Bilinguismo (surdos): diferenças entre revisões

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Para os bilinguístas, os Surdos não precisam almejar ser iguais aos ouvintes, podendo aceitar e assumir a surdez.<ref name="Goldfeld, A Criança Surda">Goldfeld, [[A Criança Surda.]]</ref> O conceito principal que a filosofia bilíngue traz é de que os Surdos formam uma comunidade, com cultura e língua próprias. Os bilinguístas preocupam-se em entender o indivíduo Surdo, as suas particularidades, a sua língua (língua gestual), a sua cultura e a sua forma particular de pensar, em vez de apenas os aspectos biológicos ligados à surdez.
 
A Suécia foi o primeiro país a iniciar o caminho para a implantação do bilinguismo.<ref name="ReferenceB">Moura, Maria Cecília. Caminhos para uma Nova Identidade.</ref> Como proposta educacional, o bilinguísmobilinguismo ganhou força nos inícios dos anos 1960, nos [[Estados Unidos da América]]<ref>McCleary, Leland Emersons. Bilinguísmo para Surdos: Brega ou chique?</ref> e foi implementado, em 1979, em [[Paris]], quando [[Danielle Bouvet]] iniciou a sua primeira turma bilíngue, em que a [[Língua Gestual Francesa]] foi ensinada como língua materna dos Surdos e a Língua Francesa como segunda língua.<ref>BOUVET, D. La Parole de l’enfant. Paris: Le Fil Rouge, Puf., 1989.</ref>
 
Baker e Daigle, entre os tipos de ensino bilíngue/bicultural, retêm o ensino bilíngue transitoire e o ensino bilíngue guidé. O primeiro é realizado com o objectivo de lançar os alunos através da língua maioritária e dominante. O segundo reforça os conhecimentos da língua minoritária, desenvolve a identidade cultural dos alunos e ajuda a afirmar os seus valores culturais, utilizando a língua maioritária. Para os Surdos, a aproximação deve ser ao modelo guidé, visto que é essencial reforçar os conhecimentos da língua gestual, o sentimento de identidade surda que, na maioria dos casos, são oriundos de famílias ouvintes.<ref>Coelho, Orquídea. Perscrutar e Escutar a Surdez, pág. 103</ref>