]s, [[Social|sociais]] e [[culturais]].<ref name="CPC-USP"/> Nas décadas de 70 e 80, destacou-se como importante núcleo de difusão artística e educativa, convertendo-se em um centro de referência para a pesquisa audiovisual brasileira.<ref name="MIS Institucional 1">{{citar web | autor=| titulo=Institucional| publicado = Museu da Imagem e do Som| url=http://www.mis.sp.gov.br/www/htm/finstitucional.html| formato= | acessodata=[[1 de novembro]] de [[2009]]}}</ref>
 
Seu acervo conta com mais de 200 mil itens <ref>[http://www.mis-sp.org.br/acervo] MIS - Acervo</ref> e, atualmente, possui uma programação cultural diversificada, voltada a diversos públicos. Tem ganhado destaque na crítica e na mídia por suas exposições bem elaboradas e sobre grandes nomes da [[arte contemporânea]], do cinema, da música, além de dar espaço a novos artistas.
 
==Histórico==
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Em 1965, foi inaugurado no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] o [[Fundação Museu da Imagem e do Som|Museu da Imagem e do Som]], instituição cultural pioneira no Brasil, que se tornaria um importante centro de referência da vanguarda [[Comunicação audiovisual|audiovisual]] brasileira. Com um projeto até então inovador no campo museológico, o MIS-RJ é criado durante o governo de [[Carlos Lacerda]], na época das comemorações do IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro.<ref name="MIS RJ">{{citar web | autor=| titulo=Histórico| publicado = Fundação Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro| url=http://www.mis.rj.gov.br/museu_hist.asp| formato= | acessodata=[[26 de novembro]] de [[2013]]}}</ref>
 
Essa ideia seria, em seguida, encampada por diversos outros governos estaduais, que formaram comissões para instalar MIS regionais. O musicólogo [[Ricardo Cravo Albin]], fundador e diretor do MIS carioca até 1971, integrou as comissões organizadoras responsáveis por criar Museus da Imagem e do Som. Atualmente (2013) existem em torno de 23 pelo Brasil. No começo, como relata [[Rudá de Andrade]] em entrevista ao MIS-SP, o museu carioca dedicava-se sistematicamente em recolher depoimentos de grandes personalidades da época, o que gerava grande repercussão na imprensa nacional, por conta dos entrevistados.<ref name="Andrade 1995">Rudá de Andrade. Museu da Imagem e do Som. Produção MIS, 1995. DVD Data. Cor. 119min 1ª parte, 29min 2ª parte. Disponível para consulta na Midiateca do museu.</ref>
 
A ideia de criar um Museu da Imagem e do Som em São Paulo foi do então governador, [[Abreu Sodré|Roberto Costa de Abreu Sodré]], atraído pela publicidade que a produção de entrevistas com célebres nomes da cultura brasileira daria ao governo. O assessor de Sodré, [[Luiz Ernesto Kawall]], relacionado a Carlos Lacerda, foi um dos grandes responsáveis pela concretização da ideia.<ref name="Andrade 1995"/>
 
Em meados da década de 50 se forma o trio que, junto com Kawall, possibilitaria a criação do MIS em São Paulo. [[Paulo Emílio Salles Gomes]], [[Francisco Luiz de Almeida Salles Gomes]] e [[Rudá de Andrade]] estavam envolvidos em um projeto de consolidação da [[Cinemateca Brasileira|Cinemateca]], criada em 1954. Por conta disso, tinham interesse em filiá-la a alguma instituição sólida. A primeira tentativa foi fazê-lo com a [[Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo|Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo]], criada em 1967, mas o projeto acabou não dando certo.<ref name="Andrade 1995"/>
 
