Terceira Guerra Púnica: diferenças entre revisões

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A '''Terceira Guerra Púnica''' foi a última das guerras a opor [[República Romana|Roma]] e [[Civilização cartaginesa|Cartago]] ([[149 a.C.]] - [[146 a.C.]]) tendo acabado com a derrota e destruição desta última às mãos dos romanos de [[Cipião Emiliano Africano]]. Diz a lenda ter sido provocada pela repetida afirmação no [[Senado romano|senado]], por parte dedo grande latifundiário e senador romano, [[Marco Pórcio Catão, o Censor|Catão, o Velho]], de um dito que se tornou proverbial:
{{Quote2|''[[Delenda est Carthago]]''<br>(Cartago precisa ser destruída)|[[Marco Pórcio Catão]]}}
Em 152 a.C., o senador, viajou para Cartago e ficou assustado com a prosperidade da região, pois Cartago voltou-se para agricultura produzindo muitos produtos que começavam a assustar os proprietários de terra em Roma. A partir de então, em todos os seus discursos no Senado, independente do assunto tratado, terminava dizendo a famosa frase.
 
==Causas e desenvolvimento da guerra==
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A Númidia era, desde 206 a.C., um reino africano aliado dos romanos. Seu rei, Massinissa (que tinha participado da Batalha de Zama), ordenou inúmeros saques às possessões cartaginesas, aproveitando-se do fato de Cartago não poder fazer nenhuma guerra sem a permissão de Roma (uma das cláusulas do tratado de paz de 201 a.C.). Roma, por sua vez, fazia vistas grossas aos saques.
 
Durante três anos o senado cartaginês implorou para Roma o direito de defesa, sempre sendo ignorado, claro, pelos romanos, até quando finalmente os cartigeneses resolveram se defender, e estava aí criado o pretexto que Roma precisava para atacar Cartago. Então, no ano [[149 a.C.]] as legiões atacaram e cercaram a cidade de Cartago.
 
Este sítio durou três anos, e segundo a lenda foi tão duro que as mulheres cartaginesas cortavam os cabelos para fazer corda e seus defensores lutavam dia e noite para defender sua cidade. Em 146 a.C. os romanos finalmente conseguiram adentrar os muros da cidade, e mesmo assim tiveram que lutar ferozmente para vencer a resistência, pois os cartagineses venderam caro cada metro quadrado. Pacientemente os romanos foram tomando casa por casa até entrar na cidadela interna e vencer a última resistência.
 
'''Batalha de Cartago'''
 
Assim que as tropas romanas desembarcaram na África, representantes de Cartago prontamente se submeteram. Os romanos então, senhores da situação, impuseram condições humilhantes aos cartagineses: 300 filhos de dirigentes de Cartago seriam entregues como reféns e os cartagineses deveriam destruir sua própria cidade, transferindo-se para uma região a 15 km de distância do mar, o que significaria o fim das atividades comerciais cartaginesas, exatamente a marca de sua civilização.
 
Essa última condição não foi aceita e os cartagineses iniciaram um desesperado preparativo para a guerra: os escravos foram libertados e os povos submetidos a Cartago foram convocados; dia e noite fabricavam armas, fortificavam muralhas e armazenavam uma grande quantidade de alimentos.
 
Entre 149 e 147 a.C. os romanos foram incapazes de vencer os cartagineses: as muralhas da cidade eram muito altas para serem escaladas, por isso os romanos tiveram que abrir fendas, nas quais eram surpreendidos por um enorme contingente de soldados cartagineses.
 
Entretanto, no ano 147 a.C. um novo general foi designado para a guerra na África: Públio Cornélio Cipião Emiliano, considerado um dos melhores generais da época e neto adotivo de Cipião, o Africano, que tinha derrotado '''Aníbal''' na 2ª Guerra Púnica.
 
Cipião Emiliano cercou completamente a cidade de Cartago, impedindo seu abastecimento: os cartagineses, sem acesso a alimentos e água, começaram a adoecer. Sem forças para proteger as fendas abertas em suas muralhas pelos aríetes romanos, Cartago foi invadida pelas tropas romanas na primavera de 146 a.C. Mesmo assim, por quase uma semana os habitantes de Cartago resistiram aos romanos.
 
A batalha foi terrível. Rua após rua, casa após casa, os romanos trucidaram os cartagineses. Acredita-se que 85 mil soldados de Cartago foram mortos, e o número da população aniquilada é inimaginável.
 
O Senado Romano autorizou que os soldados romanos saqueassem todas as riquezas de Cartago e Cipião Emiliano ordenou a destruição total da cidade. Os poucos sobreviventes foram escravizados. Assim como Catão queria, Cartago foi destruída.
 
==Após a guerra==