Transtorno de ansiedade social: diferenças entre revisões

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Revisei o DIAGNÓSTICO, incluindo fontes da Organização Mundial da Saúde (CID10). Revisei o TRATAMENTO, incluindo diversas fontes, além de listar as modalidades de Farmacoterapia e Terapia Digital.
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{{Multitag|1=mnot|2=wkf|3=rec|4=rev|5=img|6=fref|7=pi|8=intro|data=junho de 2016}}
Fobia Social é o medo de ser exposto à observação atenta de outra pessoa e que leva a evitar situações sociais. As fobias sociais graves se acompanham habitualmente de uma perda da auto-estima e de um medo de ser criticado<ref name=":0">{{citar web|url=http://cid10.bancodesaude.com.br/cid-10-f/f401/fobias-sociais|titulo=Fobias sociais.|data=2008|acessodata=2016|obra=Classificação Internacional de Doenças.|publicado=Organização Mundial da Saúde.|ultimo=|primeiro=}}</ref>.
 
A Fobia Social é um transtorno [[ansiedade|de ansiedade]] descrito no [[Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais|DSM-IV]] e no [[CID-10 Capítulo V: Transtornos mentais e comportamentais|CID10]], caracterizado por manifestações de [[alarme]], [[tensão nervosa]], [[medo]] e desconforto desencadeadas pela exposição [[Sociabilidade|social]] — o que ocorre quando o portador precisa interagir com outras pessoas, realizar desempenhos sob observação ou participar de atividades sociais. Tudo isso ocorre até o ponto de interferir na maneira de viver de quem a sofre.
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Os estímulos (situações sociais) são interpretados de uma maneira totalmente disfuncional, desadaptativa e prejudicial, através de crenças ilógicas e irracionais, distorções cognitivas, etc. Através destas interpretações errôneas da realidade, o fóbico sente sua integridade moral e psicológica (e por vezes, também física) ameaçada por um perigo iminente que não existe, e tem reações automáticas para protegê-la. Por isso, fobia social é muito diferente de timidez.
 
== Características associadas ==
== Diagnóstico ==
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}}. Por favor, <span class="plainlinks">[{{fullurl:{{FULLPAGENAME}}|action=edit}} adicione]</span> [[Wikipédia:Verificabilidade|referências]] e [[Wikipédia:Livro de estilo/Cite as fontes|insira-as corretamente]] no texto ou no [[Wikipédia:Livro de estilo/Notas de rodapé|rodapé]]. Conteúdo sem fontes poderá ser [[Wikipédia:Verificabilidade#Política de verificabilidade|removido]].<br />—<small>{{Encontre fontes}}</small><!--
 
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O uso de bebida alcoólica é frequente e um bom indicativo de que o paciente pode responder bem à medicação. Há o perigo do desenvolvimento de alcoolismo, o que pode ser revertido com o tratamento adequado da fobia social. O alcoolismo surge mais como uma tentativa equivocada de automedicação. Também pode surgir o abuso de drogas ilícitas, assim como o de medicamentos ansiolíticos. Apesar de algumas drogas lícitas ou ilícitas provocarem uma melhora momentânea da fobia, estão relacionadas a uma piora significativa do transtorno a médio e longo prazo.
Não há exame capaz de detectar o transtorno. O diagnóstico é totalmente clínico (ansiedade antecipatória, os sintomas físicos, a esquiva e fuga, a baixa autoestima, etc) e com base em métodos de avaliação por questionários feitas por um psicólogo ou um psiquiatra. O diagnóstico da fobia social é relativamente simples de ser feito, e os próprios portadores, ao ler informações confiáveis sobre o transtorno, acabam percebendo que possuem o transtorno, e assim já buscam ajuda profissional.
 
Nas relações conjugais observa-se que quando o tratamento é iniciado após o casamento, podem surgir conflitos conjugais. Isso acontece porque o cônjuge saudável estava acostumado à dominação e o fóbico à submissão. Quando o tratamento permite que a submissão se desfaça, surgem naturalmente os conflitos, que podem ser superados com a cooperação e compreensão do cônjuge saudável. Pode ser necessária a complementação do tratamento da fobia social com uma [[psicoterapia]] de casais para superar essa fase.
== Características associadas ==
 
== Enfrentamento ==
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}}. Por favor, <span class="plainlinks">[{{fullurl:{{FULLPAGENAME}}|action=edit}} adicione]</span> [[Wikipédia:Verificabilidade|referências]] e [[Wikipédia:Livro de estilo/Cite as fontes|insira-as corretamente]] no texto ou no [[Wikipédia:Livro de estilo/Notas de rodapé|rodapé]]. Conteúdo sem fontes poderá ser [[Wikipédia:Verificabilidade#Política de verificabilidade|removido]].<br />—<small>{{Encontre fontes}}</small><!--
 
