Pedro, o Eremita: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Bya97 (discussão | contribs)
Dbastro (discussão | contribs)
m peq. ajustes, replaced: | páginas = | → | (11), | id = ISBN → | isbn = (9), | páginas = 186 | → | página = 186 | (3), typos fixed: séc. XIX → século X utilizando AWB
Linha 20:
==Antes da Cruzada==
O nome Pedro de [[Amiens]] atribuído por alguns cronistas<ref name="Hoefer">
{{Referência acitar livro
| autor = Dr Hoefer
| título = Nouvelle Biographie Générale
| subtítulo =
| idioma = francês
| edição =
| local = Paris
| editora =
| ano = 1862
| páginas = 184-6
| volumesvolume = 40
|ref=harv}}
| volume =
| id = }}
</ref> leva a pensar que terá nascido nesta cidade ou ao seu redor. No [[século XIX]], os [[historiador]]es consideravam que tinha nascido em uma [[nobreza|família nobre]], que tinha sido um [[cavalaria medieval|cavaleiro]] veterano de [[batalha (guerra)|batalhas]] que se arrependeu da vida que levava e decidiu viver como um [[eremita]]. Segundo [[Alberto de Aquisgrão]], afirmava pregar a cruzada «''para remédio da sua alma''»<ref>
{{Referência acitar livro
| autor = Albert d'Aix ([[Alberto de Aquisgrão]])
| título = Histoire des faits et gestes dans les régions d'outre-mer, depuis l'année 1095 jusqu'à l'année 1120 de Jésus-Christ
| subtítulo = livre I, chapitre 2
| idioma = francês
| edição =
| local =
| editora =
| ano = 1824
| páginaspágina = 186
| idurl = [http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k94613s.image.f13] | ref=harv}}
| volumes =
| volume =
| id = [http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k94613s.image.f13]}}
</ref>. No entanto, estudos críticos modernos demonstraram que para além dos relatos muito imprecisos de Alberto de Aquisgrão, esta afirmação não é suportada por mais nenhuma fonte. Por outro lado, nenhum dos cronistas e historiadores da época conseguiu encontrar o nome da família de que Pedro descendia<ref name="Hoefer" />.
 
Segundo Pierre Léon Paulet<ref>
{{Referência acitar livro
| autor = Pierre Léon Paulet
| título = Recherches sur Pierre l'Hermite et la Croisade
| url = [http://books.google.fr/books?hl=en&output=html&id=QjqSTJFvg18C&jtp=72]
| subtítulo =
| idioma = francês
| edição =
| local =
| editora = Ve Jules Renouard
| ano = 1856
| páginaspágina = 72
|ref=harv}}
| volumes =
</ref>, seria filho de Renauld L'Hermite (Reinaldo o Eremita) de [[Auvérnia]] com Alide de Montaigu da [[Picardia]]. Teria sido casado com Beatriz de Roussy da [[Normandia]], com a qual teve dois filhos: Pedro e Ailide. Ao enviuvar, teria tomado o hábito de religioso. Estaria assim na origem da família ''L'Hermite'' (literalmente ''os Eremita'' em [[língua portuguesa|português]]), da qual também foram membros Tristan L’Hermite, [[ministro]] do rei [[Luís XI de França]], Jacques L'Hermite (1582-1624), navegador que deu o seu nome às [[Ilhas Eremita]] junto ao [[Cabo Horn|Cabo de Hornos]] na [[Terra do Fogo]], e [[François L'Hermite|François Tristan L'Hermite]] (1601-1655), [[escrivão]] e membro da [[Academia Francesa]], continuando a haver seus descendentes com este sobrenome na actualidade.
| volume =
| id = }}
</ref>, seria filho de Renauld L'Hermite (Reinaldo o Eremita) de [[Auvérnia]] com Alide de Montaigu da [[Picardia]]. Teria sido casado com Beatriz de Roussy da [[Normandia]], com a qual teve dois filhos: Pedro e Ailide. Ao enviuvar, teria tomado o hábito de religioso. Estaria assim na origem da família ''L'Hermite'' (literalmente ''os Eremita'' em [[língua portuguesa|português]]), da qual também foram membros Tristan L’Hermite, [[ministro]] do rei [[Luís XI de França]], Jacques L'Hermite (1582-1624), navegador que deu o seu nome às [[Ilhas Eremita]] junto ao [[Cabo Horn|Cabo de Hornos]] na [[Terra do Fogo]], e [[François L'Hermite|François Tristan L'Hermite]] (1601-1655), [[escrivão]] e membro da [[Academia Francesa]], continuando a haver seus descendentes com este sobrenome na actualidade.
 
