Nota musical: diferenças entre revisões

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[[File:Sheet Music.pdf|thumb|200px|Partitura.]]<br />
'''Nota musical''' é um termo empregado para designar o elemento mínimo de um [[som]], formado por um único modo de [[vibração]] do ar. Sendo assim, a cada nota corresponde uma [[duração (música)|duração]] e está associada uma [[frequência]], cuja unidade mais utilizada é o [[hertz]] (''Hz''), a qual descreverá em termos físicos se a nota é mais [[grave]] ou mais [[agudo (som)|aguda]].
De forma geral, podemos relacionar as notas a um alfabeto musical que possibilita associar determinadas frequências (ou conjuntos de frequências) a nomes comuns, viabilizando a composição de musicas ou qualquer outro tipo de manifestação sonora de forma clara e compreensível. Sem as notas musicais, uma [[partitura]] provavelmente seria escrita como uma sequência de números relativamente extensos, correspondentes as frequências que se espera ouvir.
 
==A nota musical e a física==
[[File:Frequency vs name.svg|thumb|280px|As notas musicais e suas frequências.]]
O som é uma [[onda]] (ou conjunto de ondas) [[Onda mecânica|mecânicas]] que se propaga em um meio material, como o ar ou a água. Algumas das características do som mudam de acordo com o meio de propagação, como a velocidade e o [[comprimento de onda]], entretanto a frequência permanece independente e constante durante todo o percurso.<br />
 
Em uma orquestra, conseguimos identificar os sons de diferentes instrumentos e decifrar de qual deles veio o som. Mas na partitura de cada músico encontramos as mesmas notas. Isso acontece pois as notas escritas na partitura representam uma frequência fundamental que pode ser enriquecida com diversos [[harmônicos]] dependendo das características do instrumento. Geralmente, instrumentos de corda apresentam uma vasta gama de harmônicos e, consequentemente, possuem uma onda mais complexa. Os instrumentos com menor número de harmônicos são os de percussão e alguns metais, sendo a flauta doce um dos instrumentos com a sonoridade mais pura entre todos.<br />
 
Quando a corda de um violão é tocada com uma certa frequência, se a frequência estiver na faixa de 20 a 20.000 Hz, o ouvido humano será capaz de vibrar à mesma proporção, captando essa informação e produzindo sensações neurais, às quais o ser humano dá o nome de som. As ondas com frequência baixa, entre 20 e 100 Hz, por exemplo, soam em nossos ouvidos de forma grave, e sons com frequência elevada (acima de 400 Hz) soam de forma aguda. Nesta situação, podemos imaginar que apenas uma onda percorre a corda e assim obtemos a frequência ouvida. Essa analogia funciona para uma situação ideal, entretanto o que encontramos na prática é uma corda vibrando de forma muito mais complexa, pois um conjunto de curvas senoidais originadas por diversos fatores como a posição em que tocamos, a densidade da corda e o tamanho da caixa do violão, somam-se e, juntas, geram o som que ouvimos.<br />
[[File:Elipê Rock's guitar pedals 1.jpg|thumb|290px|left|Pedais de guitarra.]]
Apesar de diferentes, quando os instrumentos reproduzem uma mesma nota, o som é agradável. Isso acontece pois todas as componentes dessa melodia são compostas por múltiplos inteiros da frequência original. Para entender melhor esse conceito podemos analisar a tabela ao lado, que relaciona as notas e suas respectivas frequências: A nota dó (C) corresponde a frequência de 261,63 Hz, enquanto a nota sol (G) é aproximadamente 392 Hz, que é 3/2 a frequência do dó. Podemos então caracterizar a nota sol como sendo uma harmônica de uma das harmônicas de dó. Mesmo que o som de uma flauta seja diferente do som do violão, quando reproduzem a mesma nota, as frequências que ouvimos são sempre múltiplas inteiras umas das outras, resultando em uma interação harmônica. Deve-se observar, no entanto, que existem instrumentos [[Instrumento transpositor|transpositores]], e as notas da partitura do músico devem ser adaptadas para manter a harmonia, resultando que a frequência das notas deve ser observada em uma nova escala previamente descrita.<ref name=Wuensche> Seminário: A Física da Música, por Carlos Alexandre Wuensche, do INPE/MCT – Divisão de Astrofísica.</ref><br />
 
Outro fator importante para diferenciar os sons é a [[amplitude]] de cada harmônica, ou seja, sua intensidade. Existem instrumentos em que algumas harmônicas tem amplitudes superiores a própria frequência fundamental, tornando o som bem mais grave ou agudo. Com os avanços tecnológicos das últimas décadas, músicos tem desenvolvido novas técnicas para amplificar harmônicos, como é o caso da guitarra, que pode contar com pedais para distorcer o som.
 
==Instrumentos e timbres==
[[File:String harmonics.svg|240px|thumb|Harmônicas.]]
Sabendo que é a presença ou ausência de cada um dos harmónicos, e suas respectivas amplitudes, que dão a cada instrumento musical o seu som característico, o [[timbre]], podemos questionar como fazemos isso.
Tomando a flauta como exemplo, há dois fatores principais que vão definir a frequência que escutaremos: o tamanho da flauta e a posição dos dedos, que podem produzir novas notas pela mudança do comprimento total do instrumento ou favorecer determinada harmônica, de acordo com a configuração da mão.<br />
 
Quando interrompemos a vibração de uma corda em um determinado ponto, ao tocar uma nota em um violão, por exemplo, esse ponto receberá o nome de nó. O ponto de maior amplitude de movimento da corda recebe o nome de antinó, sendo a distância entre dois nós ou dois antinós igual a um comprimento de onda. Se pensarmos na imagem ao lado como o tubo de uma flauta, ao retirarmos os dedos dos orifícios 7 e 5 estaremos favorecendo o terceiro e o quarto harmônicos, devido a presença dos nós ilustrados na figura. Entretanto, se retirarmos o dedo do orifício 24 vamos reduzir o comprimento do tubo e, consequentemente, mudar a frequência fundamental emitida pela flauta.<ref name=Wuensche> Seminário: A Física da Música, por Carlos Alexandre Wuensche, do INPE/MCT – Divisão de Astrofísica.</ref><br />
 
[[File:Harmonics.jpg|thumb|250px|left|Harmonicos em um tubo com ambas as extremidades abertas.]]