Com a criação de um Museu da Imagem e do Som na cidade de São Paulo, que chega ao trio por meio da Secretaria da Cultura, seria possível vincular a Cinemateca a algum órgão do Governo, já que o presidente do Conselho na época, [[Péricles Eugênio da Silva Ramos|Péricles Eugênio da Silva]], tinha a preocupação de criar uma instituição de respaldo.<ref name="Andrade 1995"/>
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===Fundação===
[[Imagem:MIS, SP, 6 (entrada).JPG|thumb|esquerda|Entrada da instituição]]
Os trabalhos visando a criação do Museu da Imagem e do Som de São Paulo foram iniciados em 1967 por uma comissão formada por [[Francisco Luiz de Almeida Salles Gomes]], [[Luiz Ernesto Kawall]],[[Paulo Emílio Salles Gomes]], Péricles Eugênio da Silva e o cineasta [[Rudá de Andrade]]. O Museu seria oficialmente inaugurado três anos mais tarde, em 29 de maio de 1970, pelo Decreto-lei nº 247<ref>BRASIL. Decreto-lei nº 247, de 29 de maio de 1970. Sobre a criação do Museu da imagem e do Som do Estado de São Paulo. [http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto.lei/1970/decreto.lei-247-29.05.1970.html]</ref> do Governador Roberto de Abreu Sodré. Enquanto o governador queria registros sonoros das personalidades brasileiras, os integrantes da comissão se preocupavam com o registro do intenso processo de mudança e modernização pelo qual São Paulo passava. O MIS surge para coletar, conservar e registrar a documentação produzida em suportes novos, como a [[televisão]], o [[Rádio (comunicação)|rádio]], a [[indústria fonográfica]] e a [[videoarte]], até então ignorados pelas demais tipologias museológicas e pelas vertentes arquivísticas tradicionais, bem como por preservar [[Imagem|imagens]] e [[Som|sons]] ligados às manifestações culturais das comunidades rurais e urbanas do estado e do país.<ref name="Som 1975">Museu da Imagem e do Som (São Paulo). Memória Paulistana: catálogo da exposição. São Paulo: Museu da Imagem e do Som,1975.</ref>
 
Nos cinco primeiros anos de atividade, o Museu funcionou em diversos locais. A primeira locação foi em um edifício precário na Rua Antônio Godoy, então sede do Conselho Estadual de Cultura. De lá, passou para o [[Palácio dos Campos Elísios]], antiga sede do governo estadual. Mudou-se em seguida para dois sobrados em na Alameda Nothmann e depois para um edifício na [[Avenida Paulista]]. Em 1973, foi novamente transferido para uma residência na Rua Oscar Pereira da Silva. Por fim, o MIS recebeu como sede um casarão desapropriado pelo governo, pertencente à [[família Giaffone]], localizado na [[Avenida Europa (São Paulo)|Avenida Europa]], nos [[Jardins]]. Os arquitetos Roberto Fasano e Dan Juan Antonio foram responsáveis pela extensa reforma que conferiu à edificação de cinco mil [[metro quadrado|metros quadrados]] novos atuais.<ref name="Revista Cultural 14">Revista Cultural, outubro de 2002, pp. 14.</ref>
 
A sede definitiva do MIS foi inaugurada em 27 de fevereiro de 1975, com a exposição ''Memória Paulistana'', organizada por Rudá de Andrade como um “resgate histórico-cultural da memória da cidade de São Paulo”, cujo catálogo trazia em seu texto inicial os objetivos e a filosofia do Museu – documentação e registro do passado e presente, abordagem das manifestações artísticas e mutações tecnológicas de maneira objetiva e abrangente. Além de “conferir-se o caráter de museu moderno (...) e de museu vivo”<ref name="Som 1975"/>, servindo também como um ambiente de estudo, pesquisa e experimentação.<ref name="Som 1975"/>
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O MIS esteve entre as primeiras instituições culturais do Brasil a organizar e sediar festivais de vídeo, mostras audiovisuais e de fotografia, como a Mostra do Audiovisual Paulista, o [[Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo|Festival Internacional de Curtas]] e as primeiras exibições dos vídeos experimentais do norte-americano [[Bill Viola]]. Foi também precursor na exibição de filmes fora do circuito comercial, transformando-se em uma referência cultural da cidade e em um ponto de encontro de produtores, estudantes e profissionais da área audiovisual e interessados em geral.<ref name="MIS Institucional 1"/>
 
Em 1983, o MIS sediou a primeira edição do Festival de Vídeo Brasil, mostra competitiva que premiou o diretor de teatro [[José Celso Martinez Correa]], por seu documentário abordando as relações ente o [[teatro]] e as [[artes plásticas]].<ref name="Videobrasil">{{citar web | autor=| titulo=1º Videobrasil| publicado = Associação Cultural Videobrasil| url=http://site.videobrasil.org.br/festival/arquivo/festival/21088| formato= | acessodata=27 de novembro de 2013}}</ref> O então diretor do museu, [[Ivan Negro Isola]], que permaneceria no cargo até 1987, buscou enfatizar as políticas estruturais e consolidar uma agenda fixa de eventos culturais e atividades didáticas. No começo da [[década de 1990]], o museu criou o setor de [[artes gráficas]], após a organizar a mostra ''Gráficos Brasileiros - Antes de Hards e Softs'', em julho de 1991, e buscou dar continuidade a uma agenda cultural fixa. Não obstante, a multiplicação de espaços culturais na cidade e o aumento da oferta de eventos ligados à produção audiovisual contribuiriam, nos anos seguintes, para uma queda significativa no número de visitantes, em comparação às décadas de 1970 e 1980.<ref name="Revista Cultural 15">Revista Cultural, outubro de 2002, pp. 15.</ref>
 
