Theatro Municipal do Rio de Janeiro: diferenças entre revisões

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O '''Teatro Municipal do Rio de Janeiro'''<ref>Como sinal de tradição, a prefeitura prefere manter a grafia original, ''theatro'' com "th" como em sua fachada.</ref> localiza-se na [[Cinelândia]] (Praça Marechal Floriano), no centro da [[cidade]] do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] ([[Rio de Janeiro|RJ]]), no [[Brasil]].
 
Inaugurado em 1909, como parte do conjunto arquitetônico das Obras de Reurbanização da Cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] ([[Rio de Janeiro|RJ]]), e abertura da Avenida Central, durante a prefeitura de Pereira Passos, exerce desde sua inauguração um importante papel para a cultura carioca e nacional, recebendo em seu palco importantes artistas, orquestras e companhias de Balet.
 
Apesar do nome, o teatro não pertence ao município, mas está vinculado ao estado do [[Rio de Janeiro]]. <ref>{{citar web |url=http://www.cultura.rj.gov.br/espaco/theatro-municipal-do-rio-de-janeiro |titulo=Theatro Municipal do Rio de Janeiro >> Apresentação |publicado=Cultura.rj |acessodata=5 de julho de 2016 }}</ref>
 
É dirigido pela Fundação Teatro Municipal, que tem [[Carla Camurati]] como presidente. Em 4 de janeiro de 2013, foi anunciada a troca na direção artística: o [[maestro]] [[Silvio Viegas]] deixa o cargo, que acumulava com a regência da Orquestra do Teatro Municipal (OTM), e assume o maestro [[Isaac Karabtchevsky]]. A regência da OTM se mantém com o maestro Viegas.<ref>{{Citar web|url=http://oglobo.globo.com/cultura/isaac-karabtchevsky-o-novo-diretor-artistico-do-teatro-municipal-do-rio-7198118|título=Isaac Karabtchevsky é o novo diretor artístico do Teatro Municipal do Rio|publicado=[[O Globo]]|primeiro=Catharina|último=WREDE|data=4 de janeiro de 2013|língua2=pt|acessodata=5 de janeiro de 2013}}</ref>
 
== História ==
[[Imagem:Teatro municipal rio 1905.jpg|thumb|esquerda|250px|Teatro Municipal do Rio de Janeiro: cartão postal (c. 1909).]]
A atividade teatral era, na segunda metade do [[século XIX]], muito intensa na cidade do Rio de Janeiro. Ainda assim, a cidade não dispunha de uma sala de espetáculos que correspondesse plenamente a essa atividade e que estivesse à altura da então capital do país. Os seus dois teatros, o de São Pedro e o Lírico, eram criticados pelas suas instalações, quer pelo público, quer pelas companhias que neles atuavam.
 
[[Ficheiro:Theatro municipal rj construcao.jpg|250px|miniaturadaimagem|esquerda|O teatro em construção, 1906]]
 
Após a [[Proclamação da República brasileira]] ([[1889]]), em [[1894]] o autor teatral [[Arthur Azevedo]] lançou uma campanha para que um novo teatro fosse construído para ser sede de uma companhia municipal, a ser criada nos moldes da [[Comédie-Française]].<ref name="theatro">{{citar web |url=http://www.theatromunicipal.rj.gov.br/historia.html |publicado=Theatromunicipal.rj.gov.br |obra= |autor= |título=Governo do Estado do Rio de Janeiro: Theatro Municipal do Rio de Janeiro |data= |acessodata= }}</ref> Entretanto, naqueles agitados dias, a campanha resultou apenas em uma lei municipal, que determinou a construção do teatro municipal. Essa lei não foi cumprida, apesar da cobrança de uma taxa para financiar a obra. Observe-se que a arrecadação desse novo tributo nunca foi utilizada para a construção do teatro.
 
Seria necessário esperar até à alvorada do [[século XX]] quando a sua construção viria a representar um dos símbolos do projeto [[República Velha|republicano]] para a então capital do Brasil. À época, o então prefeito [[Pereira Passos]] promoveu uma grande modernização do centro da cidade, abrindo-se, a partir de 1903, a [[Avenida Central]] (hoje avenida Rio Branco) moldada à imagem dos boulevards[[boulevard]]s parisienses[[paris]]ienses e ladeada por magníficos exemplares de [[arquitetura eclética]].
 
