Árabes: diferenças entre revisões

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Alterei dois termos "Alcorão" e "alcorânico" no texto.
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Embora eventualmente pratiquem ou se interessem por outras [[Religião|religiões]] como o [[espiritismo]] e o [[candomblé]], os árabes são, essencialmente, formados por muçulmanos, judeus e cristãos. Nesse sentido, a maior parte dos árabes, são seguidores do [[islã]], religião surgida na [[Península Arábica]] no [[século VII]] e que se vê como uma restauração do monoteísmo original de [[Abraão]] que, para eles, estaria corrompido pelo [[judaísmo]] e cristianismo. Os árabes cristãos são, também, muito numerosos; nos [[Estados Unidos]], por exemplo, cerca de dois terços dos Árabes, particularmente os imigrantes da [[Síria]], da [[Palestina]], do [[Iraque]] e [[Líbano]]. No [[Brasil]], [[Argentina]], [[Chile]], [[Venezuela]] e [[Colômbia]] a proporção de cristãos entre os imigrantes árabes é ainda maior mas só recentemente nesses países que a população islâmica evoluiu, sem necessariamente serem muçulmanos árabes. De modo geral todos os imigrantes espalhados pelo mundo "judeus ou cristãos" são uma consequência longínqua dos efeitos das cruzadas.
 
Durante os séculos [[século VIII|VIII]] e [[século IX|IX]], os árabes (especificamente os [[Omíadas]], e mais tarde os [[Abássidas]]) construíram um império cujas fronteiras iam até o sul da [[França]] no oeste, [[China]] no leste, [[Ásia menor]] no norte e [[Sudão]] no sul. Este foi um dos maiores impérios terrestres da História. Através da maior parte dessa área, os Árabes espalharam a religião do Islã e a língua árabe (a língua do [[Qur'an]]Alcorão) através da conversão e assimilação, respectivamente. Muitos grupos terminaram por ser conhecidos como "árabes" não pela ascendência, mas sim pela arabização. Assim, com o tempo, o termo "árabe" acabou tendo um significado mais largo do que o termo étnico original. Muitos Árabes do Sudão, [[Marrocos]], [[Argélia]] e outros lugares tornaram-se árabes através da difusão cultural.
 
O [[nacionalismo árabe]] declara que os árabes estão unidos por uma história, cultura e língua comuns. Os nacionalistas árabes acreditam que a identidade árabe engloba mais do que características físicas, [[raça]] ou [[religião]]. Uma ideologia similar, o [[pan-arabismo]], prega a união de todas as "terras árabes" em um Estado único. Nem todos os Árabes concordam com essas definições; os [[Maronitas]] libaneses, por exemplo, rejeitam geralmente a etiqueta "árabe" em favor de um [[nacionalismo]] maronita mais estreito, transformando o cristianismo que professam em sinal de diferença em relação aos muçulmanos que se consideram árabes (embora, em outros casos, o cristianismo seja o contrário; valor imutavelmente ligado à [[Identidade cultural|identidade]] árabe, a qual transcende a religião, sem negá-la, como é o dos [[melquitas]], cujo [[Patriarca]], [[Gregório III Laham]], afirma "Nós somos a Igreja do Islam").
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Nas tradições islâmica e judia, os árabes são um povo [[semita]] que tem sua ascendência em [[Ismael]], um dos filhos do antigo patriarca [[Abraão]]. [[Genealogista]]s árabes medievais dividiram os árabes em dois grupos:
* os "árabes " do sul da [[Arábia]], descendentes de [[Qahtan]] (identificados com o [[Joktan]] bíblico). Supõe-se que os Qahtanitas migraram do [[Iêmen]] antes da destruição da barragem de Ma'rib (Sad Ma'rib). Os árabes qahtanitas foram os responsáveis pelas antigas civilizações do Iêmen, incluindo o renomado Sheba bíblico (um descendente de Qahtan).
* Os "árabes " (''musta`ribah'') do norte da Arábia, descendentes de [[Adnan]], este supostamente descendente de [[Ismael]] via [[Kedar]]. A [[língua árabe]], como ela é falada hoje na sua forma qurânicaalcorânica clássica, foi o resultado de uma mistura entre a língua árabe original de Qahtan e o árabe setentrional, que assimilara palavras de outras línguas semíticas do [[Levante (Mediterrâneo)|Levante]].
 
== O termo "árabe" na História ==