Kenzaburo Oe: diferenças entre revisões

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Yamaguchi tinha vários admiradores de extrema direita que mostraram o seu desagrado com a publicação de ''A Morte de um Jovem Poilítico'', e tanto Ōe como a redacção da revista receberam ameaças de morte constantes durante semanas. A revista emitiu um comunicado onde pedia desculpa por ter ofendido os leitores, mas Ōe nunca o fez. A história não voltou a ser impressa e nunca foi traduzida.
 
Ōe reside em Tóquio e tem três filhos. O mais velho, Hikari, tem uma doença mental desde o nascimento em 1963 e a sua condição tem sido um tema recorrente na escrita de Ōe.
 
Em 1994 foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura e foi nomeado para a Ordem da Cultura Japonesa. Recusou este último mérito por ser concedido pelo Imperador. Ōe disse, "Eu não reconheço qualquer autoridade ou valor superior à democracia." Mais uma vez, foi alvo de ameaças.
 
Em 2005, dois militares japoneses reformados processaram Ōe por difamação no seu ensaio de 1970, ''Notas de Okinawa'', no qual escrevera que membros do exército japonês coagiram inúmeros civis daquela cidade a cometer suicídio durante a Batalha de Okinawa em 1945. Em Março de 2008, o Tribunal Distrital de Osaka levantou todas as acusações contra Ōe. Na sentença, o juíz Toshimasa Fukami declarou, "O exército teve uma participação preponderante nos suicídios em massa." Numa conferência de imprensa após o julgamento, o escritor disse que "o juíz compreendeu bem a minha escrita."
 
Ōe participou em campanhas pacifistas e anti-nucleares e escreveu livros acerca dos bombardeamentos nucleares em Hiroshima e Nagasaki e sobre os Hibakusha. No seguimento do desastre nuclear de Fukushima em 2011, apelou ao Primeiro-Ministro Yoshihiko Noda para que fossem cancelados os planos de construção de centrais nucleares e se abandonasse o desenvolvimento de energia nuclear. Ōe afirmou que o Japão tinha a "responsabilidade ética" de abandonar a energia nuclear no seguimento do desastre de Fukushima, tal como tinha abdicado da guerra na sua Constituição pós-Guerra. Em 2013 organizou uma manifestação em Tóquio contra a energia nuclear. Ōe também tem sido crítico das sucessivas tentativas de alteração ao Artigo 9 da Constituição, no qual o Japão renuncia o direito de declarar guerra.
 
== Livros publicados em Portugal e no Brasil ==