Gaita mirandesa: diferenças entre revisões

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Os registros mais antigos sobre o instrumento datam já do século XVII, em sua ampla maioria escritos. Sua cultura vinha sendo passada até meados do século XX oralmente, de pai para filho, com diferenças sutis entre cada aldeia e região. É possível encontrar manifestações tradicionais entre populações rurais mais ao sul de Trás-os-montes, como em regiões dos distritos da [[Guarda]] e de [[Castelo Branco]], mas já no [[Algarve]] podemos encontra iconografia relvante do Século XVI sobre a Gaita de Fole<ref>{{citar livro|titulo=A Coluna de Estômbar - artigo científico|ultimo=Lira|primeiro=Jorge|editora=Anuário da Gaita 2016|ano=|local=|paginas=|acessodata=}}</ref>
[[Ficheiro:Manuel Francisco Aires.jpg|miniaturadaimagem|Manuel Francisco Aires, "o Pascoal" - Gaiteiro de Cércio em 1991: fonogramas incluídos no CD "''Bi benir l'gaita''"]]
Essa rica porém frágil tradição correu sério risco de extinção já a partir de [[1960]], quando o antropólogo português [[Ernesto Veiga de Oliveira]] <ref>{{citar livro|titulo=Os Instrumentos Tradicionais Populares Portugueses|ultimo=Oliveira|primeiro=Ernesto|editora=Gulbenkian|ano=|local=|paginas=|acessodata=}}</ref>passou a fazer recolhas pelo país e a alertar para o risco da perda de tão singular manifestação cultural. Os motivos para tal queda de popularidade são os mais variados: desde os tradicionalmente ligados a qualquer gaita de fole – como a concorrência com outros instrumentos, feitonomeadamente oos violão,cordofones oe órgão e o acordeão – até o êxodo das populações jovens para áreas urbanas ou mesmo a emigração (especialmente [[Brasil]] e [[França]]), rompendo com as tradições pastoris de suas origens. Uma das consequências mais notórias da obliteração do instrumento é o limitado repertório tradicional hoje conhecido, variando pouco de região para região. Muitas músicas, transmitidas apenas oralmente, eram conhecidas, à época das recolhas de Oliveira, ainda por uns poucos músicos, considerados como a última geração de gaiteiros tradicionais, da qual já nennum sobrevive..
 
Lentamente, ao longo das últimas duas décadas, trabalhos de resgate vêm sendo promovidos por diversos protagonistas de todo o Portugal. Grande parte do repertório remanescente e imagens de diferentes instrumentistas e suas gaitas mirandesas estão compilados em alguns acervos, como os de Michel Giacometti, Ernesto Veiga de Oliveira, [[Sons da Terra]], Mário Correia <ref>{{citar livro|titulo=Histórias de Vida dos Gaiteiros do Planalto Mirandês|ultimo=Correia|primeiro=Mario|editora=Âncora|ano=|local=|paginas=|acessodata=}}</ref>Jorge Lira<ref>{{citar livro|titulo=Bi Benir l'Gaita - CD|ultimo=Lira|primeiro=Jorge|editora=Açor|ano=|local=|paginas=|acessodata=}}</ref>, Daniel Loddo, Anne Caufriez e Tiago Pereira. Também, uma série de novos instrumentistas solo e grupos musicais vêm surgindo, como o Grupo Lua Nova de Mogadouro,[[Lenga Lenga - Gaiteiros de Sendim]], por exemplo, Cabra Çega, Orquestra de Foles, os quais vêm produzindo muito material novo para a gaita em geral e também para gaita Mirandesa. Não obstante, os maiores e mais continuados trabalhos de investigação têm sido realizado por Jorge Lira desde 1985 até aos dias de hoje, incluindo a [[Padronização e Reconhecimento da gaita mirandesa|Padronização e Reconhecimento da gaita Mirandesa]], que decisivamente contribuiu para aumentar exponencialmente os novos instrumentistas e por Mário Correia, no centro de musica tradiconal Sons da Terra desde 1996 aos dias de hoje.
 
==Morfologia==