Em 2007, o [[Governo do Estado de São Paulo]] estabeleceu uma [[parceria público-privada]], transferindo a gestão do MIS para a Organização Social de Cultura Associação do Paço das Artes Francisco Matarazzo Sobrinho. [[Daniela Bousso]] substituiu Graça Seligman na direção. O museu foi fechado para a realização de uma reforma, e reinaugurado em agosto de 2008, com o espaço expositivo ampliado, um segundo [[auditório]] e dotado de novos equipamentos para agregar novas mídias tecnológicas e experimentações artísticas em suportes não convencionais. Nesse mesmo ano, inaugurou o "Laboratório de Novas Mídias do Museu da Imagem e do Som" (LABMIS), o primeiro [[laboratório]] de novas mídias instalado em um museu público brasileiro, que funciona como centro de pesquisa e produção para artistas residentes, e de difusão, por meio dos cursos e palestras oferecidos.<ref>LABMIS [http://www.mis-sp.org.br/labmis]. Museu da Imagem e do Som. Página visitada em 26 de novembro de 2013.</ref>
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Mensalmente, também, é realizada a festa "Green Sunset" no espaço externo do Museu com [[música eletrônica]] e outras atrações, sendo um dos programas mais badalados. Outro grande destaque da programação são as recentes exposições de grandes nomes, como ''[[Georges Méliès]], um mágico do cinema'' (2012) <ref>[http://www.mis-sp.org.br/icox/icox.php?mdl=mis&op=programacao_interna&id_event=1024] Georges Méliès, o mágico do cinema</ref>, inédita no Brasil, ''Ai Weiwei - Interlacing'' (2013)<ref>[http://www.mis-sp.org.br/icox/icox.php?mdl=mis&op=programacao_interna&id_event=1208] AI WEIWEI - INTERLACING</ref> e ''[[Stanley Kubrick]]'' (2013)<ref>[http://www.mis-sp.org.br/icox/icox.php?mdl=mis&op=programacao_interna&id_event=1393] Stanley Kubrick</ref>, ambas inéditas na América Latina.
 
Além disso, o MIS abre regularmente convocatórias para fomento da criação artística e sua difusão, como a "Residência LABMIS", projeto anual de residência nacional e internacional que fomenta a produção de arte e conhecimento em novas tecnologias<ref>[http://www.mis-sp.org.br/labmis] MIS - LAMBIS</ref>; o "Nova Fotografia", espaço permanente para exposição de fotografias que se distinguem pela qualidade e inovação; o "Cine MIS", lançamento de filmes inéditos na cidade de São Paulo; e o "Dança no MIS", que traz artistas que transitem por diferentes linguagens, unindo o audiovisual à performance para intervenções ''site-specific'' no espaço do Museu.
 
O "Núcleo Educativo" tem se consolidado, desenvolvendo ações para diversos públicos, escolares ou não, com atividades preparadas de acordo com as questões que cada exposição apresenta. Recentemente realizou parcerias com outras instituições (Centro de Cultura Judaica) e eventos ([[Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo|Festival Internacional de Curtas Metragens]]) que aconteceram no MIS. Para além da cidade de São Paulo, o programa "Pontos MIS" leva a diversos municípios do interior do Estado produções audiovisuais, realiza oficinas e encontros regionais, reforçando o compromisso de difusão cultural do museu.<ref>[http://www.pontosmis.org.br/ Pontos MIS]</ref>
 
