Coroa de sonetos: diferenças entre revisões

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A Coroa de sonetos foi inicialmente composta com apenas 7 sonetos, feita por [[Afonso Felix de Sousa]], em tradução de soneto de [[John Donne]], utilizados como prólogo aos "Holly Sonnets". E foi assim que foi colocado o verbete na "Encyclopedia of Poetry and Poetics": um conjunto de sete sonetos, apenas, entrelaçados, onde o último verso de um soneto é o primeiro do soneto seguinte, sendo o último verso do sétimo o primeiro verso do primeiro soneto.
 
[[Geir Nuffer Campos|Geir Campos]], em sua Coroa de sonetos <ref>* CAMPOS, GEIR. ''Coroa de Sonetos''. Rio de Janeiro: Organização Simões, 1953.</ref> <ref>* [http://www.avozdapoesia.com.br/obras_ler.php?obra_id=10500&poeta_id=265 Geir Campos: Coroa de sonetos]</ref>, utilizou-se de 14 sonetos, a partir dos versos de um outro soneto. Sua coroa de sonetos, assim denominada, não fechou-se, ou seja, o último verso do último soneto não era o primeiro verso do primeiro soneto <ref>* CAMPOS, Geir. ''Pequeno dicionário de arte poética''. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1960.</ref>. (Alguns sonetistas ainda hoje utilizam esta forma.)
 
[[Edmir Domingues]], a respeito, disse:<ref>* DOMINGUES, Edmir. ''Universo fechado ou o construtor de catedrais''. Recife: Bagaço, 1996.</ref>
:"Na verdadeira coroa de sonetos há catorze sonetos interligados, onde o verso que fecha o primeiro começa o segundo, o que fecha o segundo começa o terceiro, e assim por diante, sendo o último verso do décimo quarto soneto o primeiro verso do primeiro soneto. E o décimo quinto soneto é a coroa, a coroa verdadeira, porque é composta dos catorze versos que começaram e terminaram os outros, sendo o primeiro verso da coroa o que terminou o primeiro soneto da série e o fecho o verso que a começou."
 
A definição de Edmir Domingues é perfeita, podendo dela ser mudada apenas a posição dos versos utilizados na coroa. Enquanto ele preconiza que o último verso do soneto-base (ou coroa, como ele o denominou) seja o primeiro verso do primeiro soneto, há coroas de sonetos que iniciam com o primeiro verso do soneto-base e terminam com o mesmo verso <ref>* CAMELO, Paulo. ''Coroas de uma coroa''. Recife: Bagaço, 2002.</ref>, compondo o último verso do décimo quarto soneto, assim fechando a coroa (que também se fecha como preconizou Edmir Domingues, não ficando aberta como na coroa de Geir Campos e de outros seguidores).
 
Por ser de difícil confecção, poucos [[poeta]]s ([[sonetista]]s) se aventuraram nesse desafio.
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Embora a coroa de sonetos gire em torno de um único tema, cada soneto (estanque, como deve ser um legítimo soneto), não se distanciando do tema, tem o seu próprio subtema.
 
{{Referências}}
== Referência ==
* CAMPOS, GEIR. Coroa de Sonetos. Rio de Janeiro: Organização Simões, 1953.
* DOMINGUES, EDMIR. Universo fechado ou o construtor de catedrais. Recife: Bagaço, 1996.
* CAMELO, PAULO. Coroas de uma coroa. Recife: Bagaço, 2002.
 
== {{Ver também}} ==