História do Ceará: diferenças entre revisões

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== Movimentos independentistas e Império ==
[[Imagem:Carta da capitania do Ceará 1818.jpg|thumb|Carta da Capitania do Ceará, Antônio José da Silva Paulet, 1818.]]
O [[século XIX]] também foi marcado por alguns movimentos revolucionários e conflitos. Em 1817, alguns cearenses, liderados pela família Alencar, apoiaram a [[Revolução Pernambucana]]. O movimento, no entanto, ficou restrito ao [[Cariri]] e, especialmente, à cidade do Crato, e foi rapidamente sufocado. Em 1824, já após a independência, os mesmos ideais republicanos e liberais apareceram num movimento mais amplo e organizado: a [[Confederação do Equador]]. Aderindo aos revoltosos pernambucanos, várias cidades cearenses, como [[Crato (Ceará)|Crato]], [[Icó]] e [[Quixeramobim]], demonstraram sua insatisfação com o governo imperial. Após choques com o governo provisório controlado pelo Imperador [[Dom Pedro I]], foi estabelecida a '''República do Ceará''' em 26 de agosto de 1824, tendo Tristão Alencar como presidente do Conselho que governaria a província. A forte repressão das forças imperiais, no entanto, derrotaram rapidamente o movimento rebelde devido a diversos motivos: a superioridade militar das tropas do governo imperial; a pouca participação popular; as principais lideranças terem sido presas ou mortas.
 
Outro conflito que se destacou na história cearense foi a '''Sedição de Pinto Madeira''', um violento conflito entre a vila do Crato, liderada por liberais republicanos (com maior destaque para a família Alencar), e a de [[Jardim (Ceará)|Jardim]], praticamente dominada por Pinto Madeira, de caráter absolutista e autoritário. As duas elites locais disputavam pelo controle político do Cariri cearense. Por fim, os cratenses contrataram o mercenário francês Pierre Labatut e, reagindo com um exército formado por sertanejos humildes, renderam os jardinenses. Pinto Madeira foi julgado sumariamente no Crato, após ser considerado culpado pela morte do liberal José Pinto Cidade.
 
Também no século XIX, o Ceará sofreu um verdadeiro boom econômico durante o período da [[Guerra de Secessão]] (1861-1865) nos EUA, que, afetando a [[cotonicultura]] norte-americana, abriu o mercado mundial para o algodão cearense. Foi nesse período que [[Fortaleza]] desbancou [[Aracati]] do posto de cidade principal do Ceará: o algodão substituía o charque em importância econômica. Porém, a '''Grande Seca'''(1877/78/79), interfere na agricultura do algodão, Fortaleza foi invadido pelas vítimas da estiagem, uma grande parte da população cearense emigra para a [[Amazônia]] e assim contribui no boom do primeiro [[Ciclo da Borracha]]. E a partir desta seca o Ceará passa a ser fator de atenção dentro da política nacional.