Nesse contexto, realizou-se um concurso para a construção de um novo teatro, do qual saiu vitorioso o projeto de Francisco de Oliveira Passos (filho do então prefeito [[Francisco Pereira Passos]]), que contou com a colaboração do [[França|francês]] Albert Guilbert, com um desenho inspirado na [[Ópera Garnier|Ópera de Paris]], de [[Charles Garnier]]. <ref name="pancolecionismo">{{citar web |url=http://www.pancolecionismo.com/text/131408.html |publicado=Pancolecionismo.com |título=PanColecionismo Temático }}</ref>
 
O edifício foi iniciado em [[1905]] sobre um alicerce de mil e seiscentas estacas de [[madeira (material)|madeira]] fincadas no [[lençol freático. Para decorar o edifício, foram chamados os mais importantes pintores e escultores da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli. Também foram recrutados artesãos europeus para executar vitrais e mosaicos]].
<ref name="pancolecionismo"/> Para decorar o edifício, foram chamados os mais importantes pintores e escultores da época, como [[Eliseu Visconti]], [[Rodolfo Amoedo]] e os irmãos Bernardelli. <ref>{{citar web |url=http://www.eliseuvisconti.com.br/teatro_primeiroato.htm |publicado=Projeto Eliseu Visconti |titulo=Primeiro Ato |acessodata=5 de julho de 2016}}</ref> Também foram recrutados artesãos europeus para executar [[vitrais]] e [[mosaico]]s.
 
Finalmente, quatro anos e meio mais tarde – um tempo recorde para a obra, que teve o revezamento de 280 operários em dois turnos de trabalho – no dia [[14 de julho]] de [[1909]] foi inaugurado pelo então presidente da República, [[Nilo Peçanha]], o Teatro Municipal do Rio de Janeiro. [[Serzedelo Correia]] era o então prefeito da cidade.<ref name="theatro" />
 
Originalmente com capacidade para 1.739 espectadores, em [[1934]], com a constatação de que o teatro estava pequeno para o tamanho crescente da população da cidade, a capacidade da sala foi aumentada para 2.205 lugares. A obra, apesar de sua complexidade, foi realizada em apenas três meses, também tempo recorde para a época. Posteriormente, com algumas modificações, chegou-se ao número atual de 2.361 lugares.
 
Em [[1975]], a [[19 de outubro]], o teatro foi fechado para obras de [[restauração]] e modernização de suas instalações e reaberto em [[15 de março]] de [[1978]]. No mesmo ano foi criada a Central Técnica de Produção, responsável por toda a execução dos espetáculos da casa.
 
Em [[1996]] iniciou-se a construção do edifício anexo, visando desafogar o teatro dos ensaios para os espetáculos[[espetáculo]]s, que, com a atividade intensa da programação durante todo o ano, ficou pequeno para eles e, também, para abrigar condignamente os corpos artísticos. Com a inauguração do anexo, o coro, o balé e a orquestra ganharam novas salas de ensaio e espaço para as suas práticas artísticas.
 
[[Imagem:Interior do Theatro Municipal.jpg|thumb|250px|direita|Teatro Municipal do Rio de Janeiro: aspecto interno.]]
Em seus primórdios, apresentavam-se no teatro apenas companhias e orquestras estrangeiras - especialmente as [[Itália|italianas]] e francesas - até que, em [[1931]], foi criada a [[Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro]]. Entre as personalidades ilustres que nele se apresentaram destacam-se os nomes de [[Maria Callas]], [[Renata Tebaldi]], [[Arturo Toscanini]], [[Sarah Bernhardt]], [[Bidu Sayão]], [[Eliane Coelho]], [[Heitor Villa-Lobos]], [[Igor Stravinsky]], [[Paul Hindemith]], [[Alexander Brailowsky]] entre outras. Hoje a casa abriga o [[Coro]], [[Balé]] e a [[Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal]] e são apresentados, majoritariamente, programas de [[dança]] e de [[música erudita]].
 
No dia 20 de março de 2011, o presidente americano Barack Obama, numa visita com fins de buscar novos tratados comerciais com o Brasil, falou ao povo brasileiro do palco do Theatro Municipal, onde reconheceu o Brasil como uma das maiores democracias do mundo contemporâneo, uma democracia que inspira a outras em dimensão intercontinental.