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Introdução e ampliação da história de Bonn.
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|partido = [[União Democrata-Cristã|CDU]]
}}
{{PBPE|Bonn|Bona}} (em [[língua alemã|alemão]] ''Bonn''; {{lang-la|''Bonna''}})<ref>A forma '''Bonn''' é amplamente utilizada no [[português brasileiro]], tanto por meios de comunicação ([http://www1.folha.uol.com.br/folha/dw/ult1908u659564.shtml "Antigas embaixadas em Bonn contam história alemã". Deutsche Welle (''Folha de S. Paulo'', ed. 7 de dezembro de 2009)], [http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090613/not_imp386630,0.php "Conferência de Bonn termina com sinal promissor dos EUA". ''O Estado de S. Paulo'', 13 de junho de 2009], [http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/energia_nuclear/materia_020775.html "Uma forte nação pacífica". ''Veja'', 2 de julho de 1975]) quanto no meio acadêmico ([http://books.google.com.br/books?id=hpiFAAAAIAAJ&q=bonn+Alemanha&dq=bonn+Alemanha&hl=en&ei=vaWrS7u0A8qXtgfqveXgDw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=9&ved=0CFoQ6AEwCA Bandeira, Moniz. ''O milagre alemão e o desenvolvimento do Brasil: as relações da Alemanha com o Brasil e a América Latina, 1949-1994''. Editora Ensaio, 1994. ISBN 85-85669-12-8, 9788585669126], [http://books.google.com.br/books?id=v9ErAAAAYAAJ&q=bonn+Alemanha&dq=bonn+Alemanha&hl=en&ei=CKarS7KTBIyVtgeuntzWDw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CDgQ6AEwATgK ''Viagem do presidente Geisel à República Federal da Alemanha: registro histórico, repercussões.'' Assessoria de Relações Públicas da Presidência do Brasil. A Assessoria, 1978], [http://books.google.com.br/books?id=HP75GYQ5J8YC&pg=PT128&dq=bonn+Alemanha&hl=en&ei=CKarS7KTBIyVtgeuntzWDw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&ved=0CEEQ6AEwAzgK#v=onepage&q=bonn%20Alemanha&f=false Roditi, Itzhak. ''Dicionário Houaiss de Física'', Instituto Antonio Houaiss. Editora Objetiva, 2005. ISBN 85-7302-694-4, 9788573026948], [http://books.google.com.br/books?id=i28d0rG9FccC&pg=PA64&dq=bonn+Alemanha&hl=en&ei=OaarS5jbKYiVtgfsmeXcDw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=6&ved=0CFAQ6AEwBTgU#v=onepage&q=bonn%20Alemanha&f=false Gomes, Celso de Barros. ''Geologia Usp: 50 Anos''. EdUSP, 2007. ISBN 85-314-1034-7, 9788531410345]).</ref> é uma [[cidade independente[[Alemanha|alemã]] nasituada região administrativa de Colônia, ao sul dono estado de [[Renânia do Norte-Vestfália|Nordrhein-Westfalen]]., Comcerca 318.809de habitantes30 (Dadosquilômetros dea 31sul de dezembro[[Colônia de 2015(Alemanha),|Colônia]] Bonne pertencecerca àsde 2060 maioresquilômetros cidadesa danorte Alemanha. Localizada em ambas as margens dode [[Reno|rio RenoCoblença]],. aTem cidadepouco foi a capital provisória do paísmais de 1949300 amil 1990, e sede do governo da [[Alemanha Ocidental|República Federal da Alemanha]] até 1999habitantes.
 
Bona é uma [[lista de distritos urbanos da Alemanha|cidade independente]] (''Kreisfreie Städte'') ou distrito urbano (''Stadtkreis''), ou seja, possui estatuto de distrito (''kreis'').
A história de Bonn remonta a mais de 2 mil anos, a partir de colonização germânica e romana. A cidade é, portanto, uma das cidades mais antigas do país. De 1597 a 1794, foi residência dos [[Príncipe-eleitor|príncipes-eleitores]] de Colônia. O célebre compositor [[Ludwig van Beethoven]] nasceu na cidade em 1770. No decorrer do século 19, a [[Universidade de Bonn]] se desenvolveu para um dos centros de ensino superior mais reconhecidos da Alemanha.
 