Desde 2011 o MIS-SP vem vivendo um período de ascensão, tendo mais que dobrado suas visitas nos últimos anos, de 61 mil em 2011 para 250 mil em 2014 .<ref name="Vis" /> Somente a mostra sobre o cineasta [[Stanley Kubrick]] em 2013, teve 80 mil visitantes e em 2014 pretende manter o alto nível, trazendo ao Brasil a mostra juntamente com o músico britânico [[David Bowie]].<ref>{{citar web |url=http://www.mis-sp.org.br/icox/icox.php?mdl=mis&op=programacao_interna&id_event=1469 |título=Bota-fora Kubrick |acessodata=16 de Janeiro de 2014 |autorlink=www.mis-sp.org.br |publicado=Foto em cena |língua=português }}</ref>
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=== Fotografia ===
O núcleo de fotografias é composto por exemplares produzidos pelo próprio museu, adquiridos ou recebidos em doações. Possui [[autocromo]]s, ''[[Carte-de-visite|cartes-de-visite]]'', [[ferrótipo]]s, [[Calótipo|negativos]] e [[Fotografia estereoscópica|estereoscópios]], diversas coleções especializadas em [[cinema]], [[Rádio (comunicação)|rádio]] e [[televisão]] e uma coletânea de trabalhos de fotógrafos contemporâneos.<ref name="Revista Cultural 13">Revista Cultural, outubro de 2002, pp. 13.</ref> É particularmente relevante a coleção relacionada à [[iconografia]] paulistana, com obras de [[Militão Augusto de Azevedo]], [[Guilherme Gaensly]], [[Valério Vieira]], [[Alice Brill]], [[Hildegard Rosenthal]] e [[Hans Gunter Flieg]], entre outros.<ref name="Revista Cultural 14"/>
 
=== Vídeo ===
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=== Cinema ===
A coleção de cinema é reúne em torno de 13.000 títulos, entre [[Curta-metragem|curtas]], [[Média-metragem|médias]] e [[Longa-metragem|longas-metragens]], em [[Super-8|Super 8]], [[16 mm|16]] e [[35 mm]], dos mais variados gêneros e épocas. Foi formada a partir de exemplares coletados pela Comissão Nacional de Cinema do Conselho Estadual de Cultura, aos quais se somaram as próprias produções do museu, doações de particulares e de instituições culturais estrangeiras, títulos adquiridos por meio do Prêmio Estímulo de Curtas Metragens, curtas apresentados no [[Festival de Gramado]] e o acervo de [[Cinema dos Estados Unidos|produções norte-americanas]] da [[Castle Films]]. Destaca-se o núcleo relativo à produção cinematográfica paulista, com títulos como ''[[Pixote, a Lei do Mais Fraco]]'', de [[Héctor Babenco]], ''[[O Homem que Virou Suco]]'', de [[João Batista de Andrade]], ''[[Cidade Oculta]]'', de [[Chico Botelho]], bem como títulos da [[Companhia Cinematográfica Vera Cruz]].<ref name="BRAVO"/><ref name="Revista Cultural 14"/>
 
Conta ainda com nomes como [[Ozualdo Candeias]], [[Anselmo Duarte]], [[Paulo César Saraceni]], [[Roberto Santos]], [[Jean Manzon]], [[Carlos ReichembachReichenbach]], [[Guilherme de Almeida Prado]], [[Suzana Amaral]], [[José Mojica Marins]], [[André Klotzel]], [[Ugo Giorgetti]], [[Alain Fresnot]], [[Cláudio Tozzi]], [[Flávio del Carlo]], esses dois últimos em registro Super 8, integrantes da coleção Abrão Berman.<ref>Museu da Imagem e do Som (São Paulo). ''Ecos do Século: reflexões do Museu da Imagem e do Som – 30 anos de MIS''. Evento realizado em São Paulo no Museu da Imagem e do Som de São Paulo em 2000. São Paulo: Museu da Imagem e do Som, 2000.</ref>
 
=== História Oral ===
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* [[Rudá de Andrade]]: [[1970]] – [[1981]]
* [[Boris Kossoy]]: [[1981]] – [[1983]]
* [[Ivan Negro Isola]]: [[1983]] – [[1987]]
* [[Guilherme Lisboa]]: [[1987]] – [[1988]]
* [[André Boccato]]: [[1988]] – [[1989]]
* [[Ricardo Ohtake]]: [[1989]] – [[1991]]
* [[Newton Mesquita]]: [[1991]] – [[1993]]
* [[Amir Labaki]]: [[1993]] – [[1995]]
Linha 108:
* [[Marcos Santilli]]: [[1997]] – [[2003]]
* [[Amir Labaki]]: [[2003]] - [[2005]]
* [[Graça Seligman]]: [[2005]] - [[2007]]
* [[Daniela Bousso|Vitoria Daniela Bousso]]: [[2007]] - [[2011]]
* [[André Sturm]]: [[2011]] - atual