Monofilia: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 17:
*As definições assentes no postulado do entomologista alemão [[Willi Hennig]] (1966:148), definindo a monofilia de um grupo com base no reconhecimento da existência de [[sinapomorfia]] entre os seus membros (em contraste com os grupos parafiléticos, criados com base na ocorrência de [[simplesiomorfia]], e com os grupos polifiléticos assentes sobre os resultados da [[evolução convergente|convergência]]). Alguns autores procuraram definir a monofilia de forma a incluir a parafilia, considerando-a como a característica do conjunto formado por dois ou mais grupos que partilhassem um ancestral comum.<ref name="aub2015" /><ref name=Colless1972/><ref name='Envall2007'/><ref name='Ashlock1971' /> Contudo, essa definição alargada, ao juntar grupos monofiléticos ''[[stricto sensu]]'' com grupos parafiléticos, como atrás definidos, mostra-se menos útil na construção dos sistemas de classificação, razão pela qual a maioria dos cientistas restringe o uso do termo «monofilético» aos grupos que juntam todos os descendentes de um (hipotético) ancestral comum.<ref name="Hennig1966"/> Contudo, quando sejam considerados agrupamentos taxonómicos tais como [[Género (biologia)|géneros]] ou [[espécie]]s, a natureza desse «ancestral comum» é pouco clara. Assumir que o ancestral seria um indivíduo, ou mesmo um par [[Acasalamento|acasalante]], é irrealista para espécies que utilizem [[reprodução sexual]], que por definição são populações de indivíduos capazes de acasalar entre si.<ref name=Simpson1961>{{cite book | last = Simpson | first = George | title = Principles of Animal Taxonomy | publisher = Columbia University Press | location = New York | year = 1961 | isbn = 0-231-02427-4 }}</ref>
*As definições assentes numa abordagem de carácter [[genealogia|genealóco]] consideram que o conceito de monofilia e termos associados estão restritos à discussão de ''[[taxon|taxa]]'', e não são necessariamente precisos, ou seja não têm [[precisão]] aceitável, quando usados para descrever o que Willi Hennig designou por ''«relações tocogenéticas»'', no presente em geral designadas por ''«genealogias»''. Como argumento, apontam que a utilização de uma definição alargada, como «espécie e todos os seus descendentes», não é apropriada para definir um género.<ref name=Simpson1961/> Nessa acepção, uma definição cladística satisfatória de «espécie» ou «género» é impossível porque muitas espécies (ou mesmo géneros) podem ser formados por "ramificação" de uma espécie existente, deixando a espécie ancestral parafilética. Dificuldade ainda maior surge quando uma espécie ou género resulta de [[especiação
==Referências==
<references>
|