O número de habitantes da cidade de Bonn ultrapassou apenas em [[1939]] os 100 mil, tornando-se então uma cidade (Großstadt). Bona foi a capital da [[República Federal Alemã]] entre [[1949]] e [[1989]]. Atualmente, permanecem em Bona algumas embaixadas e algumas estatais alemãs como a [[Deutsche Welle]], a [[Deutsche Telekom]] e o [[Deutsche Post]]. Desde [[1996]], é também a sede de algumas organizações da [[ONU]] que têm por tema a preservação do ambiente e o desenvolvimento no [[Terceiro Mundo]].
Nos anos de 1948 e 1949, os membros do Conselho Parlamentar (Parlamentarischer Rat) se reuniram na cidade para elaborar a constituição para a República Federal da Alemanha. O país teve sua primeira sede do governo e do parlamento na cidade. No pós-guerra, Bonn foi grandemente expandida, integrando-se em 1969 aos municípios de [[Bad Godesberg]], Beuel e a outros pequenos municípios na região da cidade.
 
O célebre compositor [[Ludwig van Beethoven]] nasceu na cidade em [[1770]].
Após a reunificação da Alemanha em 1990, a lei ''[[Ato Berlim-Bonn]]'' regulamentou a transferência do parlamento e do governo alemão a Berlim. Como forma de amenizar o impacto que a mudança causaria na cidade, foram conservados em Bonn a sede de vários ministérios e de muitos postos de trabalho governamentais. Várias organizações recentemente privatizadas, como a [[Deutsche Post|DAX Deutsche Post]] e a [[Deutsche Telekom]], permaneceram na cidade. Desde então, de acordo com a lei, o presidente, o chanceler e o conselho da república possuem uma segunda residência oficial na cidade.
 
== Religiões ==
Hoje, Bonn é sede de 19 organizações das [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas (ONU)]], demonstrando um alto grau de interdependência internacional. Por isso, a skyline de Bonn é caracterizada por torres de igreja e por edifícios comerciais.
[[Ficheiro:BonnTownHall.jpg|thumb|250px|esquerda|A antiga prefeitura, usada frequentemente para a recepção a personalidades políticas internacionais no tempo em que Bona era a capital da [[RFA]]. Em frente, a praça do mercado.]]No início do [[século XVI]], BonnBona foi o centro das tentativas de [[Reforma Protestante|reforma]] do [[príncipe eleitor]] [[Henrique V da Saxônia]]. Até [[1543]], [[Martinho Lutero]] teve muitos simpatizantes na cidade, mas a partir daqui, o [[luteranismo]] foi combatido activamente, com o patrocínio da família real dos [[Wittelsbach]], em favor do [[catolicismo]]. Através da [[Contra-Reforma]], onde os [[Jesuítas]] assumiram um papel combativo, Bona tornou-se praticamente na totalidade uma cidade católica. Após a dissolução da figura de príncipe-eleitor de Colónia em [[1802]], a comunidade católica de Bona passou a pertencer ao bispado de [[Aachen]], porém, entre [[1821]] e [[1825]] voltou ao arcebispado de ColôniaColónia.
 
Como foi dito, BonnBona foi "recatolizada", particularmente sob a açãoacção dos Jesuítas. Desde logo, apenas após a secularização de [[1803]] (com [[Napoleão]]), no ano de [[1816]], foi possível constituir uma paróquia luterana (ou evangélica), pertencendo ao [[sínodo]] do círculo de [[Mülheim]], dentro da Igreja evangélica da [[Prússia]] e suas províncias na [[Renânia]].
== História ==
Em 1989, Bonn comemorou seu 2000º aniversário. Neste ano, a cidade relembrou a construção de um [[Castro (Roma Antiga)|acampamento romano]] na margem do rio Reno no século 12 a.C., erguido após o general Marco Agripa estabelecer-se em 38 a.C.. A região era local da tribo germânica dos [[Úbios]].
 
Em [[1895]], Bona tornou-se o centro de um sínodo próprio, a partir do qual se desenvolveu o atual círculo sinódico de Bonn.
A presença romana em Bonn nos tempos antes de cristo era modesta. Nos séculos seguintes após a derrota dos romanos na [[Batalha da Floresta de Teutoburgo]], uma legião romana construiu ao sul da atual av. Adenauer um acampamento, atraindo artesãos e comerciantes ao local, dando origem a um [[vico]].
 
No entanto, hoje, a maioria dos habitantes de Bona continua a ser católica, tal como em Colônia, ao contrário de outras cidades das proximidades como [[Düsseldorf]], cuja maioria é de protestantes (luteranos).
Bonn decaiu com o fim do [[Império Romano]], permanecendo enfraquecida durante a antiguidade até a idade média. Durante a conquista viking, foi saqueada duas vezes no decorrer de 882. Em 883, após uma recente reconstrução, a cidade foi novamente invadida e saqueada, desta vez pelos [[Normandos|Normando]]<nowiki/>s.
 
Em 1243, Bonn foi emancipada, tornando-se oficialmente uma cidade.
 
