Califado Omíada: diferenças entre revisões

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De acordo com uma visão comum, os omíadas transformaram o califado de uma instituição religiosa (durante o ''rashidun'') para uma dinastia única.<ref name=Previte-Orton236>{{harvnb|Previté-Orton|1971|pp=236}}</ref> No entanto, os califas Omíada não parecem ter-se entendido como representantes do Deus na terra, e de ter sido o responsável pela "definição e elaboração das ordenanças de Deus, ou, em outras palavras, a definição ou elaboração da [[Charia|lei islâmica]]".<ref>{{harvnb|Crone & Hinds|1986|pp=43}}</ref>
 
Os omíadas reuniram-se com uma recepção em grande parte negativa dos historiadores islâmicos posteriores, que os acusou de promover a realeza (''mulk'', um termo com conotações de tirania), em vez de um verdadeiro califado (''khilafa'').<ref>{{harvnb|Hawting|2002|p=43}}</ref> A este respeito, é de notar que os califas omíadas refere a si mesmos, não como ''khalifat rasul Allah'' ("sucessor do mensageiro de Deus", o título preferido por tradição), mas sim como ''khalifat Allah'' ("vice de Deus"). A distinção parece indicar que os omíadas "consideravam-se representantes de Deus na cabeça da comunidade e não viam necessidade de partilhar o seu poder religioso com, ou delegá-la para, a classe emergente de estudiosos religiosos."<ref>{{harvnb|Hawting|2000|pp=13}}</ref> Na verdade, foi precisamente esta classe de estudiosos, baseada principalmente no Iraque, que foi responsável por coletar e registrar as tradições que formam o material de fonte primária para a história do período dos omíadas. Ao reconstruir essa história, por isso, é necessário confiar principalmente em fontes, como as histórias de [[Al-Tabari]] e [[Al-Baladhuri|Baladhuri]], que estavam escritas no tribunal abássida em Bagdá.
 
== Ver também ==
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{{Notas}}
 
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== Bibliografia ==