Realismo político: diferenças entre revisões

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Conforme a [[Ciência Política]], assim como nas [[Relações Internacionais]]. o '''realismo''', também conhecido como '''realismo político''', abrange diversas teorias que compartilham a ideia de que [[Estado]]s são primordialmente motivados pelo desejo de [[poder]] e [[segurança]], tanto militar quanto [[econômico]], em vez de se preocuparem com ideais ou com a [[ética]]. O realismo se contrapõe ao [[idealismo (relações internacionais)|idealismo]]. A teoria tem sido especialmente utilizada na academia norteamericana, mas existem também importantes exponentes na Europa e na América Latina.<ref>{{Citar web|url=https://www.academia.edu/25642636/Peripheral_Realism_Revisited|titulo=Peripheral Realism Revisited|acessodata=2016-08-15}}</ref>
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== História ==
[[Tucídides]] (a.C.) escreveu “História da Guerra de Peloponeso” que relata a guerra entre [[Esparta]] (regime autoritário) e [[Atenas]] (democracia directa). Esta guerra durou 30 anos e ambas cidades-estado ficaram destruídas. As Relações Internacionais questionam quais as causas da guerra: duas potências mais ou menos equilibradas que desconfiam uma da outra. Atenas queria expandir o seu domínio, pois era imperialista. Conclui que não há forma de se evitar a guerra porque os Estados estão em Estado de Natureza.
 
[[Maquiavel]] (século XV) escreve “O Príncipe”, 25 ensaios em forma de carta, onde conclui-se que os “fins justificam os meios” e, por isso, é preciso utilizar a força quando necessário.
 
[[Thomas Hobbes]] diz que os Estados entre si vivem num Estado de Natureza pois lutam para realizarem os seus objetivos (interesses) nacionais. Defende que o Homem está dividido entre desejo e Razão. Dificilmente controlado, o Homem é dominado pelo desejo e a Razão ajuda a controlar esse desejo. O Estado de Natureza pode ser controlado por “Leviatã” (nome do seu livro mais famoso) que é a autoridade. No interior do Estado há uma autoridade que mantém as relações pacíficas entre as pessoas. Segundo Hobbes, nas Relações Internacionais não há “Leviatã”, não há autoridade acima dos Estados.
 
[[Carl von Clausewitz]], general alemão do início do século XIX, escreve “Sobre a Guerra” onde refere que “A guerra é a continuação da política por outros meios”. Escreve que há aqueles que mandam e aqueles que obedecem e que a guerra é um meio para se conseguir obediência, tentativa de se estabelecer essa relação de poder, mas por meio da violência generalizada. “A guerra é um acto Humano”.
 
[[Reinhold Niebuhr]], um padre [[protestante]], escreve “Homem moral e sociedade imoral”, ainda antes da II Guerra Mundial. Tenta-se que a sociedade seja organizada segundo valores morais. Escreve também “Ironia da história Norte-americana” onde diz que a verdadeira razão para a [[política externa]] americana são os interesses dos EUA.
 
[[Nicholas John Spykman]], de certa forma o pai da [[OTAN]], é autor do livro “Estratégia Norte-americana na Política Internacional”, de 1942, onde se pode ler que a luta entre Estados é mais ao nível do espaço (território, petróleo, …) para se tornarem mais fortes.
 
[[Hans Morgenthau]], um dos principais teóricos, fundou uma escola sobre política internacional chamada “Power Politics” que é posteriormente seguida por vários políticos norte americanos. Afirma que conquistar é exercer poder. Os Estados lutam pelo interesse nacional ligado aos três elementos centrais do Estado: território, população e governo. Assim, preservar a integridade territorial e assegurar o bem-estar da população são os objectivos principais dos Estados. Morgenthau disse que há uma constante competição pelo poder entre Estados para garantir a segurança e manutenção do território. Assim, os Estados vivem em Estado de Natureza. A confiança entre Estados traduz-se numa cooperação prolongada, uma interrupção da guerra que pode durar mais ou menos tempo. Deve-se procurar o equilíbrio entre os Estados. Após o desaparecimento da [[URSS]], os EUA tornaram-se na única super potência mundial.
 
[[Raymond Aron]], francês intelectual, autor de “Paz e guerra entre Nações”, parte do mesmo pressuposto de todos os realistas. O seu pensamento tem dois elementos distintos mais importantes:
 
* ''Não há lei no mundo que regule as Relações Internacionais'', mas há muitas convenções (no entanto, nenhuma delas tem a força de uma lei no interior dos Estados. Existe um Tribunal Internacional que faz parte da ONU que funciona como uma comissão de arbitragem e não como um tribunal. Os Estados que o fundaram não lhe conferiram o poder de um tribunal. Este apenas ouve ambas as partes e dá o seu parecer (opina sobre os conflitos entre Estados). Sendo assim, Raymond Aron diz que não há leis internacionais. A Carta das Nações Unidas é uma espécie de Constituição Mundial que defende que é proibida a utilização de força entre os Estados. A ONU pode utilizar a força de um Estado atacar o outro [ reformular sentença ] (ex. de Saddam Hussein quando atacou o Kwait). Este pressuposto já foi violado inúmeras vezes e a ONU não pôde fazer nada. O Tribunal de Justiça da UE só julga Estados do território da UE. Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, organismo onde cidadãos de países membros da UE se podem queixar (no Tribunal Internacional só os Estados se podem queixar e não os cidadãos individualmente)
 
* ''Livre recurso à força'': só o Conselho de Segurança pode dizer se há agressão ou não. Em [[Portugal]], quem decide se há guerra é o Presidente Da República, chefe das forças armadas. A GNR é comandada pelo Primeiro-ministro.
 
==Ligações externas==
* PECEQUILO, Cristina Soreanu ''[http://funag.gov.br/loja/download/1004-Manual_do_Candidato_-_PolItica_Internacional.pdf Manual de Política Internacional]''. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2009. ISBN: 978-85-7631-181-2