Em 1288, os príncipes-eleitores de [[Colônia (Alemanha)|Colônia]] elegeram a cidade como local de sua residência oficial. Assim, construíram na cidade durante os séculos 17 e 18 palácios em [[Barroco|estilo barroco]]. Essa época de brilho em Bonn terminou após a ocupação de tropas francesas na cidade em 1794.
 
Em 1815, após a derrota de Napoleão, Bonn foi anexada à [[Prússia]]. Durante o século seguinte, a cidade se destacou pela universidade recém fundada pelo governo prússio. Sob o governo do estado, não houve um vínculo entre esta universidade e entre a instituição de ensino do tempo anterior à ocupação. Em vez disso, a universidade [[Universidade de Bonn|Rheinische Friedrich-Wilhelms Bonn]] surgiu a partir de um programa de apoio à universidade [[Universidade Humboldt de Berlim|Friedrich-Wilhelms Berlin]] e à universidade [[Universidade de Wrocław|Friedrich-Wilhelms Breslau]].
 
Após a [[Primeira Guerra Mundial]], Bonn foi ocupada por canadenses, britânicos e franceses. Até o fim da [[Segunda Guerra Mundial|Segunda Guerra]], mais de mil moradores foram mortos, em sua maioria, [[judeus]].  Em torno de 8 mil pessoas foram obrigadas a deixar sua cidade natal, detidas ou confinadas nos [[Campo de concentração|campos de concentração]]. Em 9 de março de 1945, a Segunda Guerra Mundial terminou com a invasão das tropas americanas na cidade. Mais de 30 por cento dos prédios de Bonn foram prejudicados. Dessa porcentagem, 70 por cento dos prédios foram danificados e 30 por cento, completamente destruídos. Mais de 4 mil pessoas morreram na cidade em bombardeamentos aéreos.
 
Após a Segunda Guerra Mundial, Bonn foi escolhida como sede oficial do governo da República Federal da Alemanha, sendo então reconstruída e novamente desenvolvida. A cidade atravessou a virada do século entre mudanças, com a transferência do governo e do Parlamento para Berlim. Os ministérios, agências federais e organizações internacionais que permaneceram na cidade carregam a história dessa mudança radical de estrutura, que se provou bem sucedida e que permanece até os dias de hoje.
 
== Bona torna-se capital ==
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Na cidade está sediada a [[Universidade de Bona]], com aproximadamente 30 mil estudantes (2007).
 
[[Ficheiro:BonnTownHall.jpg|thumb|250px|esquerda|A antiga prefeitura, usada frequentemente para a recepção a personalidades políticas internacionais no tempo em que Bona era a capital da [[RFA]]. Em frente, a praça do mercado.]]
== Religiões ==
[[Ficheiro:BonnTownHall.jpg|thumb|250px|esquerda|A antiga prefeitura, usada frequentemente para a recepção a personalidades políticas internacionais no tempo em que Bona era a capital da [[RFA]]. Em frente, a praça do mercado.]]No início do [[século XVI]], Bonn foi o centro das tentativas de [[Reforma Protestante|reforma]] do [[príncipe eleitor]] [[Henrique V da Saxônia]]. Até [[1543]], [[Martinho Lutero]] teve muitos simpatizantes na cidade, mas a partir daqui, o [[luteranismo]] foi combatido activamente, com o patrocínio da família real dos [[Wittelsbach]], em favor do [[catolicismo]]. Através da [[Contra-Reforma]], onde os [[Jesuítas]] assumiram um papel combativo, Bona tornou-se praticamente na totalidade uma cidade católica. Após a dissolução da figura de príncipe-eleitor de Colónia em [[1802]], a comunidade católica de Bona passou a pertencer ao bispado de [[Aachen]], porém, entre [[1821]] e [[1825]] voltou ao arcebispado de Colônia.
 
Como foi dito, Bonn foi "recatolizada", particularmente sob a ação dos Jesuítas. Desde logo, apenas após a secularização de [[1803]] (com [[Napoleão]]), no ano de [[1816]], foi possível constituir uma paróquia luterana (ou evangélica), pertencendo ao [[sínodo]] do círculo de [[Mülheim]], dentro da Igreja evangélica da [[Prússia]] e suas províncias na [[Renânia]].
 
Em [[1895]], Bona tornou-se o centro de um sínodo próprio, a partir do qual se desenvolveu o atual círculo sinódico de Bonn.
 
No entanto, hoje, a maioria dos habitantes de Bona continua a ser católica, tal como em Colônia, ao contrário de outras cidades das proximidades como [[Düsseldorf]], cuja maioria é de protestantes (luteranos).
 
[[Ficheiro:Bonn Stadtbezirke.png|thumb|217x217px250px|esquerda|Mapa de Bona.]]
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