Centro (Vitória): diferenças entre revisões

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== História ==
O Centro de Vitória surgiu no trecho conhecido hoje como Cidade Alta, na área que compreendia a parte onde se instalou o centro administrativo do Estado e o morro onde se localiza o [[MosteiroConvento de São Francisco (Vitória)|Convento de São Francisco]], colonizado por [[portugueses]] a partir do ano de [[1550]]. Posteriormente, a ocupação se espalhou pela baixada dividindo-se em parte alta e baixa. Na [[década de 1920]], com o crescimento populacional, houve a necessidade de expansão, foi quando começaram os aterros aos mangues que circundavam a Cidade Alta. A partir de então a população passou a ocupar novas áreas para moradia.
 
[[Ficheiro:VitoriaInstitutodosAdvogados.jpg|thumb|direita|[[Instituto dos Advogados de Vitória]].]]
 
Do lado oeste, onde havia o [[mangue do Campinho]], nascera o [[Parque Moscoso]], para onde se dirigiram as famílias mais bem sucedidas; para a [[Vila Rubim]] se dirigiram os portuários; em direção à rua Sete de Setembro, os funcionários públicos. Para alojar parte desses últimos, o Estado construiu um conjunto de casas na rua Gama Rosa. Do lado leste, onde hoje é a [[Praça Costa Pereira]], ficava a Prainha onde o mar batia nas rochas do [[Forte de São Diogo (Espírito Santo)|forte São Diogo]] e no [[Porto das Lanchas]].
 
== Influência dos Governos ==
A construção do [[Colégio de Santiago]], iniciada em 1551 juntamente com a Igreja São Tiago foram iniciativas dos padres jesuítas. Com a expulsão desses em 1759 o colégio imediatamente se transforma no palácio de governo, assim sendo até hoje ([[Palácio Anchieta]]). A Cidade Alta original, formada por casarios, foi destruída aos poucos, no período entre [[1908]] a [[1912]], durante o Governo de [[Jerônimo Monteiro]]. Esse governo trouxe algumas mudanças progressistas para [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], mas também foi responsável pela destruição de alguns patrimônios históricos, entre os quais, a completa descaracterização do antigo Colégio dos jesuítas e da imponente Igreja São Tiago, que foi desapropriada e integrada à dependências palacianas. Na visão governamental eram construções muito simples, não condizendo com a fase progressista que a capital então atravessava. Porém, Muito antes, já acontecia em Vitória a derrubada de alguns edifícios históricos, como a da capela de Nossa Senhora da Conceição da Prainha por volta de 1894 para construção do [[teatro Melpômene]], inaugurado em 1896 com 1200 lugares.
 
No governo de Jerônimo Monteiro a Igreja de Misericórdia, de 1606, foi destruída para a construção do prédio da Assembléia Legislativa, inaugurado em 1912. O governo seguinte, de [[Bernadino Monteiro]], deu continuidade às obras urbanísticas e ajudou no florescimento intelectual da cidade, embora também protagonizasse demolições de importantes construções históricas, como a antiga catedral, do século XVI, para ceder espaço à nova catedral, iniciada em 1920 (e concluída em 1970). Essa expansão durou até o governo de [[Nestor Gomes]] que promoveu algumas demolições na Cidade Alta, Praça Costa Pereira, Avenida Jerônimo Monteiro e Zona da Capixaba.
 
A Cidade Alta, especialmente no trecho que compreende o antigo mosteiro de São Francisco, tendeu a manter-se residencial e ficou por muitas décadas sem opção de [[transporte coletivo]]. Na [[década de 1920]] foi construído o viaduto Caramuru para melhorar o sistema de transporte feito por [[bondes]]. Somente no primeiro trimestre de [[1999]], a população passou a ser servida por transporte coletivo, quando a [[Prefeitura de Vitória]] criou o transporte complementar, realizado por [[microônibus]].
 
O comércio preferiu expandir-se pela baixada da cidade, onde a oferta de serviços coletivos já estava presente. Outro ponto que merece destaque diz respeito à participação da população negra que em [[1790]] construiu a Igreja de Nossa Senhora do Rosário. O contingente populacional de negros, nesse período, era de aproximadamente 4.898, representando 68% da população. A Catedral Metropolitana de Vitória foi construída no lugar da Matriz de Nossa Senhora da Vitória, demolida por ato de Dom Benedito Paulo Alves de Souza. A Rua da Alfândega foi ampliada e passou a ser denominada Av. Jerônimo Monteiro.
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== Pontos Famosos ==
=== Praça Costa Pereira ===
A [[praça Costa Pereira]] era conhecida, primeiramente, como Prainha, Largo da Conceição e Praça da Independência. A partir da [[década de 1960]] são observadas mudanças significativas nas características do Centro em relação à cultura. A [[Praça Oito]], construída no lugar que abrigava um antigo mercado, deixa de receber às quintas-feiras apresentações da banda da Polícia Militar e, eventualmente, das filarmônicas do Rosário e São Francisco. O nome Praça Oito foi dado em [[1911]] pelo governador [[Cirilo Tovar]], esta praça já foi denominada Cais Grande, Cais da Alfândega e Santos Dumont.
 
=== Escadaria Maria Ortiz ===