Eletroencefalografia: diferenças entre revisões

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O procedimento foi descrito pela primeira vez pelo fisiologista alemão [[Emil du Bois-Reymond]]. Ele descobriu que a propagação do estímulo nervoso resultava no surgimento de uma corrente elétrica. Coube, no entanto, ao psiquiatra [[Hans Berger]] (1873-1941), de [[Jena]], na [[Alemanha]], o mérito de registrar o primeiro exame de EEG em um ser humano no ano de 1924.<ref><cite class="citation journal">Haas, L F (2003). </cite></ref> Ele obteve a primeira imagem gráfica das corrente elétricas do cérebro através da pele intacta da cabeça de um homem, método que desenvolveu em suas pesquisas sobre a psicofísica e psicofisiologia dos estados anímicos. Seus trabalhos foram publicados entre 1929 e 1938, e não muito aceitos imediatamente em sua terra natal. Expandindo trabalhos anteriormente realizados em animais por Richard Caton e outros, Berger também inventou o eletroencefalograma (dando ao dispositivo seu nome), uma invenção descrita "como uma das mais surpreendentes, extraordinárias e importantes avanços na história da neurologia clínica".<ref>[http://www.bri.ucla.edu/nha/ishn/ab24-2002.htm Millet, David (2002).]</ref> Suas descobertas foram confirmadas em 1934 pelos cientistas britânicos [[Edgar Douglas Adrian]] e B. H. C. Matthews, que seguiram desenvolvendo as pesquisas.
 
Em 1932, A. E. Kornmüller descreveu a existência de diferenças na atividade elétrica nas distintas áreas do córtex cerebral e também pela primeira vez registrou a descrição das descargas de correntes [[Convulsão|convulsivantes]] nos [[Epilepsia|epilépticos]]. F. A. Gibbs, H. Davis e W. G. Lennox, dando continuidade ao seu trabalho, identificaram o complexo ponta de onda (3 por segundo) com o pequeno mal dos epilépticos. Grey Walter em Londres, em 1936, estabeleceu a técnica de localização de [[tumor]]es com o EEG.[[Ficheiro:ComponentsofERP - PT.svg|Eeg raw.svg|esquerda|220px]]
 
Em 1934, Fisher e Lowenback demonstraram pela primeira vez disparos "<nowiki>''</nowiki>epilepticoformes<nowiki>''</nowiki>". No ano seguinte, 1935, Gibbs, Davis e Lennox descreveram inter -ictal pico de ondas e os três ciclos/s padrão de clínica [[Crise de ausência|crises de ausência]], que começou o campo da clínica eletroencefalografia. Posteriormente, em 1936, Gibbs e Jasper relataram o pico interictal como o centro de assinatura de epilepsia. No mesmo ano, o primeiro laboratório de EEG foi aberto no Hospital Geral de Massachusetts.
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Na década de 1950, [[William Grey Walter]] desenvolveu um auxiliar de EEG chamado de EEG topografia, o que permitiu o mapeamento da atividade elétrica através da superfície do cérebro. Isso permitiu um breve período de popularidade na década de 1980 e parecia especialmente promissor para a psiquiatria. Ele nunca foi aceito pelos neurologistas e continua a ser, principalmente, uma ferramenta de pesquisa.
 
O princípio básico de obtenção dos traçados eletroencefalográficos é a amplificação dos sinais elétricos captados do escalpo por meio de potentes circuitos amplificadores, chamados de amplificadores diferenciais. Estes circuitos são capazes de amplificar diferenças de potencial entre dois pontos do escalpo, um de maior e outro de menor voltagem, gerando posteriormente um traçado gráfico que pode ser impresso em papel através de penas ou, mais modernamente, visualizado na tela de um computador, após a conversão analógico-digital. Para este fim, atualmente, são utilizados ''[[software]]s'' conhecidos como EEG Digital, como, por exemplo, o EEG-Holter.<ref>{{citar web|url=http://sourceforge.net/projects/eegholter|título=EEG-Holter|publicado=SourceForge.net|acessodata=[[16 de fevereiro]] de [[2010]]}}</ref> O [http://drromulobertolaccini.site.med.br/index.asp?PageName=Eletroencefalografia-20-2D-20fundamentos EEG-Holter] é um [[Software livre e de código aberto|''software'' livre e aberto]] para a prática da eletroencefalografia digital.
 
== Princípios de avaliação ==