Amor: diferenças entre revisões

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[[Imagem:DickseeRomeoandJuliet.jpg|250px|[[Arquétipo]] do amor romântico, [[Romeu e Julieta]] retratados por [[Frank Bernard Dicksee|Frank Dicksee]]|miniaturadaimagem]]
 
'''Amor''' (do [[latim]] ''amore'') é uma [[emoção]] ou sentimento que leva uma pessoa a desejar o bem a outra pessoa ou a uma coisa.<ref name=au>[[Dicionário Aurélio]], verbete ''amor'', primeira definição.</ref> O uso do vocábulo, contudo, lhe empresta outros tantos significados, quer comuns, quer conforme a ótica de apreciação, tal como nas [[Religião|religiões]], na [[filosofia]] e nas ciências humanas. O amor possui um mecanismo biológico que é determinado pelo [[sistema límbico]], centro das emoções, presente somente em [[mamíferos]] e talvez também nas [[aves]] - a tal ponto que [[Carl Sagan]] afirmou que o amor parece ser uma invenção dos mamíferos.<ref>{{citar livro|autor=Delton Croce e D. Croce Jr. |título=Manual de Medicina Legal |editora=Saraiva |ano=1995|página=527|isbn=8502014927}}</ref>
'''Amor''' (do [[latim]] ''amore'') é uma flor roxa que nasce no coração dos trouxas.
 
 
 
 
 
 
 
o bem a outra pessoa ou a uma coisa.<ref name=au>[[Dicionário Aurélio]], verbete ''amor'', primeira definição.</ref> O uso do vocábulo, contudo, lhe empresta outros tantos significados, quer comuns, quer conforme a ótica de apreciação, tal como nas [[Religião|religiões]], na [[filosofia]] e nas ciências humanas. O amor possui um mecanismo biológico que é determinado pelo [[sistema límbico]], centro das emoções, presente somente em [[mamíferos]] e talvez também nas [[aves]] - a tal ponto que [[Carl Sagan]] afirmou que o amor parece ser uma invenção dos mamíferos.<ref>{{citar livro|autor=Delton Croce e D. Croce Jr. |título=Manual de Medicina Legal |editora=Saraiva |ano=1995|página=527|isbn=8502014927}}</ref>
 
Para o psicólogo [[Erich Fromm]], ao contrário da crença comum de que o amor é algo "fácil de ocorrer" ou espontâneo, ele deve ser aprendido; ao invés de um mero sentimento que acontece, é uma faculdade que deve ser estudada para que possa se desenvolver - pois é uma "arte", tal como a própria vida. Ele diz: "''se quisermos aprender como se ama, devemos proceder do mesmo modo por que agiríamos se quiséssemos aprender qualquer outra arte, seja a música, a pintura, a carpintaria, ou a arte da medicina ou da engenharia''".<ref name=fromm>{{Citar livro|autor=Erich Fromm |coautor=Milton Amado (tradução) |título=A Arte de Amar|idioma=português|local=Belo Horizonte | editora=Itatiaia|página=19-25}}</ref> O sociólogo [[Anthony Giddens]] diz que os mais notáveis estudos sobre a sexualidade, na quase totalidade feitos por homens, não trazem qualquer menção ao amor.<ref name=giddens>{{citar livro|autor=Anthony Giddens|título=A transformação da intimidade: sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas |editora=Unesp |ano=1992|páginas=228|isbn=8571390371|url=http://books.google.com.br/books?id=O28DBmHWICMC&dq=amor&lr=&hl=pt-BR&source=gbs_navlinks_s }}</ref> Ambos os autores revelam existir uma omissão científica sobre o tema.<ref name=giddens/><ref name=fromm/>
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Embora seja corrente a máxima "''o amor não se define, o amor se vive''",<ref>{{citar web|URL=http://www.dhi.uem.br/gtreligiao/pdf/st4/Oliveira,%20Adelino%20Francisco.pdf|título=A Lógica do Dom e a Teologia da Retribuição: reflexões sobre a religiosidade midiática na pós-modernidade |autor=Adelino Francisco de Oliveira |data=s/d |publicado=Revista Brasileira de História das Religiões |acessodata=9/1/2015}}</ref> há várias definições para o amor como: a "''dedicação absoluta de um ser a outro''", o "''afeto ditado por laços de família''", o "''sentimento terno ou ardente de uma pessoa por outra''" e aqueles em que também se inclui a atração física, tornando-o aplicável também aos animais, um mero "''capricho''", as aventuras amorosas, o sentimento transcendental e religioso de adoração, perpassando ao sinônimo de amizade, apego, carinho, etc.<ref name=au/> Diante desta gama variada de conceitos, os teóricos se dividem na possibilidade de uma conceituação única, que reúna aquelas tantas definições e representações do amor.<ref name=doc>{{Citar periódico |autor=Thiago de Almeida, Andréa Soutto Mayor |data=2006|titulo=O amar, o amor: uma perspectiva contemporâneo-ocidental da dinâmica amorosa para os relacionamentos|jornal=R. R. Starling & K. A. Carvalho. Ciência do Comportamento Humano: conhecer e avançar|editora=ESETec|local= São Paulo|notas=pp. 99-105 }}</ref>{{nota de rodapé|Dentre os autores que levantam tal questionamento sobre a definição do amor estão: J. A. Lee, G. Levinger, B. I. Murstein e S. Peele (in: ''The psychology of love''), R. Sternberg (''Love stories'' in: ''Personal Relationships'') e S. S. Hendrick & C. Hendrick (in: ''Romantic Love'').}} Outros, como André Lázaro, afirmam que "''não há dois amores iguais''".<ref>{{Citar livro|autor=André Lázaro|título=Amor: do mito ao mercado|idioma=português|local=Petrópolis | editora=Vozes |ano=1996 |página=15|isbn=853261681X}}</ref> Já [[Leandro Konder]] diz que o termo amor possui uma "''elasticidade impressionante''".<ref>{{citar livro|autor=KONDER, Leandro|título=Sobre o amor|editora=São Paulo, Boitempo|ano=2007|página=7}}</ref> Erich Fromm, ainda, ressalta que "''O amor é uma atividade, e não um afeto passivo; é um "erguimento" e não uma "queda". De modo mais geral, o caráter ativo do amor pode ser descrito afirmando-se que o amor, antes de tudo, consiste em ''dar'', e não em receber.''"<ref>FROMM, op. cit., pág. 37</ref> Como sentimento individual e personalíssimo, traz complexidade por envolver componentes [[emoção|emocionais]], [[conhecimento|cognitivos]], [[comportamento|comportamentais]] que são difíceis - ou quase impossíveis - de separar e, no caso do amor romântico, também se insere os componentes [[erotismo|eróticos]].<ref name=neuro/>
 
O amor romântico, celebrado ao longo dos tempos como um dos mais avassaladores de todos os estados afetivos, serviu de inspiração para algumas das conquistas mais nobres da humanidade; tem o poder de despertar, estimular, perturbar e influenciar o comportamento do indivíduo.<ref name=neuro/> Dos mitos à psicologia, das artes às relações pessoais, da filosofia à religião, o amor é objeto das mais variadas abordagens, na compreensão de seu verdadeiro significado, cujos aspectos principais são retratados a seguir.
 
==Conceitos preliminares e comuns de "amor" ==