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Um dos grandes problemas da fobia social é que os fóbicos reconhecem que os seus [[medo]]s e ansiedades são exagerados e irracionais, têm consciência de que seus sentimentos são inadequados e não correspondem à realidade, mas são incapazes de lidar com a situação. Na fobia social, o consciente e o [[bom senso]] não são suficientes para superar a ansiedade, sendo esta patologia de caráter orgânico/cognitivo e fora do alcance de uma decisão racional do paciente.
O uso de bebida alcoólica é frequente e um bom indicativo de que o paciente pode responder bem à medicação. Há o perigo do desenvolvimento de alcoolismo, o que pode ser revertido com o tratamento adequado da fobia social. O alcoolismo surge mais como uma tentativa equivocada de automedicação. Também pode surgir o abuso de drogas ilícitas, assim como o de medicamentos ansiolíticos. Apesar de algumas drogas lícitas ou ilícitas provocarem uma melhora momentânea da fobia, estão relacionadas a uma piora significativa do transtorno a médio e longo prazo.
 
Essa intensa batalha mental traz um grande desgaste emocional para o fóbico. A situação é ainda mais agravada quando outras pessoas confrontam sua falta de atitude. Isso é observado na [[psicologia]] quando o fóbico é estimulado a enfrentar prontamente o problema, o que resulta na piora do estado mental, isolando-se ainda mais após a experiência. Experiências confrontantes resultam, na totalidade, em esgotamento físico e mental do indivíduo. Com isso, os portadores de fobia social tendem a se esquivar e fugir cada vez mais de exposições sociais.
Nas relações conjugais observa-se que quando o tratamento é iniciado após o casamento, podem surgir conflitos conjugais. Isso acontece porque o cônjuge saudável estava acostumado à dominação e o fóbico à submissão. Quando o tratamento permite que a submissão se desfaça, surgem naturalmente os conflitos, que podem ser superados com a cooperação e compreensão do cônjuge saudável. Pode ser necessária a complementação do tratamento da fobia social com uma [[psicoterapia]] de casais para superar essa fase.
 
Porém, essa atitude aumenta cada vez mais a intensidade da fobia, pois o alívio experimentado após se livrar dessas situações acaba reforçando os comportamentos envolvidos no isolamento social. A melhor estratégia de enfrentamento direto das situações é aquela em que se confronta gradualmente as situações temidas, sempre partindo da situação que provoca menor desconforto para a de maior. Além das técnicas de enfrentamento, devem ser trabalhadas outras técnicas antes e depois de enfrentar as situações, e por isso o enfrentamento deve ser sempre orientado por um psicólogo adequado a esse tipo de problema.
== Enfrentamento ==
 
== Incapacitação ==
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A fobia social incapacita a pessoa para o estudo, trabalho e demais atividades sociais, privando o indivíduo de conquistas elementares na vida como amizades, relacionamentos amorosos, formação de uma família e crescimento profissional. Comumente, os portadores de fobia social abandonam a [[escola]] e os estudos. Os que conseguem trabalhar ou estudar, buscam profissões onde a exposição social é mínima ou em períodos noturnos. Com tanto esforço psicológico e sacrifício emocional de suportarem a sua própria exposição, com o tempo, eles mentalizam que não precisam das outras pessoas, e começam a evitar todas as situações sociais. Isolam-se de toda a sociedade, ganham uma personalidade muito depressiva e tornam-se desiludidos com a vida, com a culpa do seu ser ou culpando os outros (ou até mesmo os dois) na consciência.
Um dos grandes problemas da fobia social é que os fóbicos reconhecem que os seus [[medo]]s e ansiedades são exagerados e irracionais, têm consciência de que seus sentimentos são inadequados e não correspondem à realidade, mas são incapazes de lidar com a situação. Na fobia social, o consciente e o [[bom senso]] não são suficientes para superar a ansiedade, sendo esta patologia de caráter orgânico/cognitivo e fora do alcance de uma decisão racional do paciente.
 
