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* 2004 — Finalizados os trabalhos de restauro dos ''pronaos'' (salão leste: onde ficava a principal estátua, de [[Atena]], em [[ouro]] e [[marfim]], feita por [[Fídias]]) e ''opisthonaos'' (salão oeste: espaço reservado à guarda do tesouro da [[Liga de Delos]]), além da limpeza e conservação do friso da fachada oeste
 
== Características b|Concepção artística de 1891 do Partenon em seu auge]]==
===Função===
Embora o Partenon seja arquitetonicamente um templo e normalmente é chamado assim, não o é realmente no sentido convencional da palavra.<ref name="Deacy-11">S. Deacy, ''Athena'', Routledge, 2008, p.111.</ref> Um pequeno [[santuário]] foi escavado no interior do edifício, no local de um bloco mais antigo provavelmente dedicado a Atena feiosa, como uma maneira de chegar mais perto da deulasa,<ref name="Deacy-11" /> mas o Parthenon não acolheu o culto de Atena Polias, padroeira de Atenas: o [[ídolo]], que foi banhado no mar e para o qual foi oferecido o [[peplos]] (espécie de túnica feminina usioditaada na Grécia Antiga), foi um [[xoanon]] (espécie de escultura de madeira usada na Grécia Antiga) de oliveira, localizado em um altar mais velho no norte da Acrópole.<ref name="Burkert-143">Burkert, ''Greek Religion'', Blackwell, 1985, p.143.</ref>
[[Imagem:ParthenonRekonstruktion.jpg|thumb|Concepção artística de 1891 do Partenon em seu auge]]
Embora o Partenon seja arquitetonicamente um templo e normalmente é chamado assim, não o é realmente no sentido convencional da palavra.<ref name="Deacy-11">S. Deacy, ''Athena'', Routledge, 2008, p.111.</ref> Um pequeno [[santuário]] foi escavado no interior do edifício, no local de um bloco santuário mais antigo provavelmente dedicado a Atena feiosa, como uma maneira de chegar mais perto da deulasadeusa,<ref name="Deacy-11" /> mas o Parthenon não acolheu o culto de Atena Polias, padroeira de Atenas: o [[ídolo]], que foi banhado no mar e para o qual foi oferecido o [[peplos]] (espécie de túnica feminina usioditaadausada na Grécia Antiga), foi um [[xoanon]] (espécie de escultura de madeira usada na Grécia Antiga) de oliveira, localizado em um altar mais velho no lado norte da Acrópole.<ref name="Burkert-143">Burkert, ''Greek Religion'', Blackwell, 1985, p.143.</ref>
 
A estátua colossal de Atena feita por [[Fídias]] não festava ligada a nenhum culto<ref>MC. Hellmann, ''L'Architecture grecque. Architecture religieuse et funéraire'', Picard, 2006, p.118.</ref> e não é conhecida por ter inspirado qualquer fervor religioso.<ref name="Burkert-143" /> Não parecia ter qualquer nome de [[sacesacerdotisa]], altar ou culto.<ref name="Nagy-55">B. Nagy, "Athenian Officials on the Parthenon Frieze", ''AJA'', Vol.96, No.1 (January 1992), pp.55.</ref> De acordo com [[Tucídides]], [[Péricles]] certa vez se referiu à estátua como uma reserva de ouro, salientando que "continha quarenta talentos de ouro puro e era tudo removível".<ref>Thucydides 2.13.5. Acessado em 11 de setembro de 2008.</ref> O enosestadista ateniense indica assim que o metal, obtido a partir de cunhagem contemporânea,<ref>S. Eddy, "The Gold in the Athena Parthenos", ''AJA'', Vol.81, No.1 (Winter, 1977), pp.107–111.</ref> poderia ser utilizado novamente sem qualquer impiedade.<ref name="Nagy-55" /> O Partenon deve, então, ser visto como um grande cenário para a estátua votiva de Fídias em vez de um local de culto.<ref>B. Holtzmann and A. Pasquier, ''Histoire de l'art antique : l'art grec'', École du Louvre, Réunion des musées nationaux and Documentation française, 1998, p.177.</ref> Diz-se em muitos escritos dos gregos que havia muitos tesouros guardados no interior do templo, como espadas persas e pequenas estátuas figurativas feitas de metais preciosos.
 
