Guerra do Peloponeso: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Jeangft (discussão | contribs)
'
Jeangft (discussão | contribs)
Nestas duas edições, busquei preencher a lacuna a respeito dos antecedentes da GP, encontrei uma série de ligações a outras páginas que não estavam sendo aproveitadas e aumentei a bibliografia.
Linha 37:
Corinto foi a principal protagonista dos atritos com Atenas que levaram ao início da Guerra do Peloponeso. Um destes atritos diz respeito à cidade de [[Epidamno]], uma [[Colónia (história)|colônia]] da [[Córcira]] localizada ao norte da [[Ilíria]]. A Córcira, por sua vez, era uma cidade fundada por Corinto numa ilha que possuia uma localização estratégica, uma vez que constituía uma ponte natural entre as cidades que ladeam o [[Mar Egeu]] e a [[Magna Grécia]], e não era aliada nem a Esparta nem a Atenas. Em [[635 a.C.]], Epidamno, tendo visto estourar uma [[guerra civil]], pediu ajuda à [[Córcira]], que nega apoio à colônia. Epidamno voltou-se, então, a Corinto, e esta enviou uma expedição para pôr fim aos confrontos. A Córcira intervém contra Corinto, julgando que esta havia feito uma ingerência indevida, expulsando então os coríntios e sitiando Epidamno. Quando Corinto se prepara para contra-atacar, a Córcira busca integrar-se à Liga de Delos, que já possuía interesse na aliança com a ilha, a fim de expandir as suas redes comerciais. Atenas envia à Córcira um número ínfimo de navios, e a frota coríntia se engaja em combate com os córciros, dando início à [[Batalha de Sibota]], enquanto os navios atenienses que se encontravam na ilha observam a batalha, tendo sido ordenados a não interferir exceto diante da clara derrota dos córciros, a fim de não quebrar o acordo assinado com Esparta. Diante da chegada de novos navios atenienses, os coríntios, temendo o conflito, desistem do ataque. {{HarvRef|Tucídides|1.24-55}}
 
Logo em seguida, o conflito passa a girar em torno de [[Potideia]], cidade que, sendo colônia de Corinto, era aliada de Atenas, o que a deixava em posição instável. A cidade decidiu sair da liga de Delos em [[432 a.C.]], mas Atenas recusou-lhe a saída, ordenando-lhe ainda pôr abaixo as suas muralhas, enviar reféns a Atenas, destituir magistrados coríntios de seus cargos e a recusar os que Coríntio enviasse no futuro. DianteCorinto daencoraja recusaPotideia dea Potideia,recusar encorajadaas porexigências Corinto,de Atenas, que atacou a cidade. Corinto não interferiu explicitamente no conflito, embora tenha enviado homens para lutar em meio ao contingente dos sitiados, o que constituiu a primeira ofensa à Paz dos Trinta Anos{{HarvRef|Tucídides|1.56}}.
 
Uma outra fonte de atrito foi um decreto imposto em [[433 a.C.|433]]-432 a.C. por Atenas à cidade de [[Mégara]], cidade aliada à Liga do Peloponeso desde o fim da Primeira Guerra do Peloponeso, acusada por Atenas de receber escravos fugitivos e de sustentar Corinto, bem como a explorar o ''[[Hiera Hogas]]''{{HarvRef|Tucídides|1.139.2}}, espaço de terra destinado a [[Demeter]] e [[Perséfone]]. Atenas impôs severas restrições a Mégara, se bem que os historiadores antigos desconheçam a natureza destas restrições.