Outra versão foi descrita no [[século XIV]] pelo [[trovador]] francês Jehan-le-Bouteiller, que cantava a memória «''de um chamado Pedro o Eremita, descendente de um conde de Clairmont por um senhor de Herrymont''», e que se casou com uma mulher da família Montagut. Estes seriam os pais de Pedro: Renauld d'Hérimont e Aleïdis de Montaigu. O nome de Aleïdis encontra-se no [[obituário]] da Abadia de Neufmoustier em [[Huy]] como a «''mãe de Dom Pedro, possuidora de uma casa em Huy''». É então provável que Pedro tivesse nascido em Hérimont, no [[vale]] do [[rio Lesse]] (nas [[Ardenas]]), região naquela época (c. 1050) sob a [[suserania]] do poderoso senhorio de Montaigu<ref name="Daele">
{{Referência acitar livro
| autor = Freddy Van Daele
| título = Pierre d'Hérimont dit l'Ermite
| subtítulo =
| idioma = francês
| edição =
| local = Hosdent-sur-Mehaigne
| editora = Alfred Van Daele
| ano = 2008
| idisbn = ISBN 2-213-59787-1|ref=harv}}
| páginas =
| volumes =
| volume =
| id = ISBN 2-213-59787-1}}
</ref>.
 
Linha 89 ⟶ 77:
 
A ideia da cruzada foi tão bem aceita que pregadores percorreram a [[Europa]], influenciando um grande número de [[nobreza|nobres]]. Mas a maioria dos que tomaram a cruz pertenciam ao [[povo]] pobre, vítima de [[seca]]s, [[Fome (crise humanitária)|fome]] e [[doença|pestes]], numa época marcada pelo [[milenarismo]] e pela [[superstição]]<ref name="Norwich">
{{Referência acitar livro
| autor = John Julius Norwich
| título = Byzantium: The Decline and Fall
| subtítulo =
| idioma = inglês
| edição =
| local =
| editora = Penguin Books
| ano =
| páginas = 33-35
| idisbn = ISBN 978-0140114492|ref=harv}}
| volumes =
| volume =
| id = ISBN 978-0140114492}}
</ref>.
 
Linha 109 ⟶ 93:
 
No entanto, a Cruzada Popular também incluiu [[soldado]]s armados e [[nobreza|nobres]]<ref name="Riley-Smith">
{{Referência acitar livro
| autor = Jonathan Riley-Smith
| título = The First Crusade and the Idea of Crusading
| subtítulo =
| idioma = inglês
| edição =
| local =
| editora = University of Pennsylvania Press
| ano = 1986
| idisbn = ISBN 978-0812213638|ref=harv}}
| páginas =
| volumes =
| volume =
| id = ISBN 978-0812213638}}
</ref> como [[Gualtério Sem-Haveres]]. O facto de ser também conhecida como Cruzada dos Mendigos é consequência de na [[Idade Média]] a palavra [[mendigo]] poder indicar humildade e renúncia ao mundo material, um estado de empobrecimento ou mendicidade perante perante [[Deus]] e a [[Igreja]]. Pedro organizou e guiou estes mendigos como um grupo de peregrinos espiritualmente purificado e santo que seria protegido pela [[hoste]] de Deus.
 
