Revolução Iraniana: diferenças entre revisões
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A '''Revolução Iraniana''', ocorrida em [[1979]], transformou o [[Irã]] - até então comandado pelo [[Xá]] [[Mohammad Reza Pahlevi]] - de uma [[monarquia]] [[autocracia|autocrática]] pró-Ocidente, em uma [[república islâmica]] [[teocracia|teocrática]] sob o comando do [[aiatolá]] [[Ruhollah Khomeini]].
Para efeito de análise histórica, a [[Revolução]] Iraniana é dividida em duas fases:
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decidiu enfrentar os religiosos com violência, prendendo e matando manifestantes. Não se sabe quantos morreram nesta campanha: o regime de Pahlevi falou em 86 mortos; os religiosos afirmaram que foram milhares.
De
Enfrentando crescente oposição de líderes religiosos e de pequenos empresários, o regime do xá decidiu, em
As reformas do xá também ficaram conhecidas como a ''[[Revolução Branca (Irão)|Revolução Branca]]''. Também foi abolido o [[feudalismo|regime feudal]] (dividindo terras dos líderes religiosos, o que diminuiu suas rendas) e dado direito ao voto às mulheres (o que foi visto pelos líderes religiosos como um plano para "trazer as mulheres para as ruas").
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À medida que a [[classe média]] urbana se educava e se expunha aos valores ocidentais, parte dela passou a acusar o regime do xá como parte do problema. Além disso, após sua restauração em 1953, a posição do xá tornou-se particularmente perigosa. Isto em grande parte devido aos seus fortes laços com o Ocidente, a [[corrupção]] interna, as reformas impopulares e a natureza despótica de seu regime, especialmente a repressão da [[polícia política]], conhecida como [[Savak]].
No início da década de 1970 o preço do petróleo cresceu rapidamente, e o descontentamento com a corrupção, os gastos supérfluos e a violenta repressão aumentaram. A decadência interna foi bem ilustrada com a comemoração dos 2500 anos da fundação do [[Império Persa]], ocorrida em outubro de
À medida que a desigualdade crescia, os protestos por mudanças aumentavam. Até mesmo elementos pró-ocidentais no Irã se incomodaram com a crescente autocracia e a crescente repressão da polícia secreta. Muitos deixaram o país antes da revolução, enquanto outros começaram a se organizar. Ao mesmo tempo, um movimento populista passou a se organizar nas mesquitas, através de sermões que denunciavam a maldade do Ocidente e dos valores ocidentais. O choque entre uma crescente população jovem e um regime que não oferecia nem os avanços de um estado moderno, nem a estabilidade de uma sociedade tradicional, criaram as condições para uma revolução.
== Protestos e revolução ==
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Em
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Em [[1978]] uma série de protestos, iniciada com um ataque à figura de Khomeini na imprensa oficial do país, criou um ciclo ascendente de violência. Em 8 de setembro de [[1978]] ocorreu a [[sexta-feira negra]], um massacre perpetrado pelo exército que provocou cerca de 90 mortos. Este acontecimento foi o princípio do fim do regime do xá, até que, em [[12 de dezembro]] daquele ano, cerca de 2 milhões de pessoas inundaram as ruas de [[Teerã]] para protestar contra o xá. O [[exército]] começou a se desintegrar, à medida que os soldados se recusaram a atirar nos manifestantes e passaram a desertar. O xá concordou em introduzir uma constituição mais moderada, porém já era tarde para isto. A maioria da população já era leal a Khomeini e, quando ele pediu o fim completo da monarquia, o xá foi forçado a abandonar o país, a [[16 de janeiro]] de 1979. O xá, antes de se sair do Irã, nomeou para primeiro-ministro [[Shapour Bakhtiar]], mas este esteve no poder apenas 36 dias (suprimiu os jogos de cassino, a [[Savak]], mas faltava-lhe o apoio popular). [[Ruhollah Khomeini]] não queria colaboração com ele, porque o considerava como um traidor e um colaboracionista. Bakhtiar, vendo que era impossível ter qualquer peso político (os funcionários impediram a sua entrada no edifício governamental por ordem de Khomeini), saiu do país e refugiou-se em Paris.
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Khomeini retornou da [[França]] em [[1 de fevereiro]] convidado pela revolução antixá que prosseguia e rapidamente afastou os elementos mais moderados, criando uma república islâmica onde se tornou o líder supremo.
Muitos dos costumes ocidentais (vestuário ocidental, minissaia, [[maquiagem]]/[[maquilhagem]], música ocidental, jogo, cinema etc.) foram proibidos pelo novo regime que considerava que corrompiam a juventude [[Irão|iraniana]]. Foram reintroduzidos os castigos corporais para quem violasse os preceitos da [[
==Ver também==
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*[[História do Irão]]
*[[Crise de reféns no Irã]]
{{Guerra Fria}}
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