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'''Empastelamento''', em [[tipografia]], é o termo usado quando ocorre a mistura dos [[tipo (tipografia)|tipos]] e outros elementos da impressão e que podem ocorrer durante as fases do processo editorial, como a [[composição (tipografia)|composição]] ou montagem.<ref name=glosa>{{citar web|URL=http://www.politicaparapoliticos.com.br/index.php/glossario/3/midia|título=Glossário |autor=Institucional |data=s/d |publicado=Política para Políticos |acessodata=17/10/2016}}</ref> É, ainda, o estrago feito nos tipos, rotativas e outros equipamentos editoriais.<ref>[[:Dicionário Aurélio]], verbetes ''empastelamento'' e ''empastelar''.</ref> Na impressão colorida o empastelamento pode derivar ainda da má superposição de [[fotolito]]s, de modo a criar no resultado impresso uma confusão de cores e formas, tornando-o irreconhecível.<ref name=glosa/>
 
Por extensão, empastelamento também é o ato de "''invadir uma gráfica ou redação de jornal para inutilizar o trabalho em curso, danificar equipamentos e materiais''", como define o [[Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa|Houaiss]].<ref name=dines>{{citar web|URL=http://observatoriodaimprensa.com.br/jornal-de-debates/empastelamento-modo-de-emprego/|título=Empastelamento, modo de emprego |autor=Alberto Dines |data=06/11/2006 |publicado=Observatório da Imprensa, edição 405|acessodata=17/10/2016}}</ref> Desta forma, o empastelamento consiste na forma violenta de impor o silêncio de um jornal ou publicação pela destruição de seus equipamentos de tal forma que o jornalista [[Alberto Dines]] o compara como sendo o [[Lei de Lynch|linchamento]] aplicado a um meio de imprensa.<ref name=dines/>
Na impressão colorida o empastelamento pode derivar ainda da má superposição de [[fotolito]]s, de modo a criar no resultado impresso uma confusão de cores e formas, tornando-o irreconhecível.<ref name=glosa/>
 
==Empastelamentos no Brasil==
{{referências}}
[[Ficheiro:1930 empastelamento OPAIZ.jpg|miniaturadaimagem|Incêndio no empastelamento de [[O Paiz]], em 1930.]]
Ao longo da história diversos jornais tiveram suas sedes empasteladas; no Brasil vários casos se sucederam, numa prática que teve início no [[II Reinado]];<ref name=dines/> dentre estes alguns notórios:
*Os jornais [[Rio de Janeiro (cidade)|cariocas]] [[Liberdade (jornal)|Liberdade]] e [[Gazeta da Tarde]], que foram empastelados no dia [[8 de março]] de [[1897]], por supostamente manifestarem apoio aos revoltosos de [[Guerra de Canudos|Canudos]].<ref name=dines/>
*[[A Tribuna]], [[Gazeta do Povo (Santos)|Gazeta do Povo]] e [[Folha de Santos]], jornais [[Santos (São Paulo)|santistas]] que, durante a [[Revolução de 1930]], tiveram suas sedes empasteladas e até incendiadas por populares no dia [[24 de outubro]]; destes, a Gazeta encerrou suas atividades com o empastelamento sofrido, tendo suas caras bobinas e materiais de impressão sido jogados pelas ruas, conforme uma descrição da época: "''atapetando-as [as ruas] com ouro branco da imprensa, como se fosse troféu de vitória pela impensada e covarde arremetida contra uma trincheira que só fazia o bem, por defender o Povo, e da qual muitas famílias hauriam o pão da subsistência''".<ref>{{citar web|url=http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0122.htm|título=População incendiou A Tribuna, em 1930|autor=s/a |data=05/07/2016|publicado=Novo Milênio |acessodata=17/10/2016}}</ref>
*Durante a [[Golpe militar de 1964|ditadura militar]] uma forma indireta de empastelamento ocorreu quando o regime patrocinou não o ataque às redações, mas às bancas de revistas que vendiam os jornais visados.<ref name=dines/>
 
{{referências}}
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[[Categoria:Jornalismo]]
[[Categoria:Tipografia]]