Caracena (Pártia): diferenças entre revisões

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'''Caracene''' ({{langx|el|Χαρακηνή}}), '''Caracena''', '''Characene''', '''Mesena''', '''Mesene''' {{langp|el|Μεσσήνη}}<ref>{{citar web |url= https://depts.washington.edu/silkroad/texts/hhshu/notes9.html|title=Section 9 – The Kingdom of Tiaozhi 條支 (Characene and Susiana)|acessodata=4 de novembro de 2016}}</ref><ref name=Michael>{{citar livro |ultimo=Morony|primeiro=Michael G.|data=2005 |titulo=Iraq After The Muslim Conquest|url= |local= EUA|editora=Gorgias Press LLC |pagina=155 |isbn=9781593333157}}</ref> ou '''Meshan'''<ref>{{citar livro |primeiro=Avner|ultimo=Falk|data=1996|titulo=A Psychoanalytic History of the Jews|pagina=330}}</ref><ref>{{citar livro |ultimo=Cohen|primeiro=Abraham|data=1980|titulo=Ancient Jewish Proverbs|url= |local= |editora= |pagina= }}</ref> foi um antigo reino asiático situado nas proximidades do [[rio Tigre]], do [[Golfo Pérsico]], do [[Império Parta]] e da região em que se estabeleceria o [[Império Sassânida]]<ref>{{citar livro |ultimo=Farrokh |primeiro=Kaveh |data=2007|titulo=Shadows in the Desert: Ancient Persia at War|pagina=124}}</ref>. Seu surgimento data de um período entre 130 e {{AC|127|n}}, na [[Idade Antiga]].
 
Por muito tempo, serviu como porto comercial para o comércio entre a [[Mesopotâmia]] e a [[Índia]]. Muitas vezes, moedas e esculturas são mostradas como fonte de informação sobre esse reino, principalmente quando se trata dos reis dessa civilização.<ref name=Monika>{{citar livro |ultimo=Schuol |primeiro= Monika|data= |titulo=Die Charakene. Ein mesopotamisches Königreich in hellenistisch-parthischer Zeit, |url= |local= Suttgart|pagina=220-221, 300-303}}</ref><ref>{{citar livro |ultimo=Wiesehöfer|primeiro=Josef|data= 2005|titulo= Patmos Verlag|url= |local=Düsseldorf}}</ref>
 
==História==
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Caracena foi dada ao [[sátrapa]] {{ilc|Hispasines||Hispaosines|Hyspaosines|Aspasine|Spasines}} pelo rei {{lknb|Antíoco|VI|Teos Epifânio}}. O rei queria que seu sátrapa reconstruísse a região, que havia sido atingida por uma enchente. Em {{AC|141|x}}, Hispasines declarou a satrapia independente durante a invasão parta e foi recebido com o título de [[rei]], reconhecido apenas em {{AC|127|x}}.<ref>{{citar livro |ultimo= Pinches|primeiro= T.G.|data= 1890|titulo=Babylonian and Oriental Record vol.&nbsp;IV|pagina= 131-135}}</ref> Depois disso, o rei conquistou parte da Pérsia e do Sul da Mesopotâmia, além da ilha de [[Bahrain]] (chamada na época de [[Tylos]]).<ref>{{citar web |url= http://www.attalus.org/docs/other/inscr_26.html|titulo=King Hyspaosines and Queen Thalassia|ultimo1= |primeiro1= |ultimo2= |primeiro2= |data= |formato= |obra= |publicado= |acessodata=[[4 de Novembro]] de [[2016]] |citacao=}}</ref> Durante toda a sua existência foi um estado semi-autõnomo, mas submetido ao [[Império Parta]].
===Participação na Campanha de Trajano===
Em [[116 a.C.]], a Pártia foi invadida pelo Império Romano, liderado pelo Imperador [[Trajano]]. As razôes para tal invasão são desconhecidas, pois a maior parte dos relatos sobre ela estão fragmentados.<ref>{{citar livro |ultimo=Longden|primeiro=R. P.|data=1931 |titulo= "Notes on the Parthian Campaigns of Trajan". The Journal of Roman Studies, Vol. 21 |url=http://rbedrosian.com/Rome/Longden_1931_Trajan_Parthians.pdf |local= |editora= |pagina=1-35|isbn=}}</ref> Pesquisadores analisam a possibilidade de os Romanos quererem acesso à Caracena, entreposto comercial com a Índia, assim poderiam ter contato com o Golfo Pérsico e facilidade em transportar mercadorias e obter metais que estavam se tornando escassos.<ref name="Christol & Nony, Rome, 171">Christol & Nony, Rome, p. 171</ref><ref>{{citar livro |ultimo=Young|primeiro=Gary K.|data=2001|titulo=Rome's Eastern Trade: International Commerce and Imperial Policy 31 BC – AD 305. |url= |local=Abingdon|editora=Routledge|pagina= |isbn=0-203-47093-1}}</ref> Relatos mostram que, numa visita a [[Cárax Espasinu]], Trajano lamentou ter uma idade avançada e assim não ter chance de chegar à Índia, como fez [[Alexandre, o Grande]]. Roma teve acesso ao comércio com a Caracena e consequentemente teve contato com a [[Palmira]].<ref>{{citar livro |ultimo=Daniel T.|primeiro= Potts|data=1988 |titulo=Araby the Blest: Studies in Arabian Archaeology.|url= |local=Copenhagen |editora=Museum Tusculanum Press |pagina=142 |isbn=87-7289-051-7}}</ref> Possivelmente também havia um interesse na ilha de Bahrain, onde residiam alguns comerciantes da Palmira, principalmente após a morte de Trajano.<ref>{{citar livro |ultimo=Veyne |primeiro=Paul |data=2005 |titulo=L'Empire Gréco-Romain |url= |local=Paris |editora=Seuil |pagina= |isbn=2-02-057798-4}}</ref><ref>{{citar livro |ultimo=Fadlo Hourani |primeiro=George |data=1995 |titulo=Arab Seafaring in the Indian Ocean in Ancient and Early Medieval Times |url= |local= |editora=Princeton University Press |pagina=15 |isbn=0-691-00170-7}}</ref> Esses eventos ocorreram num momento próximo ao Governo de [[Apodakos]].<ref name=Monika/>
 
==Ver também==