Linha 127 ⟶ 107:
 
Esta [[lenda]] pode ter tido origem ainda durante a Cruzada dos Nobres: nos acampamentos dos populares pobres que existiam lado a lado com os dos [[cavalaria medieval|cavaleiro]]s, e que custavam cada vez mais às bolsas dos nobres para sustentar com o decorrer da expedição, teria já começado alguma [[idolatria]] a Pedro ''o Eremita'', paralelamente à glorificação similar de [[Godofredo de Bulhão]] pelos [[Lorena (França)|lorenos]]<ref>
{{Referência acitar livro
| autor = Carl Ludolf Heinrich von Sybel
| título = The history and literature of the Crusades [
|url=http://books.google.com/books?id=QUgBAAAAQAAJ&oe=UTF-8]
| subtítulo = ''Geschichte des ersten Kreuzzuges'', ed. by lady Duff Gordon
| idioma = inglês
| edição =
| local =
| editora = Oxford University
| ano = 1861
|ref=harv}}
| páginas =
| volumes =
| volume =
| id = }}
</ref>.
 
[[Imagem:Gustave Doré - Peter the Hermit.jpg|thumb|left|200px|Pedro prega aos [[cruzada|cruzados]], inspirando reverência e maravilhamento ([[ilustração]] de [[Gustave Doré]], [[século XIX|séc.século XIX]])]]
 
Para estes plebeus, Pedro naturalmente se tornou no instigador da cruzada, que pela mesma visão simplista tornou Godofredo no fundador do [[Reino Latino de Jerusalém]] e o legislador dos [[Assizes de Jerusalém]]. Esta versão será tão antiga quanto a ''Chanson des chétifs'', um [[poema]] que o príncipe [[Raimundo de Antioquia]] mandou compor em honra de ''o Eremita'' e dos seus seguidores pouco depois de 1130, que depois passou para a ''Chanson d'Antioche'' e agora faz parte do conjunto de [[canções de gesta]] chamado ''[[Ciclo das Cruzadas]]''. Também surge nas crónicas de [[Alberto de Aquisgrão]], escritas em cerca de 1130 e usadas como referência para a obra de Guilherme de Tiro. A maioria dos escritores contemporâneos da Primeira Cruzada concordam assim que Pedro foi o seu verdadeiro instigador, que os seus objectivos teriam sido corrompidos e servido para a prática de violência, em contraste com a natureza mais pura e essencialmente não-violenta da Cruzada Popular.
 
Historiadores [[catolicismo|católicos]] e académicos modernos desmentem esta versão dos acontecimentos<ref name="Riley-Smith" />, considerando tais histórias como um caso de amplificação lendária da Primeira Cruzada - que tendo começado durante a própria expedição, na idealização dos cruzados, em pouco tempo se desenvolveu em uma [[Saga (literatura)|saga]]. São consideradas autoridades sobre a história de Pedro ''o Eremita'': ''Gesta Francorum'' e [[Ana Comnena]] na ''Alexíada''; para o personagem lendário, [[Alberto de Aquisgrão]].
 
Pedro juntou o seu exército em [[Colônia (Alemanha)|Colónia]] a 12 de abril de 1096, planeando parar nessa cidade para pregar aos [[germânicos]] e obter mais cruzados. Mas o contingente [[francos|franco]] não estava disposto a aguardar pela chegada destes, pelo que alguns milhares partiram em direcção a [[Constantinopla]] sob a liderança de [[Gualtério Sem-Haveres]]<ref name=Grousset77>René Grousset, ''Histoire des croisades'', p.77</ref>.
Linha 158 ⟶ 135:
 
Na sua travessia por este território, dezasseis homens do contingente de [[Gualtério Sem-Haveres]] tinham tentado pilhar um [[mercado]] em [[Zemun|Semlin]], na [[fronteira]] com o [[Império Bizantino]]. Depois de dominados, os dezasseis cruzados foram despojados das suas [[armadura]]s e [[roupa]]s, que foram penduradas como aviso nas [[muralha]]s do [[castelo]]<ref>
{{Referência acitar livro
| autor = Steven Runciman
| título = Histoire des Croisades
| subtítulo =
| idioma = francês
| edição =
| local =
| editora = Tallandier
| ano = 2006
| páginaspágina = 120
| volumes =
| volume = 1
| idisbn = ISBN 2-84734-272-9|ref=harv}}
</ref>. Os seguidores de Pedro foram assim recebidos nesta cidade pela antagonizadora visão das dezasseis armaduras cruzadas.
 