== Diagnóstico ==
Essa intensa batalha mental traz um grande desgaste emocional para o fóbico. A situação é ainda mais agravada quando outras pessoas confrontam sua falta de atitude. Isso é observado na [[psicologia]] quando o fóbico é estimulado a enfrentar prontamente o problema, o que resulta na piora do estado mental, isolando-se ainda mais após a experiência. Experiências confrontantes resultam, na totalidade, em esgotamento físico e mental do indivíduo. Com isso, os portadores de fobia social tendem a se esquivar e fugir cada vez mais de exposições sociais.
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Porém, essa atitude aumenta cada vez mais a intensidade da fobia, pois o alívio experimentado após se livrar dessas situações acaba reforçando os comportamentos envolvidos no isolamento social. A melhor estratégia de enfrentamento direto das situações é aquela em que se confronta gradualmente as situações temidas, sempre partindo da situação que provoca menor desconforto para a de maior. Além das técnicas de enfrentamento, devem ser trabalhadas outras técnicas antes e depois de enfrentar as situações, e por isso o enfrentamento deve ser sempre orientado por um psicólogo adequado a esse tipo de problema.
 
== Incapacitação ==
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{{Aviso-médico}}
A fobia social incapacita a pessoa para o estudo, trabalho e demais atividades sociais, privando o indivíduo de conquistas elementares na vida como amizades, relacionamentos amorosos, formação de uma família e crescimento profissional. Comumente, os portadores de fobia social abandonam a [[escola]] e os estudos. Os que conseguem trabalhar ou estudar, buscam profissões onde a exposição social é mínima ou em períodos noturnos. Com tanto esforço psicológico e sacrifício emocional de suportarem a sua própria exposição, com o tempo, eles mentalizam que não precisam das outras pessoas, e começam a evitar todas as situações sociais. Isolam-se de toda a sociedade, ganham uma personalidade muito depressiva e tornam-se desiludidos com a vida, com a culpa do seu ser ou culpando os outros (ou até mesmo os dois) na consciência.
 
Não há exame capaz de detectar oa Fobia transtornoSocial. O diagnóstico é totalmente clínico (ansiedade antecipatória, os sintomas físicos, a esquiva e fuga, a baixa autoestima, etc) erealizado com base em métodos de avaliação por questionários e [[Anamnese (saúde)|anamese]] feitas por um psicólogo ou um psiquiatra. O diagnóstico da fobia social é relativamente simples de ser feito, e os próprios portadores, ao ler informações confiáveis sobre o transtorno, acabam percebendo que possuem o transtorno, e assim já buscam ajuda profissional.
 
Os critérios diagnósticos para Fobia Social estão listados sob o código F40.1<ref name=":0" /> na Classificação Internacional de Doenças da OMS, definidos como medo de ser exposto à observação atenta de outrem e que leva a evitar situações sociais. As fobias sociais graves se acompanham habitualmente de uma perda da auto-estima e de um medo de ser criticado. As fobias sociais podem se manifestar por rubor, tremor das mãos, náuseas ou desejo urgente de urinar, sendo que o paciente por vezes está convencido que uma ou outra destas manifestações secundárias constitui seu problema primário. Os sintomas podem evoluir para um ataque de pânico.
 
A suspeita do diagnóstico de Fobia Social geralmente é do próprio portador, ao ler informações confiáveis sobre o transtorno, acaba percebendo que possui o transtorno, mesmo assim existe uma barreira para busca de ajuda profissional, que pode levar mais de 10 anos<ref>{{citar web|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15032961|titulo=Delays in initial treatment contact after first onset of a mental disorder.|data=2004|acessodata=2016|obra=Health Serv Res|publicado=|ultimo=Wang|primeiro=PS}}</ref> desde o surgimento do primeiro sintoma.
 
== Tratamento ==
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}}. Por favor, <span class="plainlinks">[{{fullurl:{{FULLPAGENAME}}|action=edit}} adicione]</span> [[Wikipédia:Verificabilidade|referências]] e [[Wikipédia:Livro de estilo/Cite as fontes|insira-as corretamente]] no texto ou no [[Wikipédia:Livro de estilo/Notas de rodapé|rodapé]]. Conteúdo sem fontes poderá ser [[Wikipédia:Verificabilidade#Política de verificabilidade|removido]].<br />—<small>{{Encontre fontes}}</small><!--
 