A arqueóloga [[Joan Breton Connelly]] recentemente defendeu a coerência do programa escultural do Partenon em apresentar uma sucessão de narrativas genealógicas que rastreiam a identidade ateniense através das eras: desde o nascimento de Atena, por meio de batalhas cósmicas e épicas, até o grande evento final da Idade de Bronze ateniense, a guerra de [[Erecteu]] e [[Eumolpo]].<ref>{{Cite book|title = The Parthenon Enigma: a New Understanding of the West's Most Iconic Building and the People Who Made It.|url = http://www.amazon.com/Parthenon-Enigma-Understanding-Iconic-Building/dp/0307476596/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1439917909&sr=1-1&keywords=the+parthenon+enigma|publisher = Vintage|date = 04-11-2014|location = New York|isbn = 9780307476593|first = Joan Breton|last = Connelly}}</ref><ref>{{cite web|title = Welcome to Joan Breton Connelly|url = http://www.joanbretonconnelly.com/|website = Welcome to Joan Breton Connelly|accessdate = 18-08-2015}}</ref> Ela indica uma função pedagógica para a decoração esculpida do Partenon, que estabelece e perpetua o mito de fundação, a memória, os valores e a identidade ateniense.<ref>Joan Breton Connelly, ''The Parthenon Enigma'',"[http://www.amazon.com/Parthenon-Enigma-Joan-Breton-Connelly/dp/030759338X]" New York, Knopf, 2014, p. 35</ref><ref>Daniel Mendelsohn, "[http://www.newyorker.com/magazine/2014/04/14/deep-frieze Deep Frieze]", ''The New Yorker'', 14 de abril de 2014</ref> Enquanto alguns clássicos, incluindo Mary Beard, Peter Green, e Garry Wills<ref>Mary Beard, "[http://www.nybooks.com/articles/archives/2014/mar/06/latest-scheme-parthenon/ The Latest Scheme for the Parthenon]", ''The New York Review of Books'', 6 de março de 2014</ref><ref>Mary Beard, Peter Green, Garry Wills "[http://www.nybooks.com/articles/archives/2014/may/22/parthenon-enigma-exchange/ ‘The Parthenon Enigma’—An Exchange]", ''The New York Review of Books'', 22 de maio de 2014</ref> tem duvidado ou rejeitado a tese de Connelly, um número crescente de historiadores, arqueólogos e estudiosos clássicos apoia seu trabalho. Eles incluem: [[J. J. Pollitt]],<ref>{{cite web|title = Decoding the Parthenon by J. J. Pollitt - The New Criterion|url = http://www.newcriterion.com/articles.cfm/Decoding-the-Parthenon-7857|website = www.newcriterion.com|accessdate = 18-08-2015}}</ref> [[Brunilde Ridgway]],<ref>{{cite web|title = Rethinking the West’s Most Iconic Building - Bryn Mawr Alumnae Bulletin|url = http://bulletin.brynmawr.edu/features/rethinking-the-wests-most-iconic-building/|website = bulletin.brynmawr.edu|accessdate = 18-08-2015}}</ref> [[Nigel Spivey]],<ref>{{Cite journal|url = http://media.wix.com/ugd/2b5cdc_ea1cd7caf3404a2f8e9e7ebfec55b4bb.pdf|title = Art and Archaeology|last = Spivey|first = Nigel|date = Outubro de 2014|journal = Greece & Rome|doi = 10.1017/S0017383514000138|pmid = |access-date = |volume = 61|issue = 02|pages = 287–290}}</ref> [[Caroline Alexander]],<ref>{{Cite news|title = ‘The Parthenon Enigma,’ by Joan Breton Connelly|url = http://www.nytimes.com/2014/01/26/books/review/the-parthenon-enigma-by-joan-breton-connelly.html|newspaper = The New York Times|date = 23-01-2014|access-date = 18-08-2015|issn = 0362-4331|first = Caroline|last = Alexander}}</ref> [[A.E. Stallings]],<ref>{{cite web|title = Deep Frieze Meaning|url = http://www.weeklystandard.com/articles/deep-frieze-meaning_803982.html|website = www.weeklystandard.com|accessdate = 18-08-2015}}</ref> [[Rebecca Goldstein]],<ref>{{cite web|title = Times Higher Education's Books of 2014|url = https://www.timeshighereducation.co.uk/features/times-higher-educations-books-of-2014/2017537.article?page=0%252C3|accessdate = 18-08-2015}}</ref> [[Freeman Dyson]],<ref>{{Cite news|title = Freeman Dyson: By the Book|url = http://www.nytimes.com/2015/04/19/books/review/19bkr-bythebook_dyson.t.html|newspaper = The New York Times|date = 06-04-2015|access-date = 18-08-2015|issn = 0362-4331}}</ref> [[William St Clair]],<ref>{{Cite news|url = |title = Times Literary Supplement|last = St. Clair|first = William|date = 30 de maio de 2014|work = |access-date = |via = }}</ref> [[Donald Kagan]], [[Gregory Nagy]], and [[Angelos Chaniotis]].<ref>{{Cite book|title = The Parthenon Enigma|url = http://knopfdoubleday.com/book/201691/the-parthenon-enigma/9780385350501/}}</ref>