Linha 182 ⟶ 157:
 
O imperador [[Aleixo I Comneno]] viu-se a braços com uma expedição de peregrinos desordeiros, cujos próprios líderes não conseguiam controlar. Temendo mais tumultos e com mais cruzados a chegar ou a caminho da sua capital, apressou-se a transportar os 30.000 [[Cristianismo ocidental|cristãos latinos]] pelo [[Bósforo]]<ref name="Norwich" /><ref>
{{Referência acitar livro
| autor = [[Ana Comnena]]
| título = A Alexíada
| subtítulo = edição e tradução para o [[língua inglesa|inglês]] de E.R.A. Sewter
| idioma =
| edição =
| local = Harmandsworth
| editora = Penguin
| ano = 1969
| idisbn = ISBN 978-0140449587|ref=harv}}
| páginas =
| volumes =
| volume =
| id = ISBN 978-0140449587}}
</ref>.
 
Linha 208 ⟶ 179:
 
==Cruzada dos Nobres==
[[Imagem:Survived soldiers of Peter the Hermit and Godfrey of Bouillon.jpg|thumb|left|200px|Os sobreviventes da Cruzada dos Mendigos encontram [[Godofredo de Bulhão]] na [[Primeira Cruzada#Cruzada dos Nobres|Cruzada dos Nobres]] ([[ilustração]] de [[Gustave Doré]], [[século XIX|séc.século XIX]])]]
 
Os sobreviventes da [[Cruzada Popular]] passaram o [[Inverno]] em [[Constantinopla]], com pouca assistência dos bizantinos. Aguardavam a chegada da [[Primeira Cruzada#Cruzada dos Nobres|Cruzada dos Nobres]] para, sob escolta destes, poderem concluir a [[peregrinação]] a [[Jerusalém]].
Linha 214 ⟶ 185:
Os barões chegaram durante a [[Primavera]] de 1097 e ''o Eremita'' juntou-se a esta expedição como um membro do conselho. Apesar de os seus números nunca mais atingirem os 40.000 de 1096, os [[mendigos]] sob a sua responsabilidade foram aumentando durante a Cruzada dos Nobres com os cruzados entretanto desarmados, feridos ou falidos. Pedro apenas atraiu atenção ao proferir alguns discursos para motivar os companheiros. Ficou limitado a um papel subordinado durante o resto da expedição, que entretanto se tornara claramente em uma campanha militar e contava com o seu próprio líder espiritual, o [[legado papal]] [[Ademar de Monteil]].
 
No entanto, a sua presença é referida no início de [[1098]], durante o [[cerco de Antioquia]]. Esta acção militar foi talvez a mais dura da Primeira Cruzada devido à sua longa duração (cerca de oito meses) e às dificuldades de abastecimento que os cruzados enfrentaram, sofrendo [[Fome (crise humanitária)|fome]] e [[doença]]s. Muitos plebeus e nobres, como o conde [[Estêvão II, Conde de Blois|Estêvão de Blois]], desesperaram e abandonaram a expedição nesta altura.
 