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{{Aviso-médico}}
O tratamento da Fobia Social de primeira escolha é a psicoterapia, em especial a abordagem da [[terapia cognitivo-comportamental]] <ref name=":1">{{citar web|url=http://www.thelancet.com/journals/lanpsy/article/PIIS2215-0366(14)70329-3/abstract|titulo=Psychological and pharmacological interventions for social anxiety disorder in adults: a systematic review and network meta-analysis.|data=2014|acessodata=2016|obra=The Lancet|publicado=|ultimo=Mayo-Wilson|primeiro=Evan}}</ref>, segundo uma [[Metanálise|meta-análise]] publicada em 2014. Para os indivíduos que não se adaptam a terapia psicológica, farmacoterapia com medicamentos antidepressivos, especialmente da classe dos [[ISRS]] possuem maior evidência de benefício<ref name=":1" />. O uso de outros [[fármaco]]s, como os ansiolíticos [[Benzodiazepina|benzodiazepínicos]], [[buspirona]] e [[antidepressivos]] podem ser bons coadjuvantes da terapia, porém não devem ser utilizados isoladamente, pois apenas mascaram as reações desagradáveis do transtorno, tendo a recidiva da fobia quando são tirados. O sucesso do tratamento depende de muitos fatores, como a aceitação do paciente ao tratamento psicoterapêutico, a relação entre terapeuta e paciente, a aderência ao tratamento medicamentoso, a adaptação aos [[Efeito colateral|efeitos colaterais]], o ambiente social e familiar em que o paciente está inserido, entre outros.
=== TerapiaPsicoterapia ===
Dentro da Psicologia, as abordagens terapêuticas mais indicadas para o tratamento da fobia social são as [[terapia comportamental|terapias comportamentais]], a [[terapia cognitiva]] e a [[terapia cognitivo-comportamental]], pois são os modelos com a maior quantidade de estudos e comprovação científica<ref name="scielo.br">http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-73722006000200005&script=sci_arttext&tlng=es</ref><ref name="ReferenceA">http://www.scielo.br/pdf/rbp/v30s2/a07v30s2.pdf</ref><ref>http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol32/n4/231.html</ref><ref>'''[http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-73722006000200005&script=sci_arttext&tlng=es Terapia cognitivo-comportamental da fobia social: modelos e técnicas]. '''Gustavo J. Fonseca D'El Rey; Carla Alessandra Pacini. Psicol. estud.&nbsp;vol.11&nbsp;no.2&nbsp;Maringá&nbsp;May/Aug.&nbsp;2006</ref>. Outras abordagens terapêuticas, como, por exemplo, a [[psicanálise]], são menos indicadas. Dentro desta abordagem terapêutica, destaca-se uma vertente que se mostra bastante eficaz para o tratamento da fobia social, chamada [[terapia do esquema]], que tem como principal objetivo o chamado "enfraquecimento dos esquemas disfuncionais".<ref name="pepsic.bvsalud.org">http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1808-56872005000100002&script=sci_arttext</ref> Seguem alguns dos aspectos trabalhados na terapia cognitivo-comportamental, mais especificamente na ''terapia focada no esquema'':<ref name="scielo.br"/><ref name="ReferenceA"/><ref name="pepsic.bvsalud.org"/>
 
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* Orientar o paciente a manter em suas vidas tudo o que foi aprendido, pois os esquemas disfuncionais, depois de criados, jamais deixam de existir. Por isso a terapia de "enfraquecimento dos esquemas". Todas as técnicas utilizadas servem para enfraquecer ao máximo possível o esquema, fazendo ele agir de uma forma bastante branda. Isto significa que o fóbico ainda poderá experimentar reações desagradáveis perante determinadas situações sociais, principalmente àquelas que eram mais temidas, mas estas reações serão muito baixas e não o incapacitarão, como antes acontecia. Isso significa que a fobia social nunca acabará. Ter consciência disso é fundamental para o fóbico não se descuidar e consequentemente fortalecer novamente sua fobia. A reação natural do esquema é de se autofortalecer e por isso o fóbico tem que aprender a sempre lidar com ele utilizando-se do que aprendeu na terapia, pois caso haja descuido, ele pode novamente cair nos mecanismos de perpetuação do esquema e fortalecer o transtorno novamente através de um círculo vicioso.
 
=== Farmacoterapia ===
{{Carece de fontes/bloco|A terapia deve ser feita com um [[psicólogo]] [[Terapia cognitivo-comportamental|cognitivo-comportamental]]. Pode ser empregado também um tratamento medicamentoso orientado por um [[psiquiatra]] como auxiliar da terapia, mas é importante salientar que estes medicamentos não tratam a fobia, mas apenas mascaram as manifestações ansiosas decorrentes do transtorno e por isso nunca devem ser utilizados isoladamente ou como primeira escolha de tratamento.}}
Os medicamentos utilizados no tratamento da Fobia Social são geralmente prescritos por um [[Psiquiatria|psiquiatra]], após uma consulta médica para avaliação e diagnóstico.
 
