Pax Romana: diferenças entre revisões

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De fato, a aventura conquistadora dos Romanos nasce com o fim das [[Guerras Púnicas]] ([[264 a.C.]]-[[146 a.C.]]), eliminado que estava o maior inimigo e potencial entrave para o domínio romano em torno do [[mar Mediterrâneo]]. As conquistas sucedem-se, da [[península Ibérica]] à [[Anatólia]]. Entre [[58 a.C.]] e [[51 a.C.]], a [[Gália]] é submetida por [[Júlio César]], que submete também a [[Germânia]] [[Renânia|renana]].
 
À data da morte de Júlio César([[44 a.C.]]), Roma domina quase toda a bacia mediterrânica, que foi completamente conquistada até ao [[século II|século II d.C.]], o mesmo acontecendo à [[província romana]] da [[Britânia (província romana)|Britânia]] (actualatual [[Inglaterra]]), no tempo de [[Cláudio]], em [[71]], e às regiões [[Rio Danúbio|danubianas]] - [[Récia]], [[Panónia]], [[Dácia]], [[Nórica]], e principalmente na época de [[Trajano]], que chega mesmo à [[Mesopotâmia]]. Assim, Roma passa a dominar um vasto império, desde a fronteira da actualatual [[Escócia]] até ao [[Médio Oriente]] e do [[Danúbio]] ao [[Egipto|Egito]] e a [[Marrocos]].
 
Os povos, línguas e costumes eram díspares, as tensões, focos de revolta e ameaças germânicas no limes eram frequentes. Tornava-se necessário, para além de [[Romanização|romanizar]], estabelecer e manter condições de tranquilidade e paz, para além de segurança e ordem pública. Para isso, o Império servir-se-ia do seu exército, cada vez mais profissional e formado a partir de recrutamentos um pouco por todo o território, regido por códigos e normas extremamente rígidos e dotado de uma organização, armamento e disciplina táctica nunca antes vistos, resultantes das influências dos povos submetidos (como os [[Macedónia (história)|Macedónios]], [[Cartago|Cartagineses]] e [[Gregos]]).
 
A instituição militar vê-se assim orientada para vários objectivosobjetivos: para além da defesa fronteiriça - 9000 quilómetrosquilômetros de limes - contra incursões e pilhagens dos bárbaros, da fortificação de pontos estratégicos, construção de estradas e segurança pessoal das mais altas magistraturas imperiais, a manutenção da paz e da estabilidade no mundo romano cabiam-lhe como tarefa primordial e de grande importância em termos civilizacionais.
 
Para além de transmitir elementos da cultura, religião e [[latim|língua latina]] às regiões onde se fixavam as guarnições militares, bem como a criação de condições favoráveis para o desenvolvimento das economias locais, a sua presença impunha o respeito e a aceitação incondicional da soberania de Roma: a paz romana. Era uma paz armada e atingível apenas com a presença das [[Legião romana|legiões]]. Todavia, essa era a única forma de assegurar uma harmonia mínima e a articulação entre o poder imperial e as vastas regiões a governar, servindo de instrumento de apoio à execução de medidas de carácter administrativo, fiscal e judicial. O apoio e estímulo à colonização latina do império deve-se também, em grande parte, à presença militar romana, procurando construir-se as quintas, ''villae'' ou povoações junto aos aquartelamentos ou próximo de vias militares. As legiões eram assim a garantia de uma conjuntura necessária para o desenvolvimento material e a difusão da civilização romana.