Descrito por [[Guiberto de Nogent]] como uma "estrela caída", ''o Eremita'' também tentaria desertar, juntamente com Guilherme le Charpentier, [[visconde]] de [[Melun]]. [[Tancredo da Galileia|Tancredo de Altavila]], temendo uma [[deserção]] generalizada, perseguiu os dois fugitivos e levou-os à força junto para junto do seu tio [[Boemundo I de Antioquia|Boemundo de Tarento]], que os repreendeu severamente<ref>{{link|en|http://www.fordham.edu/halsall/source/gesta-cde.html#antioch2|Medieval Sourcebook: Gesta Francorum - 11. The Sufferings of the Crusaders at Antioch}}</ref>.
Linha 226 ⟶ 197:
==Regresso à Europa==
Os últimos anos da vida de Pedro ''o Eremita'' ainda são assunto de debate. [[Alberto de Aquisgrão]] registrou a morte de Pedro em 1131, como [[prior]] de uma Igreja do Santo Sepulcro que fundara na [[França]]. Uma [[lenda]] conta que e 1100 estava em [[Huy]], onde fundou o [[mosteiro]] de Neufmoustier e morreu em 1115. Esta parece ter origem nos escritos do [[teólogo]] Jacques de [[Vitry-en-Perthois|Vitry]] que, para ganhar adesão à [[Cruzada albigense]], teria manipulado a história para alegar a ligação de algumas figuras heróicas a [[Pas-de-Calais]] e junto ao curso do [[rio Mosa]]<ref>
{{Referência acitar livro
| autor = Paul de Saint-Hilaire
| título = Liège et Meuse mystérieux
| subtítulo =
| idioma = francês
| edição =
| local = Bruxelles
| editora = Rossel
| ano = 1982
| páginas volume = 2
|ref=harv}}
| volumes = 2
| volume =
| id = }}
</ref><ref>
{{Referência acitar livro
| autor = Anne Morelli (dir.)
| título = Les grands Mythes de L'histoire de Belgique, de Flandre et de Wallonie
| subtítulo =
| idioma = francês
| edição =
| local =
| editora = Evo-histoire
| ano = 1996
| idisbn = ISBN 2-87003-301-X|ref=harv}}
| páginas =
| volumes =
| volume =
| id = ISBN 2-87003-301-X}}
</ref>.
 
Linha 262 ⟶ 226:
==Bibliografia e ligações externas==
*{{link|en|http://www.fordham.edu/halsall/source/peterhermit.html|Medieval Sourcebook: Peter the Hermit and the Popular Crusade: Collected Accounts}}
*{{Referência acitar livro
| autor = René Grousset
| título = Histoire des croisades
| subtítulo = 1095-1130 L'anarchie musulmane
| idioma = francês
| edição =
| local = Paris
| editora = Perrin
| ano = 1934
| páginas volume = I
|ref=harv}}
| volumes = I
*{{Referência acitar livro
| volume =
| id = }}
*{{Referência a livro
| autor = Heinrich Hagenmeyer
| título = Peter der Heremite
| subtítulo =
| idioma = alemão
| edição =
| local =
| editora = Leipzig
| ano = 1879
|ref=harv}}
| páginas =
*{{Referência acitar livro
| volumes =
| volume =
| id = }}
*{{Referência a livro
| autor = Jean Flori
| título = Pierre l'Ermite et la première croisade
| subtítulo =
| idioma = francês
| edição =
| local =
| editora = Fayard
| ano = 1999
| idisbn = ISBN 2-213-60355-3|ref=harv}}
| páginas =
*{{Referência acitar livro
| volumes =
| volume =
| id = ISBN 2-213-60355-3}}
*{{Referência a livro
| autor = Jean Flori
| título = La Première Croisade. L'occident chrétien contre l'Islam
| subtítulo =
| idioma = francês
| edição =
| local = Bruxelles
| editora = éd. Complexe
| ano = 1997
| idisbn = ISBN 2-87027-436-X|ref=harv}}
| páginas =
*{{Referência acitar livro
| volumes =
| volume =
| id = ISBN 2-87027-436-X}}
*{{Referência a livro
| autor = Jean Richard
| título = Histoire des croisades
| subtítulo =
| idioma = francês
| edição =
| local =
| editora = Fayard
| ano = 1996
| idisbn = ISBN 2-213-59787-1|ref=harv}}
| páginas =
| volumes =
| volume =
| id = ISBN 2-213-59787-1}}
 
{{Portal3|França|Biografias|História|Religião|Guerra}}
 
[[Categoria:Religiosos da França]]
[[Categoria:Cristãos da Primeira Cruzada]]