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O '''Bixiga''' é entendido como um dos mais tradicionais [[bairro]]s da [[São Paulo (cidade)|cidade de São Paulo]], embora na [[Subdivisões da cidade de São Paulo|divisão administrativa]] da cidade ele não exista oficialmente como tal. Corresponde aproximadamente à região localizada entre as ruas [[Major Diogo]], [[Avenida Nove de Julho]], [[Rua Sílvia]] e [[Avenida Brigadeiro Luís Antônio]], no distrito da [[Bela Vista (distrito de São Paulo)|Bela Vista]], embora sua delimitação possa ser motivo de polêmica dependendo da fonte.
 
Formado por negros descendentes dos quilombolas que habitavam o lugar, além de migrantesimigrantes italianos que chegaram no Brasil entre os fins do século XIX e início do XX, ganhou importância histórica e turística na capital paulista. As tradições do samba com a presença da escola de samba Vai-Vai faz lembrar da cultura negra,A tradição e a religiosidade italianas, que são fortemente mantidas e as inúmeras cantinas existentes no bairro são grandes atrativos turísticos. No bairro situa-se a sede da escola de samba [[Vai-Vai]], que até 2006 realizava ensaios pelas ruas do bairro.
 
== História ==
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No começo do século XX, o bairro iniciou com seu status de reduto da boemia paulista ao receber diversos teatros (como o [[Teatro Oficina|Oficina]], [[Teatro Maria Della Costa|Maria della Costa]] e [[Teatro Sérgio Cardoso|Sérgio Cardoso]]) e os amantes do samba, que tiveram como ícone local, [[Adoniran Barbosa]].<ref>{{citar web|url = http://acervo.estadao.com.br/noticias/lugares,bixiga,7414,0.htm|título = Bixiga - Estadão|data = }}</ref>
 
Antigo quilombo, os primeiros habitantes do bairro foram os negros ainda na época da escravidão, pois na época era uma área ainda isolado do centro, cercada pelo rio Saracura, o que protegia os negros de uma eventual invasão. Posteriormente, o bairro foi habitado também por italianos, fazendo com que na atualidade seja um bairro negro/italiano, pois ao mesmo tempo que tem festividades que lembram a cultura italiana, também há a presença de uma das principais escolas de samba de São Paulo, além da maior campeã dos carnavais: a Vai-Vai.
 
== Pontos históricos ==
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[[Ficheiro:Vila Itororo.jpg|180px|left|thumb|[[Vila Itororó]].]]
Uma das construções mais extravagantes da cidade, a [[Vila Itororó]], na Rua Martiniano de Carvalho, é um símbolo do Bixiga imigrante. Construída pelo tecelão português [[Francisco de Castro]] em 1922, ficou conhecida, já na época, como Casa Surrealista. Seu proprietário, além de trabalhar com tecidos, tinha conhecimentos nas áreas de engenharia e arquitetura, e os utilizou de forma inédita na construção do exótico casarão de quatro andares e 37 casas ao redor, ocupando uma área de 4,5 mil metros quadrados, que constituíram a primeira vila de São Paulo. Alguns de seus ornamentos construtivos vieram do teatro São José, e a Vila Itororó foi a primeira residência particular da cidade a ter uma piscina, aproveitando a nascente do riacho do Vale do Itororó, que dá nome ao local. Mais tarde, a Vila Itororó foi leiloada para cobrir dívidas do tecelão e acabou arrematada pela Santa Casa de Indaiatuba, que a alugou para outras pessoas. Apesar de tombado pelo conselho municipal de patrimônio histórico, a Vila Itororó já foi um dos vários cortiços deteriorados do Bixiga. Após desocupação abriga provisoriamente o conselho tutelar. A intenção da Prefeitura é transformá-la em um polo cultural.
 
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[[Ficheiro:Escadaria do Bixiga 01.JPG|180px|right|thumb|Escadaria do Bixiga.]]
; Escadaria do Bixiga
Ao lado da Praça Dom Orione, fica a escadaria que une a parte baixa do bairro à alta, na Rua dos Ingleses, dando acesso por um lado ao [[Museu dos Óculos]], [[Museu Memória do Bixiga]] e [[Teatro Ruth Escobar]], e do outro às famosas cantinas italianas e feira de antiguidades. A escadaria já foi palco de muitos filmes e peças publicitárias.
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=== Cultura ===
[[Ficheiro:Vai vai 2008.jpg|miniaturadaimagem|Vai-Vai]]
Escola de Samba Vai-Vai
 
O sotaque [[Língua italiana|italianizado]] é uma das características históricas e culturais do bairro, que foi explorado nas músicas de [[Adoniran Barbosa]].<ref name="memória" />