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==A transição da era industrial para a era da informação==
 
A Passagem de uma era importante para outra não acontece do dia para a noitenoit {{Citation needed}}e. A [[transição]] se dá a partir da sucessão de uma série de fatos que vão modificando a sociedade. Para mostrar essa mudança vamos analisar o crescimento e a queda dos [[operários]] - a classe trabalhista que mais caracterizou a [[Industrialização|Era Industrial]]. Entender esse processo de ascensão e queda dos operários é compreender a transição dessas duas eras, a Industrial para a da Informação.{{Citation needed}}
 
Voltemos um pouco no tempo para entender o movimento social mais transformador do [[século XX]]. Antes da [[Primeira Guerra Mundial]], os [[agricultor]]es eram o maior grupo isolado em todos os países, seguidos pelos empregados de [[serviços]] [[domésticos]].{{Citation needed}} Só para se ter uma ideia da quantidade do segundo colocado: nos censos praticados no ocidente no início do [[século XX]], uma pessoa que tivesse apenas três desses serviçais em casa era classificada como [[classe média baixa]].{{Citation needed}}
 
Como esses dois grupos não possuíam capacidade de se organizar, eles fizeram pouco alarde histórico e passaram quase despercebidos ao longo dos anos{{Citation needed}}. Os agricultores dessa época organizaram apenas duas revoltas realmente expressivas, a [[rebelião de Taiping]], em meados do século [[XIX]], e a [[Guerra dos Boxers]], no seu final. As duas aconteceram na [[China]]{{Citation needed}}. Porém pouco se fez no resto do mundo. Já os empregados domésticos nunca apareceram em uma passeata pública de sua classe{{Citation needed}}.
 
Esses dois grupos foram desprezados por [[Karl Marx]] ([[1818]]-[[1883]]) em seu estudo [[''O Capital'']]{{Citation needed}}. Contrariando o que este autor previu décadas antes, em [[1900]], eles não haviam se tornado maioria na sociedade. Portanto, não conseguiriam subjugar os capitalistas somente pelo número{{Citation needed}}. A força desse grupo cresceu na medida em que aumentava a sua organização. Eles foram a primeira classe na história que podia se organizar, e mais importante que isso, permanecer unida por bastante tempo{{Citation needed}}.
 
[[Georges Sorel]] ([[1847]]-[[1922]]), o escritor mais radical do período anterior à [[I Guerra]], ex-[[marxista]] e [[revolucionário]] [[sindicalista]], lhes atribui grande importância quando afirmou que os [[Proletariado|proletários]] iriam tomar o poder através de uma greve geral e com a violência. Esse autor foi usado pelos ditadores [[Stalin]], [[Hitler]], [[Mussolini]] e mais tardiamente por [[Mao]] para gerar guerras.{{Citation needed}}
Os operários de [[1913]] não possuíam quase nenhum benefício, e 50 anos depois eram o maior grupo isolado de todos os países desenvolvidos com vantagens trabalhistas, que iam desde a segurança no emprego até assistência de [[saúde]] e [[educação]]. Os seus sindicatos se tornaram forças políticas no mundo todo{{Citation needed}}.
 
Esse crescimento ocorreu a partir da migração dos camponeses e funcionários domésticos para a indústria{{Citation needed}}. De forma alguma isso foi imposto. Eles viam na dedicação à essa nova ocupação mais vantagens do que em seus antigos ofícios{{Citation needed}}.
 
Começamos pela análise de que as primeiras fábricas eram de fato "''Usinas Satânicas''" do grande poema de [[Willian Blake]] ([[1757]]-[[1827]]){{Citation needed}}. Mas o campo não era "''terra verde e agradável da Inglaterra''", do mesmo poema, na verdade era um cortiço ainda mais inóspito. O que comprova isso é que a [[mortalidade]] infantil caiu drasticamente com o [[êxodo rural]] e com a conseqüente preocupação em manter as pestes longe das cidades. Outro ponto que favoreceu o crescimento dos operários foi o fato de que, realmente, eles viviam na miséria e eram explorados, mas viviam melhor do que nas fazendas e casas de famílias onde eram ainda mais mal tratados{{Citation needed}}. Os proletários também tinham um tempo definido para trabalhar, o que restava era seu para fazer o que bem entendesse. Isso não acontecia com os que trabalhavam no campo ou em casas familiares, em que a toda hora poderiam ser solicitados{{Citation needed}}.
 
Para os agricultores e empregados domésticos o trabalho na indústria era uma oportunidade - de fato a primeira que lhes havia dado - para melhorar de vida sem precisar [[emigrar]]. A qualidade de vida aumentava a cada geração. E isso estimulava ainda mais essa [[migração]]{{Citation needed}}.
 
Durante o século [[XIX]] a [[produtividade]] dessa classe aumentou cerca de 4% ao ano, o que gerou praticamente todos os ganhos dessa época{{Citation needed}}. Boa parte desse resultado ficou nas mãos dos próprios trabalhadores, que multiplicaram seu [[salário]] cerca de vinte e cinco vezes e reduziram quase pela metade as suas horas de trabalho. Portanto, havia razões de sobra para que a ascensão do trabalhador industrial fosse pacífica e não violenta como previra Marx{{Citation needed}}.
 
A queda dessa expressiva classe vem acontecendo rapidamente desde o final da [[II Guerra Mundial]]{{Citation needed}}. O trabalhador industrial tradicional tem sido substituído por um tipo de trabalhador que [[Peter Drucker]] chamou em seu livro [[''Landmarks of Tomorrow'']], de [[1959]], de ''trabalhador do conhecimento''. Este funcionário é uma pessoa que alia o [[trabalho manual]] com o [[teórico]]{{Citation needed}}. São exemplos dessa classe: técnicos de [[raios-X]], [[fisioterapeutas]], [[anestesistas]], [[técnicos de computador]], etc. Esse é o grupo de trabalho que mais rapidamente cresce no mundo. No presente momento 75% da riqueza mundial é gerada por trabalhadores dessa natureza, em contraste com o número em [[1975]]: apenas 25%{{Citation needed}} .
 
== O início da era da informação ==