Almeida Júnior: diferenças entre revisões
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| magnum_opus = ''O Derrubador Brasileiro''; ''Caipira Picando Fumo''; ''A Partida da Monção''; ''Saudade''; ''Descanso do modelo''
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'''José Ferraz de Almeida Júnior''' ([[Itu]], [[8 de Maio]] de [[1850]] — [[Piracicaba]], [[13 de Novembro]] de [[1899]]), foi um [[pintura|pintor]] e [[desenho|desenhista]] [[brasil]]eiro da segunda metade do [[século XIX]]. É frequentemente aclamado pela biografia como precursor da abordagem de temática [[Regionalismo|regionalista]], introduzindo assuntos até então inéditos na produção [[Academicismo|acadêmica]] brasileira: o amplo destaque conferido a personagens simples e anônimos e a fidedignidade com que retratou a [[cultura caipira]], suprimindo a monumentalidade em voga no ensino artístico oficial em favor de um [[naturalismo]]
Foi certamente o pintor que melhor assimilou o legado do [[Realismo]] de [[Gustave Courbet]] e de [[Jean-François Millet]], articulando-os ao compromisso da ideologia dos [[Salon de Paris|''salons'' parisienses]] e estabelecendo uma ponte entre o verismo intimista e a rigidez formal do academicismo, característica essa que o tornou bastante célebre ainda em vida
O Dia do Artista Plástico brasileiro é comemorado a [[8 de maio]], data de nascimento do pintor.
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De volta ao Brasil em 1882, Almeida Júnior realiza sua primeira mostra individual na Academia Imperial de Belas Artes, exibindo sua produção parisiense. No ano seguinte, abre seu ateliê na rua da Glória, em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], por meio do qual irá contribuir para a formação de novas gerações de pintores, dentre os quais, [[Pedro Alexandrino Borges|Pedro Alexandrino]]. Em São Paulo, Almeida Júnior promoveu ''[[vernissage]]s'' exclusivas para a [[imprensa]] e potenciais compradores. Executou retratos de [[barões do café]], de professores da [[Faculdade de Direito de São Paulo]] e de partidários do [[Proclamação da República Brasileira|movimento republicano]], além de [[paisagem|paisagens]] e [[pintura de gênero|pinturas de gênero]]. Sua atuação como artista consagrado em São Paulo contribui decisivamente para o amadurecimento artístico da capital paulista.
Em [[1884]], expõe novamente suas telas do período parisiense na 26ª Exposição Geral de Belas Artes da
{{Quote2|''Almeida Júnior é o mais pessoal e, sem dúvida, um dos que melhor sabem expressar, com toda clareza e nitidez de um estilo à Breton, os assuntos tomados de improviso a uma página da Bíblia, da História, ou simplesmente da vida de todos os dias e de todos os homens.''|[[Luiz Gonzaga Duque Estrada]]<ref name="DUQUE ESTRADA">Duque-Estrada & Milliet, 1985, pp. 24.</ref>}}
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Almeida Júnior é considerado um importante "pintor do nacional" por uma consideravel parcela da crítica brasileira, por retratar em muitas de suas obras o [[caipira]] [[paulista]]. Também a forma como trata seus temas, distanciando-se das alegorias românticas ou do ufanismo nacionalista histórico dos pintores da Academia, aproximando-se do ser humano comum, leva alguns críticos a traçarem uma semelhança de sua obra com a do pintor francês Gustave Courbet, artista cuja obra Almeida Júnior teria visto em suas viagens para a Europa. Também é digno de nota que na mesma época que Almeida Júnior esteve na França, o movimento [[impressionismo|impressionista]] estava em plena atividade, no entanto, não causou nenhum entusiasmo no pintor brasileiro, que não adotou nenhum elemento dele.
O clareamento da paleta e a adoção da luz brasileira não o fizeram abandonar, no entanto, o rigor acadêmico com o desenho e a anatomia.
Algumas pinturas de Almeida Junior são: ''Caipira picando fumo'', ''A partida da monção'', ''Caipiras negaceando'', ''O descanso do modelo''; ''Leitura'', ''A pintura (Alegoria)'' e ''A fuga para o Egito''.
O tema ''O descanso do modelo'' foi pintado quatro vezes em diferentes tamanhos. ''Caipira picando fumo'', duas. ''A partida da monção'' foi pintada duas vezes, a primeira como estudo, presente na [[Pinacoteca do Estado de São Paulo]], e a outra, a versão definitiva, presente no [[Museu Paulista]] por empenho do diretor [[Afonso de Taunay]] que entendia imprescindível ter aquela obra na Instituição por mostrar a partida dos bandeirantes que iriam alargar as fronteira do Brasil além dos limites das Tordesilhas
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