Papel social de gênero: diferenças entre revisões

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Nas [[ciências sociais]] e humanas, '''papel social de gênero''' é um conjunto de comportamentos associados com [[masculinidade]] e [[feminilidade]], em um [[grupo social|grupo]] ou sistema social. Todas as [[sociedade]]s conhecidas possuem um sistema [[sexo]]/[[género (sociedade)|gênero]], ainda que os componentes e funcionamento deste sistema variem bastante de sociedade para sociedade.
 
A maioria dos pesquisadores reconhecem que o [[comportamento]] dos indivíduos é uma consequência das regras e valores sociais, e da disposição individual, seja [[gene|genética]], [[inconsciente]], ou consciente. Alguns pesquisadores enfatizam o sistema social e outros enfatizam orientações subjetivas e disposições.
 
Com o passar do tempo mudanças ocorrem sob regras e valores. Entretanto todos os cientistas sociais reconhecem que [[cultura]]s e [[sociedade]]s são dinâmicas e mudam. Há extensos [[debate]]s em como e o quão rápido estas mudanças ocorrem. Tais debates são especialmente intensos quando envolvem o sistema sexo/gênero, já que as pessoas possuem uma gama de visões diferentes sobre o quanto gênero depende do sexo biológico.
 
Papéis de gênero referem-se a um conjunto de padrões e expectativas de comportamentos que são aprendidos em sociedade correspondentes aos diferentes [[Género (sociedade)|gêneros]] e que conformam as [[identidade]]s dos indivíduos pertencentes a esses grupos. São a manifestação social ou a [[representação social]] do que é ser [[macho]] ou [[fêmea]], em diferentes culturas ou mesmo dentro de uma mesma cultura, segundo Miriam Grossi. <ref name="Grossi">{{citar web|url=http://bibliobase.sermais.pt:8008/BiblioNET/upload/PDF3/01935_identidade_genero_revisado.pdf|título=Identidade de gênero e sexualidade|acessodata=14 de outubro de 2013|autor=GROSSI, Miriam Pillar}}</ref> O processo de produção desses comportamentos não se dá de forma individual, mas depende das posições que esses indivíduos ocupam em uma determinada coletividade e em situações sociais concretas.
 
A categoria gênero também inclui a transgeneridade (ou [[transexualidade]]). Hoje sabemos que a sociedade não possui apenas dois gêneros, embora possua dois sexos, e é fundamental identificar o conjunto de gêneros em determinado agrupamento social. Há ainda cientistas que identificam os papéis de gênero com a categoria sexo – homem e mulher, mas mesmo esses assumem que os papéis considerados masculinos ou femininos são socialmente determinados pelo conjunto de regras e valores de um determinado agrupamento humano. <ref name="Mead">{{Citar livro|primeiro=Margaret|ultimo=MEAD|título=Sexo e temperamento em três sociedades primitivas|editora=Perspectiva|local=São Paulo|ano=1988}}</ref>
 
Outro ponto de concordância é a possibilidade de mudança dos padrões de comportamento, na medida em que o comportamento dos indivíduos na sociedade é influenciado pela cultura (regras e valores coletivos) e pela disposição interna de cada um ou cada uma. <ref name="Grossi"></ref> <ref name="Mead"></ref> <ref name="Scott">{{citar web|url=http://ia700308.us.archive.org/21/items/scott_gender/scott_gender.pdf|título=Gênero: uma categoria útil de análise histórica|acessodata=14 de outubro de 2013|autor=SCOTT, Joan|periódico=Revista Educação e Realidade|local=Porto Alegre|ano=1990}}</ref> <ref>{{citar web|url=http://www.scielo.br/pdf/ref/v21n1/05.pdf|título=Autonomia, opressão e identidades: a ressignificação da experiência na teoria política feminista|acessodata=14 de outubro de 2013|autor=BIROLI, Flávia|periódico=Revista Estudos Feministas|local=Florianópolis|ano=2013}}</ref>
 
A identificação dos diferentes comportamentos de gênero é uma ferramenta de análise fundamental para a compreensão do lugar ocupado pela categoria gênero na escala social e o valor socialmente dado a cada um dos grupos e, a partir daí, foi possível a sua desconstrução e desnaturalização. <ref name="Scott"></ref>
 
É importante também assinalar que esses padrões não são absolutos e homogêneos, o que significa que devemos compreendê-los como expectativas socialmente assumidas pela sociedade, mas que não representam o conjunto de atitudes e comportamentos de todos os indivíduos dos grupos de forma homogênea.
 
As pessoas rompem as barreiras das identidades de gênero, o que não invalida a sua compreensão enquanto ferramenta de análise. Isso porque a categoria “[[identidade de gênero]]” não é a única que descreve o comportamento de um determinado grupo. Individualmente as pessoas são marcadas em seu comportamento de forma diferente e a vida em sociedade nos faz pertencer não somente a uma estrutura social (gênero), mas a um conjunto de estruturas sociais que, da mesma forma, também influenciam seus comportamentos e atitudes e, por consequência, os papéis que cada grupo joga na sociedade, tais como [[classe]] ou fração de classe a que pertence, vivência com relação ao pertencimento de [[raça]], [[etnia]], [[orientação sexual]], etc.
 
No entanto, para [[Iris Marion Young]], “dizer que uma pessoa é uma mulher pode antecipar algo sobre os constrangimentos e expectativas em geral com os quais ela precisa lidar. Mas não antecipa qualquer coisa em particular sobre quem ela é, o que ela faz, como ela vivencia sua posição social" <ref>{{citar web|url=http://www.scielo.br/pdf/ref/v21n1/05.pdf|título=Autonomia, opressão e identidades: a ressignificação da experiência na teoria política feminista|acessodata=14 de outubro de 2013|autor=YOUNG, Iris Marion|autor2=BIROLI, Flávia|periódico=Revista Estudos Feministas|local=Florianópolis|ano=2013|página=89}}</ref>
 
== Ver também ==