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== Violação de direitos humanos ==
{{Política}}
'''Ditador''' era o título de um magistrado da [[Roma Antiga]] apontado pelo [[senado romano]] para governar o [[estado]] em tempo de emergências.<ref>{{citar web|url=http://www.passeiweb.com/estudos/sala_de_aula/filosofia/ditadura|título=Ditadura: 1. A ditadura na Roma antiga e nos dias atuais|publicado=Passeiweb|acessodata=18 de outubro de 2015}}</ref> No sentido moderno, refere-se a um governante absolutista ou autocrático que assume solitariamente o poder sobre o Estado (apesar de o termo não ser aplicado a monarquias absolutistas).
 
Os ditadores romanos eram geralmente apontados por um [[Cônsul (Roma Antiga)|cônsul]]<ref>{{citar web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/162236/dictator|título=Dictator|autor=The Editors of Encyclopædia Britannica|publicado=Encyclopædia Britannica|acessodata=18 de outubro de 2015|língua=inglês}}</ref> e eram investidos de avassaladora autoridade sobre os cidadãos, mas eram originalmente limitados por um mandato de seis meses e não possuíam poderes sobre as finanças públicas. [[Sula]] e [[Júlio César]], entretanto, aboliram estas limitações e governaram sem estas restrições. Os romanos abandonaram a instituição da [[ditadura]] após o assassinato de César.
 
Ditadores modernos geralmente ascenderam ao poder em tempos de crise. Muitas vezes eles tomaram o poder através de um [[golpe de estado]], mas em outras, notavelmente [[Benito Mussolini]] na [[Itália]] e [[Adolf Hitler]] na [[Alemanha]], ascenderam ao cargo através de meios legais e, uma vez no poder, gradualmente dissolveram as suas restrições [[constituição|constitucionais]]. A concentração de poder do Partido Comunista da [[União Soviética]] em [[Josef Stalin]] se desenvolveu numa ditadura pessoal, mas após a sua morte emergiu um sistema de ditadura coletiva. Diversas nações [[América Latina|latino-americanas]] e [[África|africanas]] passaram por diversas ditaduras, muitas sob o comando de uma [[junta militar]], como por exemplo no Uganda, onde [[Idi Amin]] exercia o seu poder.
 
== Era Clássica ==
No sistema da [[República Romana]], um ditador era a pessoa a quem era concedido temporariamente um significativo poder sobre o estado durante tempos de guerra. O mandato durava apenas seis meses. O modelo ideal foi Cincinato, que, de acordo com a lenda, estava arando a terra quando chamado para ser ditador, saindo para salvar Roma e depois retornando ao trabalho, renunciando todas as honras e poder, após apenas três meses. Outros ditadores famosos foram Lúcio Cornélio Sila e Júlio César.
 
== Era Moderna ==
{{Artigo principal|[[Ditadura]]}}
Em sua acepção moderna, o termo ditador é geralmente usado para descrever um líder que possui um extraordinário poder pessoal, especialmente o poder de fazer [[lei]]s, sem que exista um Poder Legislativo independente. É comparável (embora não seja sinônimo) do conceito [[Grécia Antiga|grego]] de [[tirania|tirano]].<ref>Na [[Roma Antiga]], ''[[Ditador romano|ditador]]'' não tinha conotação negativa.</ref> Indivíduos muito diferentes são descritos como ditadores - desde ministros de governos legalmente estabelecidos, como [[António de Oliveira Salazar]], [[Adolf Hitler]], [[Benito Mussolini]] e [[Engelbert Dollfuss]], ditadores ''[[de facto]]'', como [[Manuel Noriega]], [[estratocracia|estratocratas]] como [[Francisco Franco]] e [[Augusto Pinochet]], até [[comunistas]] como [[Fidel Castro]], [[Kim Jong-il]] e [[Stalin]].
 
O termo também tem sido associado com brutalidade e opressão, já que é comum ditadores perseguirem seus oponentes ou dissidentes. Outro traço recorrente é a [[megalomania]], já que muitos ditadores instituem um [[culto à personalidade]] e se autoconcedem títulos grandiloquentes.
 
A associação entre ditadores e [[militares]] também é comum. Muitos ditadores se apresentam publicamente usando fardamento militar, mesmo não sendo militares de carreira - como a lembrar que seu poder foi instituído pela força das armas.
 
== Violação de direitos humanos ==
É comum um ditador assumir políticas ou perpetrar diversas violações dos direitos que constam na [[Declaração Universal dos Direitos Humanos]], sendo comum que optam por alcançar os seus fins sem olhar aos meios. Sob a ditadura do líder [[URSS|soviético]] [[Stalin]], dezenas de milhões de pessoas morreram executadas em purgas, privadas de alimentos acabando por morrer à fome como aconteceu no [[Holodomor]], ou acabaram por sucumbir nos campos de trabalho forçado conhecidos por [[Gulag]]s.<ref>Conquest, Robert (2007) <nowiki>''</nowiki>The Great Terror: A Reassessment, 40th Anniversary Edition<nowiki>''</nowiki>, Oxford University Press, in Preface, p. xvi: "Exact numbers may never be known with complete certainty, but the total of deaths caused by the whole range of Soviet regime's terrors can hardly be lower than some fifteen million."</ref>