Os medicamentos empregados na Fobia Social incluem:
* Inibidores selectivos da recaptação da serotonina ([[Inibidor seletivo de recaptação de serotonina|ISRS]]). Estes medicamentos são utilizados para tratar a depressão e ansiedade, mas muitas vezes são o primeiro tipo de medicamento utilizado para tratar o transtorno de ansiedade social.
* Inibidores da recaptação da serotonina-norepinefrina ([[Inibidor selectivo da recaptação da serotonina e da noradrenalina|ISRSN]]). Estes medicamentos são utilizados para tratar a depressão e ansiedade, mas eles são usados ​​para tratar o transtorno de ansiedade social também. Os ISRSN incluem Venlafaxina e Duloxetina.
* Inibidores da monoaminoxidase ([[Inibidor da monoamina oxidase|IMAO]]). Estes medicamentos são utilizados para tratar a depressão, mas eles são particularmente eficazes no tratamento da ansiedade social. No entanto, eles são raramente utilizados como a primeira linha de tratamento, porque quando você tomar MAOIs combinados com certos alimentos ou outros medicamentos, pode ocorrer efeitos colaterais perigosos. Entre estas drogas estão Tranylcypromine e Phenelzine.
* [[Benzodiazepina|Benzodiazepinicos]]. Estes medicamentos podem reduzir o seu nível de ansiedade. Embora eles sejam de ação rápida, podem ser sedativos e formadores de hábitos, de modo que são tipicamente prescritos apenas para uso de curto prazo. Benzodiazepinas não são recomendados para o tratamento a longo prazo do transtorno de ansiedade social. Exemplos de benzodiazepinicos incluem Clonazepam, Alprazolam, Diazepam e Bromazepam.
* Beta-Bloqueadores. Estes medicamentos funcionam bloqueando o efeito estimulante da [[adrenalina]]. Eles podem reduzir a freqüência cardíaca, pressão arterial e tremores de voz e tremores. Por causa disso, eles podem funcionar melhor quando ocasionalmente usado para controlar os sintomas de uma situação particular, como dar um discurso. Os beta-bloqueadores não são recomendados para tratamento a longo prazo do transtorno de ansiedade social. Atenolol e Propranolol são beta-bloqueadores.
 
=== Terapia Digital e abordagens baseadas em Internet ===
Existem diversos estudos demonstranda a eficácia de [[terapia digital]] no tratamento da Fobia Social e Ansiedade<ref>{{citar web|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24511246|titulo=Current perspectives on Internet-delivered cognitive behavioral therapy for adults with anxiety and related disorders.|data=2014|acessodata=2016|obra=|publicado=Psychol Res Behav Manag.|ultimo=Mewton|primeiro=L}}</ref>. Terapia Digital são abordadagens e cuidados de saúde realizadas de forma total ou significativa através de um smartphone, um computador ou qualquer dispositivo tecnológico, geralmente com acesso a Internet<ref>{{citar web|url=http://www.youper.co/effective-social-anxiety-treatment|titulo=EFFECTIVE SOCIAL ANXIETY TREATMENT: TOOLS AND RESOURCES.|data=2016|acessodata=2016|obra=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
Várias pesquisas também demonstraram que abordagens baseadas em Internet foram efetivas para melhorar [[timidez]] e reduzir sintomas de Fobia Social<ref>{{citar web|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19437505|titulo=Internet-based treatment for social phobia: a randomized controlled trial.|data=2009|acessodata=2016|obra=J Clin Psychol.|publicado=|ultimo=Berger|primeiro=T}}</ref>, com resultados superiores aos grupos controle (indivíduos que não utilizaram). Achados preliminares indicam que o uso da terapia digital via internet é tão eficaz<ref>{{citar web|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21323490|titulo=Effectiveness randomized controlled trial of face to face versus Internet cognitive behaviour therapy for social phobia.|data=2011|acessodata=2016|obra=Aust N Z J Psychiatry|publicado=|ultimo=Andrews|primeiro=G}}</ref> quanto psicoterapia individual ou em grupo para quadros de ansiedade e fobia social(4)(5)(6)(7)(8).
 
Uma grande vantagem da utilização da terapia digital e das abordagens via Internet é o custo reduzido associado ao fácil acesso, sempre disponível no celular ou no computador. Esse modelo também colabora para a autonomia do usuário que se sentirá mais confiante à medida que os resultados de melhora são consequências da sua dedicação pessoal.
 
== Ver também ==
* [[Timidez]]
* [[Isolamento social]]
* [[Transtorno da ansiedade|Transtornos de ansiedade]]